Drenagem torácica no mesmo espaço intercostal da toracotomia, estudo prospectivo randomizado
Data
2016-08-31
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
The open thoracic surgery, thoracotomy, is the most common surgical approach used for treatment of chest diseases. It is necessary look for new techniques and resources, like other ways of thoracic drainage, to reduce the pain and to minimize the surgical aggression. Objective: To compare the chest tube through the same thoracotomy intercostal space with traditional one, on patients undergoing on muscle-sparing thoracotomy. Method: We evaluated 40 patients older than 18 years undergone to elective muscle sparing thoracotomies. They were divided into two groups of 20 patients, one of them undergoing thoracic drainage by the same intercostal space of thoracotomy (ID) and the other subjected to traditional drainage (TD). The results were compared and statistically analyzed. Results: We obtained in DI group, median length of stay in the ICU of 1.5 days (1.0 - 2.0) and 2.0 days (1.25 - 3.0) in the DT group (p=0.060). The medians of length of stay (p=0.527) and drain (p=0.547) were both 4 days in the group ID, and 2 and 5.5 days, respectively, in the TD group. The anesthetic doses administered through the epidural catheter were similar, 59.8 mL ± 43.33 in the ID group and 54.0 ± 23:37 in the TD group (p=0.60). Dipirona and tramadol doses also did not differ between groups (p=0.201 and p=0.341). The mean pain values scale on first postoperative (POD) were 4.24 in the ID group and 3.95 in the TD (p=0.733); on POD-3 was 3.18 for the DI group and 3.11 in the DT (p=0.937). At POD-15 the pain score on drainage through the incision was 1.53 and on traditional drainage 2.11 (p=0.440), on POD-30 was 0.71 and 0.84 respectively (p=0.787). Regarding the complications both groups were similar, with 30% in ID and 25% in TD (p=0.723). The most common complications were atrial fibrillation, with two patients in DI, and prolonged air loss with two patients in DT. Conclusion: In conclusion, there was no statistic difference between groups in postoperative data. The drainage through the same thoracotomy intercostal space was feasible and effective on the studied period (thirty days).
A toracotomia aberta é o acesso operatório mais frequente utilizado para abordagens das doenças torácicas. Nada é definitivo, se faz necessário buscar novas técnicas e meios para minimizar a dor e avaliar possibilidades de diminuir a agressão cirúrgica, entre elas novas formas de drenagem. Objetivo: Comparar a drenagem torácica pela mesma intercostotomia à drenagem tradicional em pacientes submetidos à toracotomia poupadora lateral. Método: Foram avaliados 40 pacientes maiores de 18 anos submetidos a toracotomias poupadoras laterais eletivas. Eles foram separados em dois grupos de 20 pacientes, um submetido a drenagem torácica pelo mesmo espaço intercostal da toracotomia (DI) e o outro submetido a drenagem tradicional (DT). Os resultados foram comparados e analisados estatisticamente. Resultados: Obtivemos, no grupo DI, mediana de tempo de internação em UTI de 1.5 dias (1,0 - 2,0) e de 2,0 dias (1,25 - 3,0) no grupo DT (p=0,060). As medianas do tempo de internação (p=0,527) e de drenagem (p=0,547) foram ambas de 4 dias no grupo DI e de 2 e 5,5 dias, respectivamente, no grupo DT. As doses de solução anestésica administrada pelo cateter peridural foram semelhantes, 59,8 mL ± 43,33 no grupo DI e de 54,0 ± 23,37 no grupo DT (p=0,60). As doses utilizadas de dipirona e de tramadol também não apresentaram diferenças estatísticas entre os grupos (p=0,201 e p=0,341). As médias da escala analógica de dor foram: 4,24 no 1º PO do grupo DI e 3,95 no DT (p=0,733); no 3º PO foi de 3,18 para o grupo DI e de 3,11 no DT (p=0,937). No 15º PO o escore da escala de dor na DI foi de 1,53 e a tradicional de 2,11 (p=0,440), no 30º PO foi de 0,71 e 0,84 respectivamente (p=0,787). Em relação às complicações, os grupos também foram semelhantes com 30% em DI e 25% em DT (p=0,723). Sendo as mais comuns a fibrilação atrial, com dois pacientes em DI, e a perda aérea prolongada com dois pacientes em DT. Conclusão: Concluímos que não houve diferença estatística no pós-operatório dos dois grupos. Assim, nesse estudo podemos inferir que a drenagem pelo mesmo espaço intercostal foi exequível e segura no período pós-operatório estudado de 30 dias.
A toracotomia aberta é o acesso operatório mais frequente utilizado para abordagens das doenças torácicas. Nada é definitivo, se faz necessário buscar novas técnicas e meios para minimizar a dor e avaliar possibilidades de diminuir a agressão cirúrgica, entre elas novas formas de drenagem. Objetivo: Comparar a drenagem torácica pela mesma intercostotomia à drenagem tradicional em pacientes submetidos à toracotomia poupadora lateral. Método: Foram avaliados 40 pacientes maiores de 18 anos submetidos a toracotomias poupadoras laterais eletivas. Eles foram separados em dois grupos de 20 pacientes, um submetido a drenagem torácica pelo mesmo espaço intercostal da toracotomia (DI) e o outro submetido a drenagem tradicional (DT). Os resultados foram comparados e analisados estatisticamente. Resultados: Obtivemos, no grupo DI, mediana de tempo de internação em UTI de 1.5 dias (1,0 - 2,0) e de 2,0 dias (1,25 - 3,0) no grupo DT (p=0,060). As medianas do tempo de internação (p=0,527) e de drenagem (p=0,547) foram ambas de 4 dias no grupo DI e de 2 e 5,5 dias, respectivamente, no grupo DT. As doses de solução anestésica administrada pelo cateter peridural foram semelhantes, 59,8 mL ± 43,33 no grupo DI e de 54,0 ± 23,37 no grupo DT (p=0,60). As doses utilizadas de dipirona e de tramadol também não apresentaram diferenças estatísticas entre os grupos (p=0,201 e p=0,341). As médias da escala analógica de dor foram: 4,24 no 1º PO do grupo DI e 3,95 no DT (p=0,733); no 3º PO foi de 3,18 para o grupo DI e de 3,11 no DT (p=0,937). No 15º PO o escore da escala de dor na DI foi de 1,53 e a tradicional de 2,11 (p=0,440), no 30º PO foi de 0,71 e 0,84 respectivamente (p=0,787). Em relação às complicações, os grupos também foram semelhantes com 30% em DI e 25% em DT (p=0,723). Sendo as mais comuns a fibrilação atrial, com dois pacientes em DI, e a perda aérea prolongada com dois pacientes em DT. Conclusão: Concluímos que não houve diferença estatística no pós-operatório dos dois grupos. Assim, nesse estudo podemos inferir que a drenagem pelo mesmo espaço intercostal foi exequível e segura no período pós-operatório estudado de 30 dias.
Descrição
Citação
BACHICHI, Thiago Gangi. Drenagem torácica no mesmo espaço intercostal da toracotomia, estudo prospectivo randomizado. 2016. 78 f. Dissertação (Mestrado Profissional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.