Influencia da condicao imunologica e viral sobre o inicio da terapia antirretroviral aos pacientes HIV/Aids assistidos pelo Sistema Publico de Saúde Brasileiro
Data
2012
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Em 1983 foi criado o Programa Nacional de Controle das Doencas Sexualmente Transmissiveis e da Aids, junto a sua Secretaria Nacional de Programas Especiais de Saúde/Ministerio da Saúde. A partir de 1991 inicia-se o processo para a aquisicao e distribuicao gratuita de medicamentos antirretrovirais disponiveis na epoca, sem carater universal ou de obrigatoriedade pelo Sistema Unico de Saúde. So em 1996, o Congresso Nacional aprova a oLei 9.313 que garante o acesso ao tratamento antirretroviral a todas as pessoas que vivem com o HIV e que tenham indicacao de recebe-lo, conforme as recomendacoes terapeuticas existenteso. Com a aprovacao desta Lei, o Ministerio da Saúde, criou uma estrategia de monitoramento dos pacientes vivendo com HIV/aids, com implantacao de servicos especializados para atendimento aos pacientes HIV positivos, servicos para a liberacao dos antirretrovirais e concomitante servicos laboratoriais de alta complexidade para a avaliacao laboratorial destes pacientes. Em 1997 o Ministerio da Saúde, implantou entao, a nivel nacional, duas redes laboratoriais, uma para contagem de linfocitos T CD4+/CD8+ e outra para quantificar o virus HIV-1 (carga viral), para que pudessem monitorar os pacientes em terapia antirretroviral entrando no SUS. Em 1998, um ano apos a implantacao das redes, o Ministerio da Saúde criou um sistema informatizado para gerenciar essas redes a nivel central que foi chamado de SISCEL-DOS - Sistema de Controle de Exames Laboratoriais. O sistema inicialmente foi idealizado para gerenciamento e pagamento de procedimentos pelo Sistema de Informacao Ambulatorial do Sistema Unico de Saúde u SIA/SUS. Uma segunda versao foi desenvolvida na plataforma Windows em 2000 que foi aprimorado de forma a emitir diretamente aos medicos, solicitacoes de exames, tornando mais agil o atendimento ao paciente e permitindo um gerenciamento a nivel estadual e federal dos exames realizados e e utilizada ate a data atual. A partir de 2004, e de acordo com a publicacao da Portaria Nº 1.015/GM, todos os laboratorios que fazem parte da Rede Nacional de Laboratorios para contagem de linfocitos T CD4+/CD8+ e Carga viral do HIV-1, utilizaram o SISCEL como, comprovacao e pagamentos dos exames laboratoriais. Este e um beneficio a mais para os gestores a nivel estadual, municipal que podem utilizar esta ferramenta para pagamento de procedimento de CD4+ e carga viral do HIV-1, junto ao DATASUS, saindo a informacao diretamente do laboratorio para as secretarias estaduais e para o Ministerio da Saúde. Neste momento a rede laboratorial comeca a utilizar o sistema em 100% de sua capacidade, tornando assim, o sistema mais robusto, capaz de extrair dados epidemiologicos, indicadores de mortalidade quando relacionado com outros bancos de dados, armazenar e cruzar resultados e dados clinicos de todos os pacientes HIV positivos que estejam cadastrados no sistema, como tambem gerenciar a rede nos tres niveis de governo. Neste contexto, o Ministerio da Saúde, possui tres categorias de redes de monitoramento do HIV/AIDS, a saber: os testes imunologicos (contagem dos linfocitos T-CD4+/CD8+); os testes virologicos (quantificacao da carga viral do HIV-1) e os testes genotipicos (genotipagem do HIV-1). Estes constituem-se nos marcadores estrategicos para o processo de tomada de decisao quanto ao momento mais apropriado para o inicio do tratamento antirretroviral em pacientes assintomaticos, assim como na definicao das modificacoes quanto ao tipo de regime terapeutico empregado, nos casos de falha terapeutica ou de resistencia viral de pacientes de aids. Uma analise efetiva de individuos HIV+ e de pacientes de aids baseia-se necessariamente na avaliacao concomitante dos dois marcadores (linfocitos-T CD4+/CD8+ e carga vira do HIV-1). O presente trabalho analisou o banco do SISCEL, definindo algumas variaveis, como: CD4 + inicial (UF, genero, faixa etaria, gestante ou nao, nº absoluto e %); CV inicial (UF, genero, faixa etaria, gestante ou nao, indetectavel e acima do limite de deteccao), ausencia do uso de antirretroviral. Levando em consideracao o periodo proposto de 9 (nove) anos do banco. Ao termino das analises, podemos responder diversas perguntas contidas neste projeto, mas a conclusao final e que os individuos que iniciam acompanhamento no SUS no Brasil ja iniciam com doenca avancada, em media com CD4+ de 280 cel/mm3 e carga viral do HIV-1 com de 4,0 a 5,0 log copias/Ml, demonstrando que ao realizar o primeiro CD4+ o individuo ja deve iniciar a TARV. Portanto, este trabalho visa promover uma modesta colaboracao ao Ministerio da Saúde, no sentido de descrever as estrategias nacionais adotadas pelo governo Brasileiro na constituicao das Redes de Laboratorios, assim como dar subsidios aos especialistas do consenso de terapia antirretroviral, quando iniciar terapia antirretroviral para os pacientes que entram no sistema publico de Saúde brasileiro
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São Paulo: [s.n.], 2012. 110 p.