Estado atual do diagnóstico e tratamento da apendicite aguda na criança: avaliação de 300 casos
Data
2005-12-01
Tipo
Artigo
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Resumo
BACKGROUND: In our clinical practice, we have observed that despite the great technological advances in diagnostic methods acute appendicitis still represents a problem in children, resulting in late diagnosis and treatment, and case of greater severity. Our objective is to assess the current state of diagnosis and treatment of acute appendicitis in children treated in two important referral hospitals of São Paulo (Brazil), over a 30 month's period. METHODS: The variables studied were: age, sex, clinical manifestations, time for the diagnosis to be established, the findings from physical examination and laboratory tests, surgical findings and antibiotic protocols, postoperative complications and hospital lenght of stay. RESULTS: In the present sample, of 300 children, 65% were boys and 35% girls, with an initial diagnosis of appendicitis being made in 63% of the cases. The signs and symptoms most frequently encountered were: abdominal pain in the right iliac fossa (85.3%) and peritoneal irritation in this region (82%). We identified leukocytosis in 83% of the patients and the urine analysis showed leukocyturia in 39.7% of the patients. Around 92.4% of the simple radiological studies of the abdomen produced images that were not specific to acute appendicitis. Ultrasonography studies diagnosed the disease in 80.1% of the cases. Various antibiotic schemes were used, although there was special attention towards Gram-negative and anaerobic bacteria. The main complication was infection of the surgical wound, and there was no mortality. The average hospital length of stay was 5 days. CONCLUSION: In spite of greater knowledge of acute appendicitis and greater refinement of laboratory and radiological techniques, the diagnosis is still delayed and disease constitutes a cause of great morbidity among pediatric age groups.
OBJETIVOS: Avaliar o estado atual do diagnóstico e tratamento da apendicite aguda em crianças operadas em dois grandes hospitais quaternários da cidade de São Paulo, no período de 30 meses. MÉTODO: Nossa casuística constou de 300 crianças operadas por apendicite aguda no período de 1998 a 2000 (65% do sexo masculino e 35% feminino). Foram analisadas as variáveis idade, sexo, manifestações clínicas, tempo gasto para o diagnóstico, achados de exame físico, laboratoriais e cirúrgicos, antimicrobianos administrados, complicações pós-operatórias e tempo de internação. Utilizou-se o teste t de Student para avaliar duas variantes e Análise de Variâncias quando mais de duas. RESULTADOS: Diagnosticou-se inicialmente apendicite aguda em apenas 63% dos casos, tendo os 35% restantes, diagnóstico de abdome agudo cirúrgico. O tempo decorrido na realização do diagnóstico foi superior a 24 horas em 57,4% dos casos, denotando retardo importante na sua elaboração. Dor abdominal (85,3%) e irritação peritoneal (82%) em fossa ilíaca direita foram os sinais e sintomas mais freqüentes. Identificou-se leucocitose em 83% dos pacientes e leucocitúria em 39,7 %. Em 92,4% das radiografias simples de abdome encontramos imagens sugestivas de apendicite aguda. A ultra-sonografia abdominal foi diagnóstica em 80,1% dos casos. Utilizaram-se esquemas antimicrobianos especialmente para agentes gram-negativos e anaeróbicos. A principal complicação foi infecção da ferida cirúrgica, não tendo sido observada mortalidade no grupo. A média de internação foi de 5.2 e 6,0 dias para meninos e meninas respectivamente. CONCLUSÃO: Mesmo com melhor conhecimento sobre apendicite aguda, refinamento técnico, laboratorial, radiológico e uso de antibioticoterapia adequada, o tempo de para diagnóstico e a morbidade ainda se mantém alta na idade pediátrica.
OBJETIVOS: Avaliar o estado atual do diagnóstico e tratamento da apendicite aguda em crianças operadas em dois grandes hospitais quaternários da cidade de São Paulo, no período de 30 meses. MÉTODO: Nossa casuística constou de 300 crianças operadas por apendicite aguda no período de 1998 a 2000 (65% do sexo masculino e 35% feminino). Foram analisadas as variáveis idade, sexo, manifestações clínicas, tempo gasto para o diagnóstico, achados de exame físico, laboratoriais e cirúrgicos, antimicrobianos administrados, complicações pós-operatórias e tempo de internação. Utilizou-se o teste t de Student para avaliar duas variantes e Análise de Variâncias quando mais de duas. RESULTADOS: Diagnosticou-se inicialmente apendicite aguda em apenas 63% dos casos, tendo os 35% restantes, diagnóstico de abdome agudo cirúrgico. O tempo decorrido na realização do diagnóstico foi superior a 24 horas em 57,4% dos casos, denotando retardo importante na sua elaboração. Dor abdominal (85,3%) e irritação peritoneal (82%) em fossa ilíaca direita foram os sinais e sintomas mais freqüentes. Identificou-se leucocitose em 83% dos pacientes e leucocitúria em 39,7 %. Em 92,4% das radiografias simples de abdome encontramos imagens sugestivas de apendicite aguda. A ultra-sonografia abdominal foi diagnóstica em 80,1% dos casos. Utilizaram-se esquemas antimicrobianos especialmente para agentes gram-negativos e anaeróbicos. A principal complicação foi infecção da ferida cirúrgica, não tendo sido observada mortalidade no grupo. A média de internação foi de 5.2 e 6,0 dias para meninos e meninas respectivamente. CONCLUSÃO: Mesmo com melhor conhecimento sobre apendicite aguda, refinamento técnico, laboratorial, radiológico e uso de antibioticoterapia adequada, o tempo de para diagnóstico e a morbidade ainda se mantém alta na idade pediátrica.
Descrição
Citação
Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. Colégio Brasileiro de Cirurgiões, v. 32, n. 6, p. 310-315, 2005.