PPG - Farmacologia

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    Avaliação da comunicação cérebro-rim-baço na fisiopatologia da hipertensão arterial renovascular: investigação da influência da inervação renal e esplênica sobre a sensibilidade barorreflexa e neuroinflamação
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-12-12) Martins, Gustavo dos Reis [UNIFESP]; Bergamaschi, Cassia Marta de Toledo [UNIFESP]; Campos Junior, Ruy Ribeiro de [UNIFESP]; lattes.cnpq.br/2520398649906832; lattes.cnpq.br/1166526138293050; lattes.cnpq.br/3420592081782131
    Objetivo: Embora compreenda-se a hipertensão arterial sistêmica (HAS) como uma afecção multifatorial, adotando-se múltiplas estratégias terapêuticas no seu tratamento, a relativa alta prevalência de hipertensão resistente sugere a existência de mecanismos ainda não explorados responsáveis pela manutenção da HAS. Estudos apontam para um papel crescente da inervação esplênica e da ativação neuroimune na gênese de diversos modelos de HAS. A corrente tese propõe investigar a influência da denervação renal e esplênica sobre parâmetros cardiovasculares e autonômicos, sobre a neuroinflamação, e sobre o desenvolvimento da hipertensão arterial renovascular. Métodos: Ratos Wistar foram submetidos à denervação renal ou esplênica, seguido por cirurgia para suboclusão da artéria renal esquerda. Após seis semanas, registraram-se parâmetros cardiovasculares e autonômicos basais, e a sensibilidade barorreflexa. Realizou-se, também, uma segunda série independente de experimentos, na qual os ratos foram eutanasiados após as 6 semanas de observação para coleta de sangue e órgãos (baço, rim e encéfalo). Foram realizadas análises histológicas do parênquima esplênico e de núcleos autonômicos centrais (RVLM e PVN), bem como se avaliou o perfil de citocinas em amostras de plasma, baço, rim e encéfalo. Resultados: Animais hipertensos (2R1C) apresentaram elevação dos níveis pressóricos e do drive simpático basal, associado a um déficit na sensibilidade barorreflexa. Animais hipertensos submetidos à denervação renal (2R1C+DNr) ou esplênica (2R1C+DNe) apresentaram melhora nos parâmetros cardiovasculares e a normalização da disfunção autonômica. Ademais, verificou-se, no grupo 2R1C, indicadores de inflamação periférica – hipertrofia de polpa branca esplênica e mobilização plasmática de linfócitos e monócitos – e de neuroinflamação – aumento na população de micróglia na RVLM. Esses parâmetros apresentaram-se reduzidos nos grupos 2R1C+DNr e 2R1C+DNe. Conclusão: A HAS renovascular é uma afecção caracterizada tanto por inflamação sistêmica quanto por neuroinflamação, repercutindo em alterações nos parâmetros cardiovasculares e autonômicos. Os dados aqui descritos apontam para um relevante papel da inervação simpática esplênica na gênese da HAS renovascular.
