Cost-effectiveness of anastrozole, in comparison with tamoxifen, in the adjuvant treatment of early breast cancer in Brazil
Data
2009-01-01
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE: Breast cancer, a leading type of cancer in many developing countries, is the most frequent non-cutaneous tumor in Brazil. Hormone therapy is the standard of care in the adjuvant treatment of early-stage, hormone-receptor-positive disease, and both tamoxifen and third-generation aromatase inhibitors are options in postmenopausal women. The comparative cost-effectiveness of different treatment strategies is of considerable interest in societies facing limited resources. METHODS: In an attempt to compare cost-effectiveness of upfront treatment with tamoxifen or anastrozole, the medical and economic results in a hypothetical cohort of 64-year-old postmenopausal women, was analyzed considering the Brazilian healthcare system in 2005, the primary perspective of the private sector, and a lifetime horizon. Data from the ATAC Trial, Markov modeling, a modified Delphi panel, and microcosting (in Brazilian R$) were used to estimate costs and effectiveness of the two upfront strategies. RESULTS: The model estimated a gain of 0.55 discounted life-years for patients receiving anastrozole, relative to those treated with tamoxifen. With an incremental cost of R$ 15,141.15, the model estimated that the cost-effectiveness of anastrozole, in relation to tamoxifen, was R$ 27,326.80. Monte Carlo simulations showed that approximately 50% of the cases fell below the threshold of R$ 29,229.00 per life-year gained, which is recommended by the World Health Organization for Brazil. CONCLUSION: It was concluded that upfront anastrozole is a cost-effective option compared with tamoxifen in the adjuvant treatment of postmenopausal women with hormone-receptor-positive early breast cancer.
RESUMO OBJETIVO: O câncer de mama, o mais comum em vários países desenvolvidos, é o tumor não cutâneo mais frequente no Brasil. A terapia hormonal é o tratamento adjuvante padrão para os estágios precoces, em doença com receptor hormonal positivo, e o tamoxifeno e os inibidores da aromatase de terceira geração são opções para mulheres na pós-menopausa. A comparação do custo-efetividade dos diferentes tratamentos é de grande interesse nas sociedades com limitações de recursos. MÉTODOS: Para comparar a custo-efetividade dos tratamentos com tamoxifeno ou anastrozol, foram analisados os resultados médicos e econômicos em uma coorte hipotética de mulheres com 64 anos de idade, considerando o sistema de saúde Brasileiro em 2005, sob a perspectiva do setor privado e o horizonte de tempo de uma vida. Usamos dados do Estudo ATAC, um modelo de Markov, um painel de Delphi modificado, e micro-costing (em reais R$) para estimar os custos e a efetividade das duas estratégias. RESULTADOS: O modelo estimou um ganho de 0.55 anos de vida descontados para pacientes recebendo anastrozol em relação àquelas tratadas com tamoxifeno. Com um custo marginal de R$ 15.141,15, o modelo estimou que o custoefetividade do anastrozol em relação ao tamoxifeno era de R$ 27.326,80. As simulações de Monte Carlo mostraram que aproximadamente 50% dos casos estavam abaixo do limite de R$ 29.229,00 por ano-vida ganho, que é o recomendado pela Organização Mundial da Saúde para o Brasil. CONCLUSÃO: Nós concluímos que o anastrozol é uma opção custo-efetivo comparado ao tamoxifeno no tratamento adjuvante de câncer de mama precoce em mulheres na pós-menopausa com receptor de hormônio positivo.
RESUMO OBJETIVO: O câncer de mama, o mais comum em vários países desenvolvidos, é o tumor não cutâneo mais frequente no Brasil. A terapia hormonal é o tratamento adjuvante padrão para os estágios precoces, em doença com receptor hormonal positivo, e o tamoxifeno e os inibidores da aromatase de terceira geração são opções para mulheres na pós-menopausa. A comparação do custo-efetividade dos diferentes tratamentos é de grande interesse nas sociedades com limitações de recursos. MÉTODOS: Para comparar a custo-efetividade dos tratamentos com tamoxifeno ou anastrozol, foram analisados os resultados médicos e econômicos em uma coorte hipotética de mulheres com 64 anos de idade, considerando o sistema de saúde Brasileiro em 2005, sob a perspectiva do setor privado e o horizonte de tempo de uma vida. Usamos dados do Estudo ATAC, um modelo de Markov, um painel de Delphi modificado, e micro-costing (em reais R$) para estimar os custos e a efetividade das duas estratégias. RESULTADOS: O modelo estimou um ganho de 0.55 anos de vida descontados para pacientes recebendo anastrozol em relação àquelas tratadas com tamoxifeno. Com um custo marginal de R$ 15.141,15, o modelo estimou que o custoefetividade do anastrozol em relação ao tamoxifeno era de R$ 27.326,80. As simulações de Monte Carlo mostraram que aproximadamente 50% dos casos estavam abaixo do limite de R$ 29.229,00 por ano-vida ganho, que é o recomendado pela Organização Mundial da Saúde para o Brasil. CONCLUSÃO: Nós concluímos que o anastrozol é uma opção custo-efetivo comparado ao tamoxifeno no tratamento adjuvante de câncer de mama precoce em mulheres na pós-menopausa com receptor de hormônio positivo.
Descrição
Citação
Revista da Associação Médica Brasileira. Associação Médica Brasileira, v. 55, n. 4, p. 410-415, 2009.