Análise Retrospectiva Dos Resultados De Timpanoplastias Tipo 1 Em Hospital Escola
Data
2017-08-31
Tipo
Artigo
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Resumo
Background: Type 1 tympanoplasty and miringoplasty are aimed at the reconstruction of the tympanic membrane, restoration of sound protection to round window and restoration of the mechanisms that drive sound, improving hearing and otorrhea. Objective: To establish the rate of graft take and gain in audiometric parameters of type 1 tympanoplasty performed by resident physicians in Federal University of São Paulo. Methods: Retrospective universal sampling of patients who underwent type 1 tympanoplasty between 2011 and 2015. Patients were set into two groups based on outcome – graft take or residual perforation – and the variables type of perforation, surgical technique, instrumental access, post-operative otorrhea and audiometric parameters were analyzed with equality test of two proportions and ANOVA. Results: There were 201 tympanoplastys included. Graft take was obtained in 120 patients (59,7%), while 81 patients (40,3%) got residual perforation. In graft take outcome group, central perforation, transcanal in-lay cartilage technique and endoscopic access were more prevalent, while in residual perforation outcome group, great perforations, retroauricular temporal fascia technique e microscopic access were more common, however, after logistic regression, post-operative otorrhea was the only predictive factor for residual perforation. In audiometry, gap improved in media 10,5dB in graft take group and 4dB in residual perforation (p<0,001). Speech Recognition Threshold (SRT) had a gain of - 10,2dB in graft take group and -5,1 in residual perforation (p=0,014). Conclusion: Graft take prevalence after tympanoplasty was 59,7% in this study. SRT decreased 7,85dB in media and 71,2% patients presented SRT improve. Hearing improvement presented both in residual perforation and in graft take, thought it was more significant in graft take group.
Introdução: A timpanoplastia tipo I e a miringoplastia têm como objetivos a reconstrução da membrana timpânica, o restabelecimento da proteção sonora à janela redonda e a restauração dos mecanismos que conduzem o som, melhorando a audição e controlando a otorreia. Objetivo: Estabelecer a frequência de adesão do enxerto e o ganho nos parâmetros audiométricos das timpanoplastias tipo 1 realizadas pelos médicos residentes da Universidade Federal de São Paulo. Métodos: Amostragem universal retrospectiva dos pacientes submetidos a timpanoplastia tipo 1 entre 2011 e 2015. Os pacientes foram divididos em dois grupos baseados no desfecho – neotímpano íntegro e perfuração residual – e as variáveis tipo de perfuração, técnica cirúrgica, instrumental de acesso, otorreia pósoperatória e parâmetros audiométricos foram analisadas com o teste de igualdade de duas proporções e ANOVA. Resultados: Foram incluídas 201 timpanoplastias. Neotímpano íntegro foi obtido em 120 pacientes (59,7%), enquanto 81 pacientes (40,3%) persistiram com perfurações residuais. No grupo com desfecho neotímpano íntegro, houve maior prevalência de perfurações centrais, da técnica transcanal com cartilagem de tragus in-lay e do acesso endoscópico, enquanto no grupo com desfecho perfuração residual prevaleceram as perfurações amplas, técnica retroauricular com fáscia temporal underlay e microscópio, porém a única variável capaz de predizer os grupos na regressão logística foi a presença de otorreia pós-operatória, mais frequente na perfuração residual. Na audiometria, o gap caiu em média 10,5dB no grupo neotímpano íntegro e 4dB na perfuração residual. Speech Recognition Threshold (SRT) caiu 10,2 no grupo com neotímpano íntegro e 5,1 na perfuração residual. Conclusão: A prevalência de neotímpano íntegro nos pacientes submetidos a timpanoplastia nesse estudo foi 59,7%. O ganho médio no SRT foi de 7,85dB e 71,2% dos pacientes apresentaram melhora no SRT. Houve melhora auditiva tanto para o grupo com perfuração residual, quanto para o grupo com neotímpano íntegro, embora neste a melhora tenha sido mais significativa.
Introdução: A timpanoplastia tipo I e a miringoplastia têm como objetivos a reconstrução da membrana timpânica, o restabelecimento da proteção sonora à janela redonda e a restauração dos mecanismos que conduzem o som, melhorando a audição e controlando a otorreia. Objetivo: Estabelecer a frequência de adesão do enxerto e o ganho nos parâmetros audiométricos das timpanoplastias tipo 1 realizadas pelos médicos residentes da Universidade Federal de São Paulo. Métodos: Amostragem universal retrospectiva dos pacientes submetidos a timpanoplastia tipo 1 entre 2011 e 2015. Os pacientes foram divididos em dois grupos baseados no desfecho – neotímpano íntegro e perfuração residual – e as variáveis tipo de perfuração, técnica cirúrgica, instrumental de acesso, otorreia pósoperatória e parâmetros audiométricos foram analisadas com o teste de igualdade de duas proporções e ANOVA. Resultados: Foram incluídas 201 timpanoplastias. Neotímpano íntegro foi obtido em 120 pacientes (59,7%), enquanto 81 pacientes (40,3%) persistiram com perfurações residuais. No grupo com desfecho neotímpano íntegro, houve maior prevalência de perfurações centrais, da técnica transcanal com cartilagem de tragus in-lay e do acesso endoscópico, enquanto no grupo com desfecho perfuração residual prevaleceram as perfurações amplas, técnica retroauricular com fáscia temporal underlay e microscópio, porém a única variável capaz de predizer os grupos na regressão logística foi a presença de otorreia pós-operatória, mais frequente na perfuração residual. Na audiometria, o gap caiu em média 10,5dB no grupo neotímpano íntegro e 4dB na perfuração residual. Speech Recognition Threshold (SRT) caiu 10,2 no grupo com neotímpano íntegro e 5,1 na perfuração residual. Conclusão: A prevalência de neotímpano íntegro nos pacientes submetidos a timpanoplastia nesse estudo foi 59,7%. O ganho médio no SRT foi de 7,85dB e 71,2% dos pacientes apresentaram melhora no SRT. Houve melhora auditiva tanto para o grupo com perfuração residual, quanto para o grupo com neotímpano íntegro, embora neste a melhora tenha sido mais significativa.