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    Impacto dos piretroides fenpropatrina e cipermetrina na atividade do canal NaV1.5 de humano e o potencial terapêutico da mexiletina e ranolazina
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-04-05) Alcântara, Fabiana da Silva [UNIFESP]; Campos, Danilo Roman [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/8233000987750211; http://lattes.cnpq.br/4869523451913673
    Introdução: Os piretroides são amplamente utilizados como inseticidas, principalmente em setores agrícolas. No Brasil, a fenpropatrina e a cipermetrina estão entre os piretroides mais comercializados. O mecanismo de ação dessas subtâncias ocorre por meio do seu efeito nos canais de sódio dependentes de voltagem (NaV), alterando a transição do estado aberto para o estado inativo, o que resulta em um aumento da corrente de sódio persistente ou tardia (INa,T). Apesar de ser um mecanismo clássico para os piretroides, não foram encontrados estudos específicos sobre o impacto da fenpropatrina e da cipermetrina sobre a atividade do NaV cardíaco, o Nav1.5h, nem sobre possíveis fármacos capazes de atenuar essas alterações. Objetivos: Investigar os efeitos da fenpropatrina e cipermetrina sobre a atividade do Nav1.5h e avaliar o potencial da mexiletina e ranolazina em atenuar esses efeitos. Métodos: Os canais NaV1.5h foram transitoriamente expressos em células embrionárias de rim humano, linhagem 293 (HEK293). A mensuração da corrente de Na+ (INa) foi realizada por meio da configuração célula inteira usando a técnica de Patch-Clamp, na modalidade voltage-clamp. Resultados: Foram realizadas curvas concentração-efeito dos piretroides (0,01-100 µM), na qual a fenpropatrina e cipermetrina induziram um aumento da INa,T de maneira dependente da concentração, com EC50 estimados de 0,4 ± 0,1 µM e 0,9 ± 0,2 µM, respectivamente. O aumento da INa,T também foi evidente em diferentes potenciais de membrana após exposição aos piretroides. Similarmente, os piretroides afetaram a dependência de voltagem para ativação do Nav1.5h, promovendo um deslocamento da curva de ativação para potenciais de membrana mais negativos. Também causaram um retardo na recuperação da inativação. Apenas a cipermetrina alterou a dependência de voltagem para inativação no estado estacionário, com deslocamento da curva de inativação para potenciais de membrana mais negativos. A mexiletina foi capaz de atenuar a alteração induzida por ambos os pesticidas, por outro lado, a ranolazina reduziu significativamente apenas INa,T gerada pela fenpropatrina. Conclusões: Os piretroides fenpropatrina e cipermetrina induzem alterações na INa e nas propriedades biofísicas de canais NaV1.5h, dos quais podem ser mitigados pela mexiletina ou ranolazina, a depender do piretroide.
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    Efeitos da intoxicação alcoólica durante a adolescência e do exercício físico durante a abstinência protraída sobre o comportamento e as alterações moleculares no hipocampo de camundongos Swiss
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-01) Righi, Thamires [UNIFESP]; Cruz, Fábio Cardoso [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/4804337113083801; http://lattes.cnpq.br/1045627602468740
    As modificações funcionais cognitivas e comportamentais ocorridas durante a adolescência tornam os adolescentes mais predispostos a iniciarem o uso de etanol ou outras drogas. Alterações nos sistemas relacionados ao estresse crônico, aos processos neuroinflamatórios e às vias de autofagia e neuroplasticidade podem mediar a transição do uso ocasional para o uso compulsivo. O uso de terapias alternativas, como o exercício físico, tem sido um grande aliado no tratamento da dependência e dos problemas neurológicos a ela associados, como por exemplo, os sintomas negativos associados à síndrome de abstinência. Dessa forma, o presente estudo investigou as alterações no padrão de consumo de camundongos Swiss submetidos a diferentes protocolos de intoxicação de etanol, alterações na expressão do BDNF e mTORC, de células da glia, das proteínas autofágicas e nos testes comportamentais decorrentes da interação entre intoxicação de etanol na adolescência e exercício físico forçado durante a fase de abstinência protraída na região do hipocampo desses animais. Observamos que os animais intoxicados por etanol, no modelo de administração intraperitoneal, apresentaram redução no peso corporal durante a intoxicação e aumento na expressão de CRF após a exposição ao etanol e ao exercício físico. Os animais intoxicados por etanol, no modelo cíclico de exposição ao vapor de etanol, apresentaram redução no peso corporal e aumento no consumo voluntário na segunda semana de exposição ao etanol. O isolamento social associado ao modelo de exposição crônica estendida ao vapor de etanol diminuiu a evocação da memória de longo prazo, aumentou os comportamentos tipo depressivos e diminuiu a expressão das proteínas mTOR e BDNF no hipocampo desses animais. O exercício físico aumentou o desempenho no teste de velocidade máxima e a cognição dos animais. Concluiu-se que o consumo excessivo e a intoxicação crônica de ETOH foram fortes preditores para o aparecimento tardio de transtornos relacionados ao uso dessa substância, assim como danos neurocognitivos persistentes.
