Por uma poesia dos restos: o feio e o insignificante em Manoel de Barros

dc.citation.issue1
dc.citation.volume9
dc.contributor.authorCosta, Leila de Aguiar [UNIFESP]
dc.coverageSao Paulo
dc.date.accessioned2020-07-17T14:03:21Z
dc.date.available2020-07-17T14:03:21Z
dc.date.issued2017
dc.description.abstractThe words want to be myself. I bring roughness to their mouth. I scratch them off of their varnish and metaphysical flights (BARROS, 1996, p. 333-334 - editor's translation): here is how, according to Manoel de Barros, he carries out his poetical act. To make his poetry unvarnished, therefore, he must extricate it from everything that got it lost and perverted. This is, then, a chance for the Poet to disinvent and unwrite all the arbitrarily constituted meanings and all the signs instituted in authoritarian ways. Manoel de Barros builds his poetics that eschews elevation and defends the irrelevance and the unimportance of poetry upon the ruins of logos. Hence, there are poems of his which carry a repository of hackneyed forms, of fragments of daily language and images of the world that somehow intermingle with a certain aesthetic of ugliness: by means of displacement, deviation and transgression of all linguistic and rhetorical organization - a mise en abyme exercise revealed by titles such as "Compendio" ("Companion"), "Tratado" ("Treatise"), "Gramatica" ("Grammar"), "Livro" ("Book"), he inagurates unwordiness as a scene peopled by figures such as "cuspe" ("spit"), "bosta" ("shit"), "detritos semoventes" ("walking detrituses"), "urinois" ("urinals"), and many others. Therefore, In this article, we aim to study the ways of the poetic word that is made opaque and which grants that "whatever is good for the dustbin is good for poetry" (BARROS, 2010, p. 147).en
dc.description.abstract“As palavras querem me ser. Dou-lhes à boca o áspero. Tiro-lhes o verniz e os voos metafísicos” (BARROS, 1996, p. 333-334): eis como, segundo seus próprios termos, Manoel de Barros exercita-se no ato poético. Desenvernizar a poesia é, pois, desembaraçá-la de tudo aquilo que a perdeu e a perverteu. É, então, oportunidade para o Poeta de desinventar e desescrever todos os sentidos arbitrariamente constituídos, todos os signos autoritariamente instituídos. Sobre a ruína do logos, Manoel de Barros edificará uma poética que recusa toda elevação e defende a insignificância e a desimportância da poesia. Descobrir-se-ão assim poemas que resgatam um repositório de formas desgastadas, de fragmentos da linguagem cotidiana e de imagens do mundo que, de um modo ou de outro, confundem-se com certa estética do feio: a golpes de deslocamentos, de desvios e de transgressões de toda organização linguística e retórica - em um exercício de mise en abyme para o qual apontam títulos que levam os termos “Compêndio”, “Tratado”, “Gramática”, “Livro”, inaugura-se uma inaudita cena da despalavra, por onde deambulam figuras como “cuspe”, “bosta”, “detritos semoventes”, “urinóis”, e outras tantas marginais. Neste artigo, procurar-se-á, pois, acompanhar os movimentos de uma palavra poética tornada opaca que entende, é Manoel de Barros quem o diz, que “o que é bom para o lixo é bom para poesia” (BARROS, 2010, p. 147).pt
dc.description.affiliationUniv Fed Sao Paulo UNIFESP, Dept Letras, Programa Posgrad Letras, BR-07112000 Guarulhos, SP, Brazil
dc.description.affiliationUnifespUniv Fed Sao Paulo UNIFESP, Dept Letras, Programa Posgrad Letras, BR-07112000 Guarulhos, SP, Brazil
dc.description.sourceWeb of Science
dc.format.extent122-132
dc.identifierhttp://www.olhodagua.ibilce.unesp.br/index.php/Olhodagua/article/view/377
dc.identifier.citationOlho D Agua. Sao Paulo, v. 9, n. 1, p. 122-132, 2017.
dc.identifier.fileWOS000425047100011.pdf
dc.identifier.issn2177-3807
dc.identifier.urihttps://repositorio.unifesp.br/handle/11600/55332
dc.identifier.wosWOS:000425047100011
dc.language.isopor
dc.publisherUniv Estadual Paulista, Fundacao Editora Unesp
dc.relation.ispartofOlho D Agua
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
dc.subjectDisinventionen
dc.subjectUnworden
dc.subjectUglyen
dc.subjectInsignificanceen
dc.subjectManoel de Barrosen
dc.subjectPoetryen
dc.subjectDesinvençãopt
dc.subjectDespalavrapt
dc.subjectFeiopt
dc.subjectInsignificânciapt
dc.subjectManoel de Barrospt
dc.subjectPoesiapt
dc.titlePor uma poesia dos restos: o feio e o insignificante em Manoel de Barrospt
dc.title.alternativeFor a poetry of the remainders: the ugly and the insignificant in Manoel de Barrosen
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/article
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