PPG - Neurologia - Neurociências
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Navegando PPG - Neurologia - Neurociências por Orientador(es) "Amaral, Fernanda Gaspar do [UNIFESP]"
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- ItemAcesso aberto (Open Access)Aspectos moleculares e celulares da síntese pineal de melatonina durante a gestação(Universidade Federal de São Paulo, 2023-06-27) Gallo, Camila Congentino [UNIFESP]; Amaral, Fernanda Gaspar do [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6398402888086154; http://lattes.cnpq.br/2545622729704933Introdução: A glândula pineal tem importância fisiológica fundamental na sinalização temporal dos organismos devido à síntese e secreção de melatonina durante a noite escura. Por atuar como cronobiótico e potente antioxidante, muitos processos fisiológicos são influenciados pela melatonina ao longo da vida, incluindo a gestação, período cujas concentrações séricas do hormônio aumentam consideravelmente – especialmente no terceiro trimestre –, retornando aos níveis basais logo após o parto. No entanto, os mecanismos envolvidos na regulação da síntese pineal de melatonina durante a gestação seguem pouco compreendidos. Objetivo: Este trabalho buscou analisar a via de síntese de melatonina materna de origem pineal durante a prenhez de ratas. Métodos: Fêmeas Wistar (12 semanas, 190 - 250 g) cruzaram com machos (14 semanas, 370 - 470 g) da mesma linhagem. A detecção de espermatozoides caracterizou o dia gestacional 0 (G0). Os animais permaneceram em biotério com ciclo claro-escuro 12:12 h e temperatura controlada, com água e ração ad libitum. As eutanásias foram realizadas no meio do período de escuro (ZT18) nos dias gestacionais 7 (G7), 14 (G14), 20 (G20), 1 dia pós-parto (P1), e em controles não-prenhas (CTL). Parte dos animais (n=5 animais/grupo) foi submetida à eutanásia por perfusão transcardíaca, tendo seus encéfalos coletados, processados e submetidos à análises histológicas e imuno-histoquímicas. Outra parte foi submetida à eutanásia por decapitação (n=10-19 animais/grupo) e teve suas glândulas pineais coletadas para análise de expressão gênica das enzimas da via de síntese de melatonina e de elementos da sinalização intracelular da pineal. Resultados: As análises histológicas e imuno-histoquímicas não detectaram alterações morfológicas e celulares entre os grupos. Mostramos pela primeira vez o perfil de expressão gênica de Adcy1 na pineal ao longo das 24 horas, evidenciando sua ritmicidade, aumentada durante o fotoperíodo. Também mostramos pela primeira vez o perfil de receptores para hormônios gestacionais (Esr2, Pgr e Prlr) na pineal ao longo das 24 horas. A expressão de genes envolvidos na via bioquímica de síntese de melatonina (Tph1, Aanat e Asmt) e da via de sinalização intracelular do pinealócito (Adrb1, Adra1b e Adcy1) também foram avaliados ao longo da gestação. Conclusão: As análises obtidas nos auxiliam na compreensão da fisiologia da glândula pineal durante a gestação. De maneira inédita, mostramos que a maquinaria molecular de síntese pineal de melatonina se mantém intacta durante o período gestacional, não apresentando variações nos parâmetros analisados.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Avaliação do perfil clínico e metabólico em resposta ao tratamento com melatonina em pacientes com Transtorno do Espectro Autista(Universidade Federal de São Paulo, 2023-11-24) Buratto, Eliete Chiconelli Faria [UNIFESP]; Amaral, Fernanda Gaspar do [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6398402888086154; http://lattes.cnpq.br/3294763263267600Objetivos: Caracterizar os pacientes com Transtorno do Espectro Autista quanto ao perfil clínico, padrão de sono, qualidade de vida, perfil metabólico e de concentração urinária noturna da 6-sulfatoximelatonina, além disso, correlacionar esses parâmetros com a concentração do metabólito urinário noturno da melatonina. Ainda, avaliar a resposta terapêutica do uso da melatonina. Métodos: Projeto piloto de ensaio clínico randomizado com 9 pacientes com Transtorno do Espectro Autista com idade entre 10 anos e 16 anos