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    Análise da incorporação de ácidos graxos ômega-3 (EPA e DHA) na membrana celular de mioblastos C2C12: avaliação dos efeitos na proliferação e diferenciação celular
    (Universidade Federal de São Paulo, 2023-09-11) Monteiro, Daniela Carvalho [UNIFESP]; Moreira, Vanessa [UNIFESP]; http://lattes.cnpq.br/1310560200014128; http://lattes.cnpq.br/4745332502370423
    Objetivo: Analisar o grau de incorporação dos ácidos graxos do tipo ômega-3 ácido eicosapentaeinoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA) em membrana de mioblastos C2C12 cultivados em cultura celular e suplementado com nanoemulsão de óleo de peixe (NOP). Avaliar esse efeito sobre a proliferação e diferenciação destas células miogênicas com especial ênfase na resolvina E1 (RvE1). Métodos: Células C2C12 mioblásticas de camundongo foram cultivadas com NOP (25 µM de EPA) por 3 a 5 dias em protocolo de cultivo das células em proliferação ou diferenciação, respectivamente. A análise do grau de incorporação de EPA e DHA foi realizada em cromatografia a gás acoplada à espectrometria de massas (CG/MS). De outra parte, as células foram previamente incubadas com inibidor do receptor de BLT1 (LY293111- 0,25 M) ou com os inibidores da via de sinalização do receptor CMKLR1/ChemR23 (rapamicina, 0,08 µM- inibidor de mTOR, ou wortmanina, 500 nM, inibidor de PI3K) seguida pela fosfolipase A2 (FLA2) isolada do veneno de Crotalus durissus terrificus (0,16 M). Após 24 h, foram realizadas as análises da expressão proteica de BLT1, COX-2, CYP450, MyoD e Myf-5 (proliferação) e CMKLR1/ChemR23 e Myf-6 (diferenciação) por western blotting. Ainda o grau de proliferação foi analisado pelo padrão de incorporação de BrDU, por espectrofotometria. Resultados: Os resultados mostraram que as células cultivadas com NOP, em meio proliferativo, apresentaram aumento (p>0,05) no teor de EPA e DHA (118,41±13,51 e 5,43±0,64 µg/mg, respectivamente), quando comparadas às células controle (18, 91±2.24 e 0,74±0,10 µg/mg de proteína, respectivamente). De forma semelhante, mioblastos incubados por 6 dias com NOP até atingir a confluência de 100% (protocolo experimental de diferenciação) apresentaram elevação (p<0,05) no teor de EPA e DHA (139,41 ±24,0 e 70,63 ± 11,43 µg/mg de proteína, respectivamente), quando comparadas às células incubadas com meio de cultura apenas (controle) (45,96 ± 1,44 e 16,23 ± 1,07 µg/mg de proteína, respectivamente). Apenas as células em proliferação incubadas com FLA2 e suplementadas com NOP apresentaram aumento de 25% e 30%, nos níveis de expressão proteica de COX-2 e CYP450 4A (p<0,05), respectivamente. As células em proliferação, incubadas com FLA2 e não suplementadas com NOP apresentaram aumento nos níveis de BLT1 (35%), enquanto as em diferenciação apresentaram diminuição de 60% na expressão deste receptor. Quando suplementadas com NOP não apresentaram alteração na expressão de BLT1. Apenas mioblastos em diferenciação e incubadas com FLA2 apresentaram redução da expressão de CMKLR1 (35%). Mioblastos suplementados ou não com NOP, na presença da FLA2, apresentaram aumento significativo de 90 e 25%, respectivamente, na incorporação do BrdU. Por outro lado, a associação com com Ly293111, levou à diminuição significativa de 26 e 43%, na incorporação do BrdU. As células incubadas com FLA2 e o inibidor do receptor BLT1 (Ly293111) apresentaram redução significativa da expressão de Myf5 e MyoD enquanto as células em prolfieração com NOP não apresentaram alteração nos níveis de expressão proteica destes fatores miogênicos. Células em diferenciação cultivadas com NOP e FLA2 apresentam diminuição da expressão de MyoD de forma significativa (15%). No entanto, estas células quando incubadas com FLA2 associada ao rapamicina, mas não com wortmanina ou Ly293111, apresentaram elevação significativa (65%) da expressão de MyoD. A análise morfológica da miofibras em células C2C12 pré-suplementadas com NOP indicou a formação de fibras mais espessas. Conclusões: A suplementação de mioblastos C2C12 com NOP aumenta a incorporação de EPA e DHA, favorecendo a produção de mediadores lipídicos pró-resolutivos. A presença de receptores BLT1 e do receptor CMKLR1/ChemR23 evidencia a atividade modulatória de RVE1 sobre a proliferação e diferenciação dos mioblastos C2C12; o aumento da proliferação das células C2C12 induzida pela FLA2 via receptor BLT1 pode ser mediada pela RVE1, mas independente dos fatores Myf5 e MyoD; Mioblastos suplementadas com EPA e DHA apresentam mais formação de miotubos espessos.
