Doença celíaca: avaliação da obediência à dieta isenta de glúten e do conhecimento da doença pelos pacientes cadastrados na Associação dos Celíacos do Brasil (ACELBRA)
Data
2001-10-01
Tipo
Artigo
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Resumo
Background The compliance to a gluten-free diet may prevent the development of both non-malignant and malignant complications. Aim - To evaluate compliance to a gluten-free diet and knowledge of the disease in celiac patients registered at the Brazilian Celiac Association (BCA). Methods - A structured questionnaire was designed to assess compliance to a gluten-free diet as well as knowledge of the celiac disease. It was mailed to 584 members of BCA. Results - Five hundred and twenty nine (90.6%) of a total of 534 (91.4%) answered questionnaires were analyzed; 69.4% were classified as compliant patients whereas 29.5% were classified as noncompliant. The proportion of patients age 21 or older who consume gluten frequently or without any restriction is larger (17.7%) than those who were younger than 21 years (9.9%). Frequency of dietary compliance was higher when the diagnosis had taken less than 5 years to be established; 82% of the patients replied that the small intestine was the part of the body affected by the disease. The most common symptoms of the disease according to the answers were diarrhea (96.6%), weight loss (93.4%), protuberant abdomen (90.4%), anemia (68.1%) and vomiting (59.6%). Only 59.0% agreed with the existence of genetic predisposition; 90.4% answered that the disease is permanent and 96.2% stated that the diet should exclude gluten absolutely; 67.1% answered that the gluten is a protein and according to 92.1% questionnaires this protein is present in wheat, rye, barley and oat. Greater compliance was observed when there was an understanding of the disease and diet. The small intestine biopsy was considered necessary for just 67.5% of the patients, and greater compliance was observed in patients who had undergone at least one small intestine biopsy. Conclusion - Our findings indicate that the more the patients know and understand about the disease, the better able they are to comply with the diet.
Racional A obediência à dieta isenta de glúten previne a ocorrência de complicações malignas e não-malignas. Objetivo - Avaliar a obediência à dieta isenta de glúten e o conhecimento teórico acerca da doença celíaca e seu tratamento pelos pacientes cadastrados na Associação dos Celíacos do Brasil (ACELBRA). Métodos - Foi enviado por correio um questionário a respeito da obediência à dieta isenta de glúten e do conhecimento teórico da doença celíaca e seu tratamento a 584 membros cadastrados na ACELBRA. Resultados - Dos 534 (91,4%) questionários recebidos, foram analisados 529 (90,6%). Quanto à obediência à dieta, 69,4% dos pacientes responderam que nunca ingerem glúten e 29,5% que não obedecem à dieta. A proporção de pacientes que ingerem glúten freqüentemente ou sem restrição alguma é maior entre aqueles com idade igual ou maior a 21 anos (17,7%) do que os com idade menor (9,9%). A freqüência de obediência à dieta foi maior quando o intervalo de tempo em que foi estabelecido o diagnóstico da doença foi inferior a 5 anos. O intestino delgado foi assinalado como o principal órgão afetado na doença celíaca por 82% dos pacientes. Os principais sintomas assinalados foram diarréia (96,6%), emagrecimento (93,4%), barriga inchada (90,4%), anemia (68,1%) e vômitos (59,6%). Apenas 59,0% concordaram com a existência de predisposição genética. Segundo 90,4% das respostas, a doença é permanente e 96,2% assinalaram que a dieta deve ser totalmente isenta de glúten; 67,1% responderam que o glúten é uma proteína que está presente, segundo 92,1% dos inquéritos, no trigo, centeio, cevada e aveia. Observou-se maior proporção de obediência à dieta quando há conhecimento da doença e dieta. A biopsia de intestino delgado foi considerada necessária por apenas 67,5% dos pacientes, observando-se maior freqüência de obediência à dieta nos pacientes que realizaram pelo menos uma biopsia de intestino delgado. Conclusões - Quanto maior o grau de conhecimento da doença e seu tratamento, maior a obediência à dieta isenta de glúten.
Racional A obediência à dieta isenta de glúten previne a ocorrência de complicações malignas e não-malignas. Objetivo - Avaliar a obediência à dieta isenta de glúten e o conhecimento teórico acerca da doença celíaca e seu tratamento pelos pacientes cadastrados na Associação dos Celíacos do Brasil (ACELBRA). Métodos - Foi enviado por correio um questionário a respeito da obediência à dieta isenta de glúten e do conhecimento teórico da doença celíaca e seu tratamento a 584 membros cadastrados na ACELBRA. Resultados - Dos 534 (91,4%) questionários recebidos, foram analisados 529 (90,6%). Quanto à obediência à dieta, 69,4% dos pacientes responderam que nunca ingerem glúten e 29,5% que não obedecem à dieta. A proporção de pacientes que ingerem glúten freqüentemente ou sem restrição alguma é maior entre aqueles com idade igual ou maior a 21 anos (17,7%) do que os com idade menor (9,9%). A freqüência de obediência à dieta foi maior quando o intervalo de tempo em que foi estabelecido o diagnóstico da doença foi inferior a 5 anos. O intestino delgado foi assinalado como o principal órgão afetado na doença celíaca por 82% dos pacientes. Os principais sintomas assinalados foram diarréia (96,6%), emagrecimento (93,4%), barriga inchada (90,4%), anemia (68,1%) e vômitos (59,6%). Apenas 59,0% concordaram com a existência de predisposição genética. Segundo 90,4% das respostas, a doença é permanente e 96,2% assinalaram que a dieta deve ser totalmente isenta de glúten; 67,1% responderam que o glúten é uma proteína que está presente, segundo 92,1% dos inquéritos, no trigo, centeio, cevada e aveia. Observou-se maior proporção de obediência à dieta quando há conhecimento da doença e dieta. A biopsia de intestino delgado foi considerada necessária por apenas 67,5% dos pacientes, observando-se maior freqüência de obediência à dieta nos pacientes que realizaram pelo menos uma biopsia de intestino delgado. Conclusões - Quanto maior o grau de conhecimento da doença e seu tratamento, maior a obediência à dieta isenta de glúten.
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Citação
Arquivos de Gastroenterologia. Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia - IBEPEGE Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva - CBCD Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva - SBMD Federação Brasileira de Gastroenterologia - FBGSociedade Brasileira de Hepatologia - SBHSociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva - SOBED, v. 38, n. 4, p. 232-239, 2001.