Estudo comparativo do uso de drenos de secção e pontos de tensão progressiva na prevenção de seromas e infecções de ferida operatória após correção cirúrgica de hérnias incisionais volumosasEnsaio clínico randomizado
Data
2014-02-26
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Objective: To carry out a comparative study between the use of tubular drains in closed suction system and the use of progressive tension sutures in patients with large incisional hernias, undergoing hernia repair with onlay positioned mesh, in order to evaluate the post operative seromas and wound infection as endpoints. Methods: From May to December 2012, forty two patients with incisional hernias (5 -15 cm length) underwent surgical repair with onlay placement of mesh as described by Chevrel, at Western Parana University Hospital. After mesh placement, patients were electronically randomized in two groups. In group I, closed suction subcutaneous drains were used in the patients. In group II, progressive tension stitches were used, as described by Pollock. Patients were clinically evaluated regarding seromas and wound infection during the first 30 days after surgery. Ultrasound of abdominal wall was used in the following periods: 4 -6 postoperative days (early period), 14 – 15 postoperative days (intermediary period) and 29 – 30 postoperative days (late period) to evaluate seroma formation. Results: Both groups were similar in regard to gender, age, body mass index, smoking, cardiologic risk factors, serum albumin levels, hernia size, subcutaneous thickness, hernia defect area, surgical time and seroma incidence in the early, intermediary or late periods. The highest incidence of seromas detected by ultrasound was in the intermediary period (52.4%), although 33.4% were clinically detectable. There was no statistical difference among incidences of seroma in non period between the studied groups. Wound infection rate in nine patients was 21.4%. There was no statistical difference in wound infection between the studied groups. The results of univariate tests have shown that the presence of infection on the 30th postoperative day was not associated to the use of drain or progressive tension sutures. Conclusion: There was no significant difference in incidence of seromas, either detected clinically or by ultrasound, as well as in wound infection incidence between the groups using closed suction subcutaneous drains or progressive tension sutures, in patients undergoing large incisional hernia repair using onlay technique.
Objetivo: Realizar um estudo comparativo entre a utilização de drenos tubulares em sistema de aspiração fechada e o emprego de pontos de tensão progressiva em pacientes portadores de hérnias incisionais volumosas submetidos à correção com tela em posição onlay, a fim de avaliar o desenvolvimento pós-operatório de seromas e infecções de ferida operatória. Métodos: Entre maio e dezembro de 2012, 42 pacientes portadores de hérnia incisional, entre 5 e 15 centímetros de extensão, foram submetidos à correção cirúrgica com tela em posição onlay (conforme descrito por Chevrel) no Hospital Universitário do Oeste do Paraná. Após a colocação da tela, os pacientes foram eletronicamente randomizados para dois grupos de intervenção. No grupo 1, drenos subcutâneos foram colocados em aspiração fechada. No grupo 2, pontos de tensão progressiva de subcutâneo foram realizados conforme descrito por Pollock, sem a colocação de drenos. Os pacientes foram avaliados clinicamente para formação de seromas e infecção de ferida operatória até o 30º dia do período pós-operatório. Foram realizadas ultrassonografias de parede abdominal referentes aos seguintes períodos: do 4º ao 6º período (precoce), do 14º ao 16º (intermediária) e do 29º ao 31º (tardia) dias pós-operatórios para avaliar possível formação de seromas. Resultados: Os grupos não apresentaram diferença significativa quanto ao gênero, à idade, à classificação do índice de massa corporal, ao tabagismo, ao risco cardiológico, à albumina sérica, ao tamanho da hérnia, à espessura do subcutâneo, à área do defeito herniário, ao tempo cirúrgico e à presença de seroma no pós-operatório precoce, intermediário e tardio. A maior incidência de seromas foi detectada na avaliação entre o 14º e o 16º dias do período pósoperatório. Vinte e dois pacientes (52,4%) apresentaram seromas na avaliação ultrassonográfica intermediária, sendo que, somente oito deles (33,4%) apresentavam diagnóstico clínico. Os resultados dos testes estatísticos univariados revelaram que a presença de seroma no período precoce, intermediário e tardio de pós-operatório não está relacionada ao uso de dreno ou pontos de tensão progressiva. A infecção de ferida operatória ocorreu em nove pacientes (21,4%). Os resultados dos testes estatísticos univariados revelaram que a presença de infecção até o 31º dia de pós-operatório não está relacionada ao uso de dreno ou pontos de tensão progressiva. Conclusões: Não houve diferença significativa na frequência de seromas clínicos ou subclínicos e infecções nos pacientes submetidos à correção de hérnias incisionais volumosas com tela por técnica onlay com o uso de drenos ou pontos de tensão progressiva sem drenagem.
