Clinical and demographic profile of cancer patients in a consultation-liaison psychiatric service

Data
2003-01-01
Tipo
Artigo
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Resumo
ABSTRACT CONTEXT: An almost 50% prevalence of psychiatric disorders among cancer patients has prompted a series of studies on consultation-liaison psychiatry. Nonetheless, there are few reports on the epidemiological factors involving comorbidity between cancer and psychiatric disorders. OBJECTIVE: To evaluate the epidemiological profile of cancer inpatients referred to the consultation-liaison psychiatric service in an oncology hospital during its first year of activity. TYPE OF STUDY: Descriptive study. SETTING: Tertiary-care teaching hospital. PARTICIPANTS: 319 patients referred 412 times to the consultation-liaison psychiatry service. PROCEDURES: From August 97 to July 98, an appraisal was made of data on all admissions registered at the Hospital do Câncer, and also all referrals registered at the consultation-liaison psychiatry service. MAIN MEASUREMENTS: The demographics and patients' clinical data, the type and flow of the request, and the evaluation conducted by the service were analyzed and comparisons with the hospital data were made. The distribution of the number of referrals was used to construct a profile of patients who had repeatedly used the service. RESULTS: Psychiatric diagnoses were found in 59% of the cases. Forty-three percent of these required medication, 18.3% needed psychotherapy, 22.1% family intervention and 20.5% guidance from the staff. Over 22.8% of the consultations were reevaluations, mainly involving younger male patients with worst prognoses. These patients required lengthier and more elaborate intervention, and had higher prevalence of depressive and behavioral disorders. CONCLUSION: A younger and mainly male population of non-surgical oncological cases was referred to the consultation-liaison psychiatric service during its first year of activity. The psychiatric disorder prevalence was higher than expected, and consisted predominantly of mood disorders. We detected a priority group, namely the reevaluated patients, who deserved special attention throughout the psychiatric interventions.
CONTEXTO: Diversos estudos sobre interconsulta psiquiátrica mostram uma prevalência de cerca de 50% de comorbidade psiquiátrica em pacientes com câncer. No entanto, poucos registros sobre os fatores epidemiológicos que propiciam o estabelecimento desta comorbidade foram encontrados. OBJETIVO: Avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes com câncer, internados num hospital oncológico e encaminhados para o serviço de interconsulta psiquiátrica, durante o primeiro ano de seu funcionamento. TIPO DE ESTUDO: Estudo descritivo. LOCAL: Hospital terciário de ensino privado. PARTICIPANTES: 319 pacientes encaminhados por 412 pedidos de interconsulta psiquiátrica. PROCEDIMENTOS: Todas as internações realizadas no Hospital do Câncer e todas as interconsultas solicitadas no período de agosto de 97 a julho de 98 foram registradas e analisadas. VARIÁVEIS ESTUDADAS: Os dados demográficos e clínicos do paciente, os dados sobre o pedido e o fluxo do atendimento, condutas e diagnósticos do serviço de interconsulta foram analisados e comparados com os dados das internações. A distribuição do número de atendimentos foi utilizada para construir o perfil do paciente que repetidamente era encaminhado para o serviço. RESULTADOS: 59% dos pacientes apresentavam transtorno psiquiátrico; 43% destes necessitaram de medicação psicotrópica, 18,3% de psicoterapia, 22,1% de intervenção sobre a família e 20,5% de orientação para a equipe de saúde. Quase 23% das solicitações foram para reavaliações, sendo a maioria delas para pacientes do sexo masculino, mais jovens e de pior prognóstico. As reavaliações se caracterizaram por atendimentos mais prolongados, por intervenção mais complexa e por maior prevalência de transtorno depressivo. Os pacientes reavaliados constituíram um grupo problema, necessitando da elaboração de atenção psiquiátrica especial. CONCLUSÃO: Uma população de pacientes oncológicos mais jovem, predominantemente do sexo masculino e de setores não-cirúrgicos foi encaminhada ao serviço de interconsulta no seu primeiro ano de funcionamento. A prevalência de transtornos psiquiátricos foi maior do que a esperada, predominantemente os quadros de transtorno do humor. Os pacientes reavaliados constituíram um grupo prioritário na demanda do serviço, necessitando de especial atenção no desenvolvimento de intervenções psiquiátricas.
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São Paulo Medical Journal. Associação Paulista de Medicina - APM, v. 121, n. 3, p. 111-116, 2003.
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