Dados normativos para o teste de fluência verbal categoria animais em nosso meio
Data
1997-01-01
Tipo
Artigo
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
OBJECTIVE: Evaluate the performance on verbal fluency (VF) in our population in a Brazilian sample checking the influence of age and literacy. METHODS: 336 people without neurological or psychiatric complaints evaluated through Mini-Mental State Examination and VF (animals). For comparison, and to determine cut-off points, 65 people with cognitive loss followed at our clinic were also evaluated. RESULTS: We found a mean of 13.8 animals in 1 minute, with the following distribution: illiterates, 11.9; up 4 years of education, 12.8; 4 to 7 years, 13.4; 8 years or more, 15.8 (p= 0.0001). In relation to age the means were: up to 64 years, 13.7; 65 years or more, 13.9. There was no difference between the two groups. The cut-off points were 9 for people under 8 years of education with a sensitivity of 75% for illiterates, 100% for low educational level (up 4 years),and 87% for middle level (4 to 7 years). The specificity was respectively 79%, 84%, and 88%. For the high educational level the mean was 13 with a sensitivity of 86% and specificity of 67%. CONCLUSIONS: In the VF (animals) there is a significant influence of schooling and different cut-off points should be used.
OBJETIVOS: Avaliar o desempenho na fluência verbal em nossa população e verificar a influência da idade e escolaridade. MÉTODOS: Foram entrevistados 336 indivíduos sem queixas neurológicas ou psiquiátricas, através do Mini-Exame do Estado Mental (MEM) e geração de animais em um minuto. Para efeito comparativo e para verificação dos níveis de corte, foram examinados 65 indivíduos com quadro de perda cognitiva, acompanhados no ambulatório de Neurologia do Comportamento da EPM. RESULTADOS: Na população normal tivemos média de 13,84 animais por minuto. Para os grupos de escolaridade: 11,92, para analfabetos; 12,82, para indivíduos com até 4 anos incompletos; 13,45, para os de 4 a 8 anos incompletos; 15,88 para os com 8 ou mais anos de escolaridade. Houve diferença significante entre eles (p= 0,0001). Para os grupos etários, tivemos médias de: 13,79, para aqueles com idade inferior a 65 anos; 13.92 para os com idade igual ou superior a 65 anos (sem diferença estatística). Determinamos para esses grupos dois níveis de corte: 9 para indivíduos com até 8 anos de escolaridade com sensibilidade de 75 % para analfabetos, 100 % para baixa escolaridade, 87 % para média escolaridade; e especificidade de 79 % para analfabetos, 84 % para baixa escolaridade, 88 % para média escolaridade. Para o grupo de alta escolaridade o escore de corte foi de 13, com sensibilidade de 86 % e especificidade de 67 %. CONCLUSÃO: Devemos utilizar níveis diferenciados de corte no teste de fluência verbal, em nosso meio, considerando os efeitos da escolaridade sobre o desempenho neste teste.
OBJETIVOS: Avaliar o desempenho na fluência verbal em nossa população e verificar a influência da idade e escolaridade. MÉTODOS: Foram entrevistados 336 indivíduos sem queixas neurológicas ou psiquiátricas, através do Mini-Exame do Estado Mental (MEM) e geração de animais em um minuto. Para efeito comparativo e para verificação dos níveis de corte, foram examinados 65 indivíduos com quadro de perda cognitiva, acompanhados no ambulatório de Neurologia do Comportamento da EPM. RESULTADOS: Na população normal tivemos média de 13,84 animais por minuto. Para os grupos de escolaridade: 11,92, para analfabetos; 12,82, para indivíduos com até 4 anos incompletos; 13,45, para os de 4 a 8 anos incompletos; 15,88 para os com 8 ou mais anos de escolaridade. Houve diferença significante entre eles (p= 0,0001). Para os grupos etários, tivemos médias de: 13,79, para aqueles com idade inferior a 65 anos; 13.92 para os com idade igual ou superior a 65 anos (sem diferença estatística). Determinamos para esses grupos dois níveis de corte: 9 para indivíduos com até 8 anos de escolaridade com sensibilidade de 75 % para analfabetos, 100 % para baixa escolaridade, 87 % para média escolaridade; e especificidade de 79 % para analfabetos, 84 % para baixa escolaridade, 88 % para média escolaridade. Para o grupo de alta escolaridade o escore de corte foi de 13, com sensibilidade de 86 % e especificidade de 67 %. CONCLUSÃO: Devemos utilizar níveis diferenciados de corte no teste de fluência verbal, em nosso meio, considerando os efeitos da escolaridade sobre o desempenho neste teste.
Descrição
Citação
Arquivos de Neuro-Psiquiatria. Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO, v. 55, n. 1, p. 56-61, 1997.