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    Influência do estresse de separação materna sobre os comportamentos relacionados ao consumo de etanol em camundongos: análise da neurotransmissão CRFérgica
    (Universidade Federal de São Paulo, 2024-03-04) Bertagna, Natalia Bonetti [UNIFESP]; Cruz, Fábio Cardoso [UNIFESP]; Miguel, Tarciso Tadeu; http://lattes.cnpq.br/4650584679300472; http://lattes.cnpq.br/4804337113083801; http://lattes.cnpq.br/4813702576316014
    O transtorno por uso de etanol (TUE) é um transtorno multifatorial, sendo o estresse um importante fator de risco envolvido na iniciação, manutenção e recaída ao consumo de etanol. Experiências adversas na infância podem favorecer alterações moleculares duradouras que, aumentam a vulnerabilidade para o desenvolvimento do TUE. Em roedores, o protocolo de estresse de separação materna (SM) é reconhecido como um modelo preditivo para investigar os efeitos da exposição ao estresse na infância sobre o consumo de etanol na vida adulta. A amídala estendida, formada pela borda do núcleo accumbens (NAc shell), amídala central (CeA) e no núcleo intersticial da estria terminal (BNST), é conhecida pelo seu papel na mediação dos comportamentos relacionados ao estresse e consumo de etanol. A ativação do sistema do fator liberador de corticotrofina (CRF) na amídala estendida, particularmente na amídala (AMY) e no BNST, parecem estar envolvidas nessas respostas. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos a longo prazo da SM nos comportamentos de consumo de etanol em camundongos machos e fêmeas, bem como o envolvimento do sistema CRFérgico da AMY e BNST na interação entre estresse de SM e o consumo de etanol nesses roedores. Para isso, camundongos C57BL/6J machos e fêmeas foram separados diariamente de suas mães por três horas do dia pós-natal (DPN) 1 até o DPN 14. Os animais controle foram mantidos nas gaiolas moradia, sob os cuidados maternos até o DPN 21, quando ocorreu o desmame de todas as ninhadas. No primeiro experimento, a partir do DPN 45, os camundongos (Controle: n= 14, 7 machos e 7 fêmeas; SM: n= 14, 7 machos e 7 fêmeas) foram submetidos ao protocolo de consumo involuntário de etanol 20%, durante 3 semanas. Após, foi realizada a aquisição do comportamento de autoadministração operante de etanol em esquema de razão fixa (RF 1-3-5), em sessões de 2 horas, por 3 semanas. Em seguida, foi avaliada a influência da SM sobre a motivação pela busca do etanol 20% utilizando o protocolo de razão progressiva em 3 sessões de 2 horas. O consumo operante ilimitado de etanol 20% foi avaliado em uma sessão de binge com 4 horas de duração. Vinte e quatro horas após a sessão de binge, a busca pelo etanol 20% frente a um estímulo aversivo foi avaliada quando concentrações crescentes de quinino foram adicionadas a solução de etanol. O envolvimento dos subnúcleos da amídala estendida foi avaliado através da expressão da contagem do número de células positivas para a proteína Fos no Nac, AMY e BNST. No segundo experimento, foram utilizados os mesmos protocolos de SM e autoadministração de etanol (SM: n=31; 15 fêmeas e 16 machos; Controle: n=29; 15 fêmeas e 14 machos), porém, após o protocolo de razão progressiva, os animais foram alocados em dois grupos distintos: expostos (Controle: 8 fêmeas, 8 machos; SM: 7 fêmeas, 9 machos) e não expostos (Controle: 7 fêmeas e 6 machos; SM: 8 fêmeas, 7 machos) ao teste de Exposição ao Rato (TER). Após a exposição ao TER, os animais foram submetidos a uma sessão de binge e