Objetivo: Realizar um estudo comparativo entre a utilização de drenos tubulares em sistema de aspiração fechada e o emprego de pontos de tensão progressiva em pacientes portadores de hérnias incisionais volumosas submetidos à correção com tela em posição onlay, a fim de avaliar o desenvolvimento pós-operatório de seromas e infecções de ferida operatória. Métodos: Entre maio e dezembro de 2012, 42 pacientes portadores de hérnia incisional, entre 5 e 15 centímetros de extensão, foram submetidos à correção cirúrgica com tela em posição onlay (conforme descrito por Chevrel) no Hospital Universitário do Oeste do Paraná. Após a colocação da tela, os pacientes foram eletronicamente randomizados para dois grupos de intervenção. No grupo 1, drenos subcutâneos foram colocados em aspiração fechada. No grupo 2, pontos de tensão progressiva de subcutâneo foram realizados conforme descrito por Pollock, sem a colocação de drenos. Os pacientes foram avaliados clinicamente para formação de seromas e infecção de ferida operatória até o 30º dia do período pós-operatório. Foram realizadas ultrassonografias de parede abdominal referentes aos seguintes períodos: do 4º ao 6º período (precoce), do 14º ao 16º (intermediária) e do 29º ao 31º (tardia) dias pós-operatórios para avaliar possível formação de seromas. Resultados: Os grupos não apresentaram diferença significativa quanto ao gênero, à idade, à classificação do índice de massa corporal, ao tabagismo, ao risco cardiológico, à albumina sérica, ao tamanho da hérnia, à espessura do subcutâneo, à área do defeito herniário, ao tempo cirúrgico e à presença de seroma no pós-operatório precoce, intermediário e tardio. A maior incidência de seromas foi detectada na avaliação entre o 14º e o 16º dias do período pósoperatório. Vinte e dois pacientes (52,4%) apresentaram seromas na avaliação ultrassonográfica intermediária, sendo que, somente oito deles (33,4%) apresentavam diagnóstico clínico. Os resultados dos testes estatísticos univariados revelaram que a presença de seroma no período precoce, intermediário e tardio de pós-operatório não está relacionada ao uso de dreno ou pontos de tensão progressiva. A infecção de ferida operatória ocorreu em nove pacientes (21,4%). Os resultados dos testes estatísticos univariados revelaram que a presença de infecção até o 31º dia de pós-operatório não está relacionada ao uso de dreno ou pontos de tensão progressiva. Conclusões: Não houve diferença significativa na frequência de seromas clínicos ou subclínicos e infecções nos pacientes submetidos à correção de hérnias incisionais volumosas com tela por técnica onlay com o uso de drenos ou pontos de tensão progressiva sem drenagem.
Descrição
Citação
WESTPHALEN, Andre Pereira. Estudo comparativo do uso de drenos de secção e pontos de tensão progressiva na prevenção de seromas e infecções de ferida operatória após correção cirúrgica de hérnias incisionais volumosasEnsaio clínico randomizado. 2014. 70 f. Dissertação (Mestrado) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2014.