Desenvolvimento de um sensor virtual neural para predição de incrustação em trocadores de calor

Data
2018
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
Trocadores de calor são equipamentos fundamentais em Indústrias químicas. Têm por função realizar a troca térmica entre dois ou mais fluidos a fim de garantir as condições necessárias ao processo. Podem servir como evaporadores, condensadores, ou apenas promotores de um resfriamento ou aquecimento de um fluido. Para garantir a eficiência térmica desses equipamentos é preciso controlar a evolução da incrustação na sua superfície, que é a deposição de materiais, ou seja, de sujeira devido a diversos fatores operacionais e de projeto. Uma forma eficiente encontrada para determinar quando é preciso realizar paradas de limpeza é o uso de Redes Neurais Artificiais (RNAs), que são técnicas computacionais de modelagem matemática que se baseiam no cérebro humano para a resolução dos problemas mais simples até os mais complexos. Sendo assim, este trabalho tem por finalidade controlar a evolução da incrustação em um trocador de calor por meio do treinamento de Redes Neurais Artificiais e testar os tipos de estratégias e estruturas que melhor desempenham a simulação para este sistema. Os dados utilizados foram obtidos de um trocador casco e tubo que serve para resfriar propano por meio de água de refrigeração, localizado em uma Indústria Petroquímica de São Paulo. As variáveis de entrada da RNA foram as temperaturas de entrada do fluido quente e do frio e a vazão de saída do fluido frio, e, a variável de saída que a rede gerou foi a vazão de saída do fluido frio. A estrutura da RNA e o método de otimização utilizados foram, respectivamente, as MLPs (Multilayer Perceptron) ou perceptron de multicamadas com uma ou duas camadas ocultas e os algoritmos back-propagation com Marquardt Levenberg e Marquardt Levenberg com regularização bayesiana. Foram utilizadas duas estratégias para a simulação. Na primeira, a temperatura anterior de entrada dos fluidos frio e quente e a vazão anterior e atual de saída do fluido frio alimentaram a rede enquanto que a saída foi a vazão posterior de saída do fluido frio. Não se obteve sucesso para essa estratégia visto que o melhor valor de coeficiente de correlação (R2 ) para a simulação foi de 0,3362. A estratégia 2 teve como entrada da rede as temperaturas e vazões atuais e como saída a vazão posterior. Nessa estratégia, 3 modelos foram testados e o que melhor representou o sistema industrial estudado foi a estrutura ‘3-30-30-1’ com função de treinamento Levenberg Marquardt e função de transferência tangente sigmoidal nas camadas intermediárias e linear na camada de saída. O R2 para esse modelo foi de 0,9435, o erro médio foi de 155,10% e a mediana foi de 13,31%. O objetivo para o estudo foi atingido visto que as simulações da rede representaram bem o comportamento dos dados experimentais, ou seja, foi provado que a RNA pode ser usada para predição da incrustação em trocadores de calor industriais
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