e 11 meses, avaliados nas fases pré e pós-tratamento com melatonina ou placebo (n= 4-5/grupo). Foram realizados anamnese, exame físico geral, escalas e questionários para avaliação do Transtorno do Espectro Autista, do sono, da qualidade de vida, exames séricos relacionados ao metabolismo e análise do metabólito urinário noturno da melatonina. Foi usado o actígrafo por 4 semanas no pré-tratamento e nas últimas 4 semanas no tratamento. Os pacientes foram classificados com ou sem síndrome metabólica e randomizados para a intervenção duplo-cego, com 3 mg de melatonina de ação imediata, no horário entre 20 h e 21h, por 12 semanas. Foram realizadas orientações sobre a melatonina e o sono antes da intervenção para todos os pacientes. Após 8 semanas de tratamento, foi feita a dosagem do metabólito urinário da melatonina na urina noturna e também na segunda urina da manhã. Ao longo da intervenção, contato telefônico semanal foi realizado. Resultados: Houve melhora estatisticamente significativa nas características relacionadas ao Transtorno do Espectro Autista e nos aspectos emocionais da qualidade de vida no grupo melatonina em relação ao pré-tratamento. No grupo placebo, em relação ao pré-tratamento, houve melhora estatisticamente significativa de diversos parâmetros do sono e dos aspectos emocionais da qualidade de vida. Considerando a actigrafia, houve mudança estatisticamente significativa para os pacientes do grupo melatonina que passaram a dormir e acordar mais cedo em relação ao início do estudo. Foi observado redução da pressão arterial sistólica e diastólica, assim como piora no perfil lipídico estatisticamente significativo nos pacientes do grupo melatonina em relação ao pré-tratamento. A resposta do perfil glicídico foi variável e não houve diferença estatisticamente significante no grupo melatonina. O metabólito da melatonina na segunda urina da manhã estava elevado em todos os pacientes que usaram a melatonina. Conclusões: As orientações sobre sono e melatonina podem ter apresentado um efeito positivo sobre a qualidade do sono, aspectos do Transtorno de Espectro Autista e qualidade de vida dos pacientes. O uso da melatonina na pediatria pode ser benéfico não só para parâmetros do sono. Considerando o importante papel da melatonina na fisiologia do metabolismo energético, mais estudos são necessários para estabelecer o efeito do tratamento com melatonina nos parâmetros metabólicos. O aumento dos níveis de 6-sulfatoximelatonina na segunda urina da manhã de todos os pacientes do grupo melatonina indica posologia de uso excessivo e/ou horário inadequado. Essa situação pode causar sonolência excessiva diurna, bem como alterações prejudiciais ao metabolismo. Estudos são necessários para que se estabeleça a dose ideal para o uso da melatonina na pediatria.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Melatonina e o tecido adiposo marrom em machos adultos(Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 2018-11-29) Pereira, Caroline Aparecida [UNIFESP]; Amaral, Fernanda Gaspar do [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6398402888086154; http://lattes.cnpq.br/9501556756194090; Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Aim: Evaluate the role of melatonin in the metabolism of brown adipose tissue (BAT) in male adult rats. Methods: Wistar rats (8 weeks) were assigned to three groups: Control, Pinealectomized (PINX) and Pinealectomized treated with oral melatonin (1mg/ kg, PINX/Mel) and kept in a room with controlled 12h/12h light/dark cycle (ZT0 beginning of light phase and ZT12 beginning of the dark phase). Animals were followed up for 13 weeks when euthanasia and tissue analysis occurred. The experimental design included two distinct approaches, named: 1) animals from all groups were euthanized every 3 hours over 24 hours (n = 4 animals/ZT/group) without any challenge to BAT, and 2) animals from all groups were submitted to acute BAT challenge due to cold exposure or high fat diet (HFD) at the end of the experimental period, when they were submitted to euthanasia in ZT10. BAT was collected for the evaluation of gene