Homoenxerto aórtico criopreservado no tratamento cirúrgico das lesões da valva aórtica: resultados imediatos
Data
2004-10-01
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE: To assess immediate clinical and echocardiographic results of the use of cryopreserved aortic homografts for aortic valve replacement. METHODS: Eighteen patients with aortic valve disease underwent aortic valve replacement, receiving a cryopreserved aortic homograft, 15 were male, 10 had aortic regurgitation, and 8 had aortic stenosis. Age ranged from 18 to 65 years (mean, 44.5 ± 18.14 years). Four patients had infective endocarditis, 12 patients were in functional class II, and 6 patients were in functional class III (NYHA). Left ventricular function was normal in 15 patients. RESULTS: Hospital mortality was 5.5% (1 patient) due to respiratory distress; the other patients were discharged from the hospital between the fifth and eighth postoperative days in functional class I. Maximal aortic transvalvular gradient, on echocardiography, ranged from 0 to 30 mmHg, with a mean of 10.9 ± 9.2 mmHg. Five patients did not have any degree of regurgitation through the aortic homograft, 11 patients (61.1%) had minimal regurgitation, and 2 had mild regurgitation. Duration of extracorporeal circulation ranged from 130 to 220 minutes (mean, 183.9 ± 36.7 minutes). Duration of aortic clamping ranged from 102 to 168 minutes (mean, 139.14 ± 25.10 minutes). Bleeding in the postoperative period ranged from 210 to 1220 mL, with a mean of 511.4 ± 335.1 mL. Reoperations were not necessary. Duration of orotracheal intubation ranged from 2 hours 50 minutes to 17 hours with a mean of 9.14 ± 3.6 hours. CONCLUSION: Cryopreserved aortic homografts may be routinely used with low hospital morbidity and mortality.
OBJETIVO: Analisar os resultados imediatos, clínicos e ecocardiográficos, com o uso do homoenxerto aórtico criopreservado no tratamento cirúrgico da valva aórtica. MATERIAL: Dezoito pacientes com lesão na valva aórtica receberam homoenxerto aórtico criopreservado, sendo 15 homens, 10 com insuficiência aórtica e oito, estenose aórtica. A idade variou de 18 a 65 (média de 44,5 ± 18,14) anos. Quatro pacientes apresentavam endocardite bacteriana em atividade, 12 estavam em classe funcional II, seis em classe funcional III (NYHA). A função ventricular esquerda era normal em 15 pacientes. RESULTADOS: A mortalidade hospitalar foi de 5,5% (um paciente), por insuficiência respiratória, os demais receberam alta hospitalar entre o 5° e 8° dia de pós-operatório em classe funcional I. O gradiente transvalvar aórtico máximo, ao ecocardiograma, variou de zero a 30 mmhg, com média de 10,9 ± 9,2 mmhg. Cinco pacientes não apresentavam nenhum grau de refluxo pelo homoenxerto, 11 (61,1%) tinham refluxo mínimo e dois apresentavam refluxo leve. O tempo de circulação extracorpórea variou de 130 a 220 (média de 183,9 ± 36,7) minutos. O tempo de pinçamento da aorta variou de 102 a 168 (média de 139,14 ± 25,10) minutos. O sangramento no pós-operatório variou 210 a 1220 ml, com média de 511,4 ± 335,1 ml e não houve reoperações. O tempo de intubação orotraqueal variou de 2h e 50min a 17 h com média de 9,14 ± 3,6 h. CONCLUSÃO: O homoenxerto aórtico criopreservado pode ser utilizado rotineiramente com baixa morbi-mortalidade hospitalar.
OBJETIVO: Analisar os resultados imediatos, clínicos e ecocardiográficos, com o uso do homoenxerto aórtico criopreservado no tratamento cirúrgico da valva aórtica. MATERIAL: Dezoito pacientes com lesão na valva aórtica receberam homoenxerto aórtico criopreservado, sendo 15 homens, 10 com insuficiência aórtica e oito, estenose aórtica. A idade variou de 18 a 65 (média de 44,5 ± 18,14) anos. Quatro pacientes apresentavam endocardite bacteriana em atividade, 12 estavam em classe funcional II, seis em classe funcional III (NYHA). A função ventricular esquerda era normal em 15 pacientes. RESULTADOS: A mortalidade hospitalar foi de 5,5% (um paciente), por insuficiência respiratória, os demais receberam alta hospitalar entre o 5° e 8° dia de pós-operatório em classe funcional I. O gradiente transvalvar aórtico máximo, ao ecocardiograma, variou de zero a 30 mmhg, com média de 10,9 ± 9,2 mmhg. Cinco pacientes não apresentavam nenhum grau de refluxo pelo homoenxerto, 11 (61,1%) tinham refluxo mínimo e dois apresentavam refluxo leve. O tempo de circulação extracorpórea variou de 130 a 220 (média de 183,9 ± 36,7) minutos. O tempo de pinçamento da aorta variou de 102 a 168 (média de 139,14 ± 25,10) minutos. O sangramento no pós-operatório variou 210 a 1220 ml, com média de 511,4 ± 335,1 ml e não houve reoperações. O tempo de intubação orotraqueal variou de 2h e 50min a 17 h com média de 9,14 ± 3,6 h. CONCLUSÃO: O homoenxerto aórtico criopreservado pode ser utilizado rotineiramente com baixa morbi-mortalidade hospitalar.
Descrição
Citação
Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC, v. 83, n. 4, p. 280-283, 2004.