Ruído em hospital universitário: impacto na qualidade de vida

Data
2013-06-01
Tipo
Artigo
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Resumo
PURPOSE: To determine noise levels in different hospital settings and investigate the impact of noise exposure on the quality of life of the healthcare workers in these environments. METHODS: Noise was measured using a sound level meter in different sectors of the São Paulo university hospital (neonatal intensive care unit, nutrition, classrooms, print shop, laundry, carpentry shop and metalwork shop) in different periods of the day (morning, afternoon and night) over a one-week period. Five workers from each sector were asked to fill out questionnaires on hearing habits and quality of life (WHOQoL-Bref), adapted to Brazilian Portuguese. Each question on the WHOQoL-Bref was scored from 0 to 5 points, with higher overall scores denoting better quality of life. RESULTS: Statistically significant differences among environments were found regarding minimum and maximum sound levels, regardless of the time of the day. All sound levels were considered harmful. No statistically significant differences among sectors were found in the overall quality of life score or subscales of the WHOQoL-Bref (Quality of Life, Physical Aspects, Psychological Aspects, Social Relations and Environment). CONCLUSION: The minimum and maximum noise levels in all sectors, except the neonatal intensive care unit, exceeded those defined for hospital environments. The variation in noise levels characterizes environments with intermittent noise that places the auditory health of the employees at risk. The noise levels encountered demonstrate the need for a hearing conservation program involving both group and individual measures.
OBJETIVO: Aferir os níveis de ruído em distintos ambientes de um hospital universitário e investigar o impacto dessa exposição na qualidade de vida dos profissionais que atuam nesses ambientes. MÉTODOS: O ruído foi aferido por meio de medidor de pressão sonora em três períodos do dia: manhã, tarde e noite, durante uma semana, em diferentes dependências de um hospital, a saber: UTI neonatal, nutrição, anfiteatros, gráfica, lavanderia, marcenaria e serralheria. Para cinco trabalhadores de cada setor, foi solicitado o preenchimento dos questionários de hábitos auditivos e de Qualidade de vida (WHOQOL-Bref), adaptado para o Português Brasileiro. Para cada questão do WHOQOL-Bref atribuiu-se de 0 a 5 pontos, sendo que, ao final, quanto maior a pontuação, melhor qualidade de vida o indivíduo considera ter. RESULTADOS: Houve diferença significativa entre os ambientes, para os valores mínimos e máximos de pressão sonora, independentemente do período do dia em que foi realizada a aferição. Todos os ambientes puderam ser considerados prejudiciais. Nos escores apresentados nas questões de qualidade de vida geral e nos domínios do WHOQOL-Bref (Qualidade de Vida, Físico, Psicológico, Relações Sociais e Meio Ambiente), observou-se que não houve diferença entre os setores. CONCLUSÃO: Os níveis mínimos e máximos de ruído em todos os setores, com exceção da UTI neonatal, excedem os previstos para ambiente hospitalar; a variação dos níveis de ruído caracteriza ambientes com ruídos intermitentes que colocam em risco a saúde auditiva dos funcionários; os níveis de ruído aferidos evidenciam a necessidade de implementação de Programa de Conservação Auditiva, com medidas coletivas e individuais.
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Audiology - Communication Research. Academia Brasileira de Audiologia, v. 18, n. 2, p. 109-119, 2013.
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