Ressonância magnética na mielopatia associada ao HTLV-I: Leucoencefalopatia e atrofia medular

Data
1997-01-01
Tipo
Artigo
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Resumo
Cerebral white matter lesions and spinal cord atrophy have been frequently reported in patients with HTLV-I associated myelopathy (HAM). The exact frequency and the clinical relevance of these findings still remain to be elucidated. Twenty-nine patients with HAM were studied by magnetic resonance imaging of the brain and spine. Cerebral white matter lesions equal or over 3 mm in diameter were considered abnormal. The spinal cord size was evaluated using an index we have called spinal cord index. The radiological findings were correlated to the clinical features of the myelopathy. Cerebral white matter lesions occurred in 52% of the patients, and spinal cord atrophy in 74%. There was no significant correlation between these abnormalities and the clinical features studied. These findings suggest that the resonance imaging is a useful method for detection of cerebral and spinal cord abnormalities in HAM patients. The absence of correlation between cerebral white matter lesions and either patient age or risk factors for cardiovascular disease suggests a possible association between the leukoencephalopathy and the infection.
Lesões na substância branca cerebral e atrofia medular têm sido descritas em pacientes com mielopatia associada ao HTLV-I (MAH). A freqüência e a importância clínica destes achados ainda não são totalmente conhecidas. Vinte e nove pacientes foram estudados por ressonância magnética (RM) do crânio e da coluna. Imagens com hipersinal em T2 na substância branca, de diâmetro igual ou superior a 3 mm foram consideradas anormais. O tamanho da medula foi avaliado usando índice por nós denominado índice medular. Os achados neurorradiológicos foram correlacionados às características clínicas da mielopatia. Lesões na substância branca cerebral ocorreram em 52% dos pacientes e atrofia medular ocorreu em 74%. Não houve correlação entre os achados neurorradiológicos e as características clínicas estudadas. Os resultados sugerem que a RM é um método útil na detecção de anormalidades cerebrais e medulares em pacientes com MAH. As lesões de substância branca não apresentaram correlação com idade ou com fatores de risco cardiovascular e podem estar associadas à infecção pelo vírus HTLV-I.
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Arquivos de Neuro-Psiquiatria. Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO, v. 55, n. 4, p. 728-736, 1997.
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