expression by realtime PCR, quantification of enzymatic activity by kinetic assay, protein expression by Western Blotting and rhythmic analysis by the method of Cosinor. Results: PINX animals presented changes in the gene expression of Dio2, Lhs, Ucp1, Pgc1α and Cidea, differing from the other groups over 24 hours. Similar results were seen in the UCP1 protein expression in identical condition. These changes in PINX animals resulted in rhythmic imbalance that included phase advances, phase delays and no fit to the cosine model, suggesting loss of rhythmicity in the expression of these genes. Regarding protein quantification and enzymatic activity of mitochondrial complexes I, II and IV and the ratio between both, isolated statistical differences were observed and they cannot suggest an effective role of melatonin on these complexes in unchallenged BAT. However, the results point to a rhythmic desynchronization of these complexes in the PINX group. PINX animals acutely fed with HFD (BAT metabolic challenge) presented lower amount of Dio2 transcripts and the HFD PINX/Mel animals had a higher expression of Dio2, Ucp1 and Cidea. Coldexposed PINX rats showed decreased Dio2 and Lhs expression, and melatonin treatment caused higher Adrβ3, Dio2, Ucp1 and Cidea expression and lower Pgc1α expression in the PINX/Mel group. These data suggest that the absence of melatonin impairs BAT responses to metabolic challenges and that melatonin replacement reverses this effect. Conclusion: Based on the analysis of the data presented here, we can conclude that melatonin plays an important role in several key points of the thermogenic activation pathway, influencing both the rhythmic profile of the tissue and its ability to respond to metabolic challenges, that is crucial for the organism homeostasis.
- ItemAcesso aberto (Open Access)Melatonina materna e a programação de aspectos moleculares e funcionais do tecido adiposo marrom da prole(Universidade Federal de São Paulo, 2022-09-22) Camargo, Ludmilla Scodeler de [UNIFESP]; Amaral, Fernanda Gaspar do [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/6398402888086154; http://lattes.cnpq.br/9539226490172533Objetivo: Avaliar o papel da melatonina materna em aspectos moleculares e funcionais do tecido adiposo marrom da prole na fase adulta. Materiais e métodos: Ratas Wistar (180g -200g) mantidas em biotério com ciclo claro-escuro 12/12h foram alocadas em 3 grupos: controle (C), pinealectomizadas (PINX) e pinealectomizadas com reposição oral de melatonina (0,5 mg/kg, PINX/MEL). A prole foi acompanhada até a 10a semana de vida. Na 8 a semana de vida foi realizado o teste de tolerância a glicose (GTT) e na 9a foi realizada termografia infravermelha para caracterização fisiológica do TAM nos filhotes (com teste de exposição ao frio - 15,0 ± 0,52°C) e nestes mesmos animais novos registros foram feitos na 10a semana em condição de subtermoneutralidade ao longo de 24h no dia da eutanásia, a fim de analisar a temperatura do TAM interescapular, a temperatura central (olho) e a temperatura da cauda. Na 10ª semana, filhotes representativos de todos os grupos foram eutanasiados em dois blocos experimentais, a saber: 1) Exposição ao frio a partir do ZT7 e do ZT12 com eutanásia 3 horas depois (ZTs 10 e 15 respectivamente a 10 C) e 2) Eutanásia a cada 3 horas ao longo de 24h em subtermoneutralidade (23,9 ± 1,23°C). Amostras de TAM interescapular foram coletadas e avaliadas a atividade dos complexos mitocondriais por ensaio calorimétrico, análise do consumo de O2 mitocondrial, a expressão gênica por PCR, a expressão proteica por WB e análise rítmica por cosinor. Resultados: Os filhotes de mães PINX apresentaram menor peso ao nascer e permaneceram com peso menor até o desmame. Posteriormente, a evolução de peso dos animais demonstra apenas alterações pontuais, sem alterações no consumo hídrico e alimentar. O teste de tolerância à glicose não mostrou alteração entre os grupos na 8ª semana de vida. Os registros termográficos do TAM em situação de desafio mostram apenas uma diferença pontual dos filhotes de controle expostos ao frio (EF) a