Preservação uterina versus histerectomia no tratamento cirúrgico do prolapso genital: revisão sistemática e metanálise

Data
2016-05-20
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Introduction: genital prolapse is defined as the permanent displacement of any segment or vaginal pelvic organ from its usual location, covering the prolapse of the uterus or the vaginal walls. A hysterectomy has been the standard treatment for symptomatic uterine prolapse correction. With lifestyle change and with increasing concern with fertility and female sexual function, many patients ask the possibility of uterine preservation. Objective: conducting a meta-analysis with articles that prospectively have compared the uterine preservation and hysterectomy to correct uterine prolapse. Results: uterine preservation showed higher rate of recurrence and reoperation (CI:1.41-4.64, p = 0.002; CI:1:23 to 5:27, p=0.01). The mesh extrusion rate, operative time and blood loss were lower in uterine preservation techniques (CI:0.14-0.78, p=0.01; CI:-40.14,-12.73, p=0.0002; CI:-121.29,-12.22, p=0.02). There was a lower incidence of dyspareunia and higher febrile morbidity rate with uterine preservation, however, the difference was not statistically significant (CI:0.30-2:57, p=0.81, CI:0.32-4:46, p=0.80). The time of urinary catheterization, hospital stay, urinary retention rate and visceral injury rate had no difference between the groups (CI:-0.48-0:30, p = 0.65; CI:-0.17-0.04, p=0.23; IC:0.06-6.69, p=0.70, CI:0.03-2.83, p=0.29). Conclusion: histeropreservação in uterine prolapses determines higher rate of recurrence and reoperation, although require less surgical time with less blood loss and there is less screen extrusion rate when used.
Introdução: o prolapso genital é definido como o deslocamento permanente de qualquer segmento vaginal ou de órgão pélvico da sua localização habitual, abrangendo a procidência de paredes vaginais ou do útero. A histerectomia tem sido o tratamento padrão para a correção de prolapsos uterinos sintomáticos. Com a mudança do estilo de vida e com o aumento da preocupação com a fertilidade e função sexual feminina, muitas pacientes questionam a possibilidade de preservação uterina. Objetivo: realizar uma metanálise com artigos que compararam prospectivamente a preservação uterina e a histerectomia na correção do prolapso uterino. Resultados: A histeropreservação evidenciou maior taxa de recorrência e de reoperação (IC:1.41-4.64, p=0.002; IC:1.23-5.27, p=0.01). A taxa de extrusão de tela, tempo operatório e perda sanguínea foram menores nas técnicas de histeropreservação (IC:0.14-0.78, p=0.01; IC:-40.14,- 12.73, p=0.0002; IC:-121.29, -12.22, p=0.02). Existiu uma menor incidência de dispareunia e maior taxa de morbidade febril com a histeropreservação, no entanto, a diferença não foi estatisticamente significativa (IC:0.30-2.57, p=0.81; IC:0.32-4.46, p=0.80). O tempo de sondagem vesical, tempo de internação hospitalar, taxa de retenção urinária e taxa de lesão visceral não tiveram diferença entre os grupos (IC:-0.48, 0.30, p=0.65; IC:-0.17,0.04, p=0.23; IC:0.06-6.69, p=0.70; IC:0.03-2.83, p=0.29). Conclusão: a histeropreservação nos prolapsos uterinos determina uma maior recorrência cirúrgica e taxa de reoperação, apesar de necessitar de menor tempo cirúrgico com menor perda sanguínea e de haver menor taxa de extrusão de tela quando utilizada.
Descrição
Citação
OLIVEIRA, Sofia Andrade de. Preservação uterina versus histerectomia no tratamento cirúrgico do prolapso genital: revisão sistemática e metanálise. 2016. 72 f. Dissertação (Mestrado Profissional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.