PPG - Ecologia e Evolução
URI Permanente para esta coleção
Navegar
Navegando PPG - Ecologia e Evolução por Autor "Bruniera, Carla Poleselli [UNIFESP]"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemA flora arbórea de rubiaceae em um fragmento de floresta atlântica na Região Metropolitana de São Paulo, SP(Universidade Federal de São Paulo, 2019-06-27) Giaquinto, Cláudia Barcelos [UNIFESP]; Bruniera, Carla Poleselli [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1299788687832600; http://lattes.cnpq.br/8114770289947164O presente estudo consiste em um tratamento taxonômico das espécies arbóreas de Rubiaceae no Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba (PNMNP), uma Unidade de Conservação Municipal criada em 2003, localizada no Município de Santo André, São Paulo, com área total de 426 hectares. O PNMNP localiza-se em uma área de proteção de mananciais, onde encontram-se as nascentes do rio Grande, o maior rio formador da represa Billings, responsável pelo abastecimento de 1,5 milhão de pessoas nos municípios da Grande São Paulo. A vegetação do PNMNP faz parte do domínio da Floresta Atlântica, é caracterizada como Floresta Ombrófila Densa, em grande parte secundária em estado médio ou avançado de regeneração, sendo que um estudo fitossociológico realizado no PNMNP em 2011 evidenciou a importância das espécies de Rubiaceae para a vegetação do Parque, visto que esta foi a segunda família mais diversa, além de possuir as duas espécies mais abundantes. Dessa forma, este estudo teve como objetivos: conhecer a diversidade de espécies arbóreas de Rubiaceae do PNMNP; levantar caracteres informativos para a identificação das espécies de Rubiaceae encontradas; apresentar um tratamento taxonômico com descrições dos gêneros, das espécies, chaves de identificação, comentários sobre sua taxonomia, distribuição e fenologia; e produzir um guia de identificação. O trabalho foi executado com a utilização de métodos usuais em taxonomia vegetal: consulta a literatura especializada, visitas a herbários, pedidos de empréstimo de materiais e trabalho de campo. Foram identificados 12 gêneros com 20 espécies, sendo Psychotria L. o gênero mais diverso com seis espécies, amplamente distribuídas pelo Parque, principalmente em áreas de médio e avançado estado de regeneração. Somente a espécie Psychotria hastisepala Müll. Arg. foi localizada apenas em área de borda florestal. As espécies Coussarea contracta (Walp.) Müll. Arg. var. contracta, Chomelia brasiliana A. Rich. e Chomelia pedunculosa Benth. não haviam sido relatadas para o local anteriormente. A espécie Psychotria mima Standl. foi localizada em área de Floresta Ombrófila Densa Altomontana, sendo que em estudos anteriores foi relatada como espécie com provável ocorrência no PNMNP. Os resultados deste trabalho taxonômico irão contribuir para o conhecimento sobre as espécies arbóreas de Rubiaceae, principalmente da Floresta Atlântica, auxiliando também no Projeto Flora do Brasil 2020, e ainda, poderá fornecer subsídios para o manejo e conservação dos escassos fragmentos florestais remanescentes na Região Metropolitana de São Paulo.
- ItemSistemática e biogeografia de Planaltina R.M. Salas & E.L. Cabral (Rubiaceae): um gênero endêmico do Cerrado brasileiro(Universidade Federal de São Paulo, 2021-09-20) Dutra, Letícia Lopes [UNIFESP]; Bruniera, Carla Poleselli [UNIFESP]; Salas, Roberto Manuel; http://lattes.cnpq.br/1299788687832600; http://lattes.cnpq.br/1120714407316021O Cerrado é um domínio fitogeográfico brasileiro considerado um dos hotspots mundiais de biodiversidade. Nos últimos anos, estudos de táxons altamente diversos ou endêmicos do Cerrado têm se intensificado, visto que a perda da área nativa do domínio está acelerada, e consequentemente, de sua biodiversidade. Um gênero endêmico do Cerrado e que foi recentemente descrito é Planaltina, com quatro espécies: P. angustata, P. capitata, P. lanigera e P. myndeliana. Planaltina pertence à família Rubiaceae, e está inserido na tribo Spermacoceae, a qual possui distribuição pantropical, com aproximadamente 1250 espécies. As espécies de Planaltina foram transferidas recentemente de outros gêneros da tribo com base em caracteres morfológicos. Embora tenha sido feita uma revisão para o gênero, não foi comprovado seu monofiletismo e suas relações com outros gêneros da tribo não foram esclarecidas. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo principal a reconstrução da filogenia de Planaltina a fim de investigar as relações entre as espécies do gênero e grupos próximos, além de verificar possíveis sinapomorfias morfológicas para o gênero e sua história biogeográfica. Para inferir as relações filogenéticas foram utilizadas sequências do íntron rps16 do cloroplasto, e das regiões nucleares ITS e ETS de Planaltina e de outros gêneros do clado Spermacoce empregando a inferência Bayesiana. Foi gerada uma filogenia datada utilizando a calibração secundária, e com base nela foram realizadas reconstruções biogeográficas e dos estados ancestrais de caracteres. Em todas as análises filogenéticas, Planaltina emergiu como um grupo monofilético, sendo o clado formado por P. angustata e P. myndeliana grupo-irmão do clado formado por P. capitata e P. lanigera. Algumas espécies de Hexasepalum e Ernodea emergiram como prováveis grupos-irmãos de Planaltina. A reconstrução dos estados ancestrais de caracteres inferiu que o fruto tipo cápsula, a deiscência septífraga longitudinal e o grão de pólen com perfurações espessadas na exina podem ser consideradas sinapomorfias de Planaltina. A origem do gênero data de 3.03 Ma (HPD 95% = 4.38 – 1.68), entre o Plioceno e o Pleistoceno inferior. As espécies de Planaltina emergiram em simpatria na super-bioregião do Cerrado, tendo P. capitata e P. lanigera se dispersado para a super-bioregião do Espinhaço/Mantiqueira enquanto P. angustata e P. myndeliana permaneceram com distribuição restrita a super-bioregião do Cerrado.