partir do ZT12 e eutanasiados no ZT15 quando comparados a eles mesmos em subtermoneutralidade (ST), antes do início da EF. Já na análise da temperatura do olho não se notaram diferenças entre os grupos na situação de desafio. Por fim, a análise da temperatura do 1/3 da cauda mostra que, em situação de subtermoneutralidade, os filhotes de mães PINX/MEL apresentam maior temperatura da cauda quando comparados aos filhotes de mães Controle. Quando os animais foram expostos ao frio, houve diminuição da temperatura caudal em todos os grupos devido à vasoconstrição. A análise da atividade dos complexos mitocondriais não mostrou diferença estatística no complexo I, porém no complexo II evidenciou-se que os filhotes de mães PINX do ZT15 EF apresentaram um aumento de atividade quando comparados aos filhotes de Controle na mesma condição. No complexo IV notou-se uma tendência a menor atividade nos filhotes de mães PINX no ZT10 em subtermoneutralidade comparado aos filhotes dos demais grupos, entretanto este quadro se inverteu nos demais pontos, principalmente quando os filhotes foram expostos ao frio. O teste de consumo de O2 mitocondrial no TAM dos animais mantidos em subtermoneutralidade e eutanasiados no ZT12 não revelou diferenças estatísticas quanto à capacidade respiratória mitocondrial basal entre os grupos. Seguindo para a expressão proteica da UCP1 observa-se maior expressão nos filhotes de mães PINX/MEL na condição de subtermoneutralidade quando comparada a eles mesmos pós exposição ao frio em ambos os ZTs. Na análise da expressão gênica do Adrβ3 notou-se diminuição em todos os grupos pós exposição ao frio, oposto do apresentado pela expressão da Dio2. Dando sequência à via de ativação, observamos aumento de transcritos da Ucp1 no grupo Controle e PINX quando expostos ao frio, porém notou-se a menor expressão gênica do Cidea e maior do Pgc1α em todos os grupos pós exposição ao frio. Por fim, seguimos para entender se estas alterações já se apresentavam no basal, procedendo à análise da capacidade termogênica do TAM dos animais mantidos em subtermoneutralidade (23,9 ± 1,23°C) ao longo das 24 horas. Na avaliação da temperatura ocular dos filhotes notam-se diferenças estatísticas pontuais da temperatura central no ZT15 e ZT21 nos filhotes de mães PINX/MEL. Por sua vez, a temperatura máxima do TAM não demonstra diferenças entres os filhotes ao longo do tempo. E por fim, a análise do índice de perda de calor (IPC) mostra menores valores nos filhotes de mães PINX na transição do escuro para o claro (ZT24) quando comparados aos filhotes dos demais grupos. E ainda, no ZT12 estes filhotes demonstram menor temperatura da cauda quando comparados aos filhotes de mães PINX/MEL. Ao final, a avaliação do IPC mostra diferenças indicando que os filhos de mães PINX apresentam dificuldade na troca de calor nos momentos de transição de fase do ciclo claro-escuro, estando provavelmente menos preparados a responder adequadamente a possíveis situações de desafio térmico e de maior demanda energética. Não são notadas diferenças na atividade dos complexos mitocondriais II e IV e da citrato sintase ao longo das 24 h em subtermoneutralidade, entretanto a atividade enzimática do complexo mitocondrial I mostrou diferença estatística no ZT3 dos filhos de mães PINX quando comparados aos filhos de mães Controle. A expressão gênica dos genes Adrβ3, Dio2, Pgc1α e Ucp1 ao longo das 24 horas demonstrou apenas alterações pontuais entre os grupos. Conclusão: Os dados demonstram que a melatonina materna tem ação na adequada programação metabólica do TAM em resposta à situação de desafio em prole com 10ª semanas de vida, visto que há alterações nos genes na cascata de ativação tanto em subtermoneutralidade quanto em situação de desafio. Para além, nas análises ao longo das 24h do TAM em situação basal, observa-se maior expressão do gene AdrB3 no período noturno (ZT15 e ZT18), menor expressão gênica de Dio2 na fase de claro (ZT6, ZT9), e Pgc1a e Ucp1. Por fim, as análises corroboram que essa prole apresentará distúrbios metabólicos mais tarde, conforme evidenciado por outros na literatura.