Grupos de consumo responsável: limites e possibilidades para sua expansão

Data
2021-02-24
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
A agricultura convencional gera diversos impactos sociais, ambientais e econômicos negativos, tais como concentração de terras e de renda pelo agronegócio, desmatamento, contaminação de corpos hídricos, danos à saúde humana e distanciamento nas relações comerciais entre produtores e consumidores. Como modelo alternativo, surgem as práticas agroecológicas, caracterizadas por processos da agricultura que buscam assegurar a saúde e a biodiversidade do meio ambiente, ao mesmo tempo em que proporcionam maior autonomia e condições de trabalho adequadas aos pequenos produtores e estimulam práticas do Comércio Justo e Solidário. Dentro desta alternativa, encontram-se os Grupos de Consumo Responsável (GCRs), os quais objetivam uma nova forma de consumir, adquirindo produtos diretamente de produtores que adotem práticas agroecológicas ou estejam em transição. Como forma de fortalecer a agroecologia, este trabalho tem como objetivo contribuir para identificar limites e possibilidades para a expansão desses grupos. Para isso, foi realizado levantamento bibliográfico acerca de experiências vivenciadas por GCRs brasileiros. Os limites e possibilidades de expansão variaram desde aspectos acerca das relações sociais estabelecidas dentro e entre os grupos; das dinâmicas operacionais relacionadas à logística de distribuição e autogestão; dos processos e vieses econômicos; na formação e educação dos indivíduos atuantes ou com possibilidades de atuarem nos GCRs; nos processos de certificação dos produtos e acerca da institucionalização dos grupos, sendo o engajamento efetivo dos membros nas atividades cotidianas dos GCRs um dos principais limites; e como possibilidades de expansão, destaca-se a inserção destes grupos em redes de relacionamento. Para fortalecer os GCRs dentro do movimento agroecológico, faz-se necessário expandir os espaços formativos, a fim de conscientizar a população sobre as diferenças dos produtos oriundos da produção orgânica e agroecológica em relação à produção convencional.
Conventional agriculture involve for several negative social, environmental and economic impacts, such as concentration of land and income from agribusiness, deforestation, contamination of water bodies, damage to human health and distance in commercial relations between producers and consumers. As an alternative model, agroecological practices emerge, characterized by agricultural processes that seek to ensure the health and biodiversity of the environment, while providing greater autonomy and appropriate working conditions for small producers and encourage Fair and Solidary Trade practices. Within this alternative, there are the Responsible Consumption Groups (GCRs), which have obtained a new way of consuming, purchasing products directly from producers that adopt agroecological practices or are in transition to. As a way of strengthening agroecology, this study aims to contribute to identify limits and possibilities for the expansion of these groups. For this, a bibliographic survey was carried out on experiences lived by Brazilian GCRs. The limits and possibilities of expansion varied from aspects about the social relations established within and between groups; operational dynamics related to distribution logistics and self-management; economic processes and biases; in the training and education of individuals working or with possibilities to work in the GCRs; in product certification processes and about the institutionalization of groups, with the effective engagement of members in the daily activities of the GCRs being one of the main limits; and as possibilities for expansion, the insertion of these groups in relationship networks. In order to strengthen the GCRs within the agroecological movement, it is necessary to expand the training spaces in order to make the population aware of the differences in products from organic and agroecological production in relation to conventional production.
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