amostras da AMY e do BNST foram coletadas para análise da expressão dos receptores CRFR1 e CRFR2 e da proteína de ligação ao CRF (CRF-BP), por Western Blotting. Amostras de sangue foram coletadas antes do início do protocolo de autoadministração, depois do TER e do binge, para a análise das concentrações de corticosterona plasmática. No terceiro experimento, a partir do DPN 60, camundongos machos e fêmeas dos grupos controle e SM foram submetidos ao protocolo de livre escolha de etanol ou água, no qual a concentração da solução de etanol foi aumentada a cada 3 dias (5%, 10%, 15% e 20%). Em seguida os animais foram submetidos a uma cirurgia estereotáxica para a implantação de cânulas no BNST. Após esse procedimento foram realizados três dias de consumo voluntário de etanol 20% intercalados por três dias de abstinência, em que um grupo de animais controles e SM recebeu injeções intra-BNST de veículo e CP 376395 (antagonista de receptores CRFR1, doses 3,0 nmol/0,1 μl e 6,0 nmol/0,2 μl) e outro grupo de recebeu veículo e CRF6-33 (inibidor da proteína CRF-BP, doses 0,25 μg/0,1 μl e 0,5 μg/0,2 μl) que foram administrados seguindo o esquema Latin Square. No experimento 1, os resultados demonstram que a SM aumentou a ingestão de etanol em camundongos fêmeas, enquanto diminuiu o consumo em machos no consumo involuntário. Os animais submetidos SM apresentaram maior motivação para buscar etanol durante o protocolo de razão progressiva. Camundongos fêmeas do grupo controle, assim como machos submetidos a SM, foram mais resistentes a reduzir seu consumo em relação aos camundongos machos controle durante a adulteração com quinino. Para a imunohistoquímica, observamos aumento de neurônios imunorreativos para Fos na BLA e CeA em camundongos submetidos ao MS, mas não no NAc, nem no BNST. Já para o experimento 2, a SM induziu efeitos duradouros nas respostas comportamentais a um estressor heterotípico durante a vida adulta e na busca pelo etanol após a exposição ao TER, de maneira sexo-específica. Camundongos machos que permaneceram mais tempo na toca apresentaram maior número de reforços e respostas ao nose poke ativo em relação quando comparados às fêmeas. Camundongos dos grupos SM que não foram submetidos ao TER apresentaram redução da expressão de receptores CRFR1 no BNST e CRF-BP na AMY, enquanto aqueles que foram expostos ao TER apresentaram aumento na expressão de CRFR2 na AMY. No experimento 3, foi observado que a Sm reduziu o consumo de etanol em um protocolo de livre escolha de etanol com concentrações crescentes dessa substância. Esses efeitos não foram influenciados pelo antagonismo de receptores CRFR1 com CP376395. A inibição da proteína CRF-BP não produziu alterações de consumo e preferência de consumo entre os grupos. Esse estudo demonstra que a SM produziu alterações duradouras nos comportamentos relacionados ao consumo de etanol, de modo dependente de sexo e em diferentes protocolos de autoadministração de etanol. Observa-se também que esse estresse influencia comportamentos defensivos e o consumo de etanol em resposta a um estressor heterotípico, na vida adulta. Tais respostas foram associadas a ativação neuronal específica de subnúcleos da amídala estendida, de forma sexo-específica. Destaca-se, ainda, que a separação materna alterou a expressão de proteínas relacionadas ao sistema CRFérgico na amídala estendida. Entretanto, o antagonismo de receptores CRFR1 e a inibição da proteína CRF-BP parecem não influenciar os efeitos do estresse de SM sobre o consumo de etanol.