Clinical features and outcomes of AIDS-related cytomegalovirus retinitis in the era of highly active antiretroviral therapy

Data
2010-02-01
Tipo
Artigo
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Resumo
PURPOSE: To describe the features and outcomes of patients with AIDS-related cytomegalovirus retinitis after highly active antiretroviral therapy availability. METHODS: Retrospective chart review of 30 consecutive patients (44 eyes) with AIDS and newly diagnosed, active AIDS-related cytomegalovirus retinitis, examined from January 2005 to December 2007. RESULTS: The mean age was 34.8 years, 18 patients (60.0%) were male and median duration of AIDS was 90 months. Nineteen patients (63.3%) had evidence of highly active antiretroviral therapy failure and median CD4+ lymphocyte count was 12.5 cells/µl. Visual acuity at presentation was 20/40 or better in 27 eyes (61.4%). Retinitis involved Zone 1 in 13 eyes (39.5%). Despite specific anti-AIDSrelated cytomegalovirus therapy, 16 eyes (36.4%) presented relapse of retinitis and 10 eyes (22.7%) lost at least three lines of vision. When compared to highly active antiretroviral therapy responsive patients, eyes of highly active antiretroviral therapy failure patients were more likely to develop relapse of retinitis (p=0.03) and loss of at least three lines of vision (p=0.03). CONCLUSION: The patients in this series are essentially young men with longstanding AIDS, non-responsive to highly active antiretroviral therapy and with a similar immunological profile as noted before highly active antiretroviral therapy era. These findings have implications for the management of the disease and confirm the magnitude of rational periodic screening after diagnosis of AIDS.
OBJETIVO: Descrever as características e evolução clínica de pacientes com retinite por citomegalovírus relacionada à AIDS após o advento da terapia antirretroviral potente. MÉTODOS: Estudo retrospectivo dos prontuários de 30 pacientes consecutivos (44 olhos) com AIDS e retinite por citomegalovírus ativa recém-diagnosticada, atendidos entre janeiro de 2005 e dezembro de 2007. RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi de 34,8 anos, 18 pacientes (60,0%) eram do sexo masculino e a mediana do tempo de diagnóstico de AIDS era 90 meses. Dezenove pacientes (63,3%) apresentavam evidência de falência da terapia antirretroviral potente e a mediana da contagem de linfócitos T CD4+ era 12,5 células/µl. A acuidade visual inicial era melhor ou igual a 20/40 em 27 olhos (61,4%). A retinite acometia a Zona 1 em 13 olhos (39,5%). Apesar da terapia antirretinite por citomegalovírus específica, 16 olhos (36,4%) apresentaram recidiva da retinite e 10 olhos (22,7%) perderam pelo menos três linhas de visão. Quando comparado aos de pacientes com boa resposta à terapia antirretroviral potente, olhos de pacientes com falência à terapia antirretroviral potente apresentaram mais recidiva da retinite (p=0,03) e perda de pelo menos três linhas de visão (p=0,03). CONCLUSÃO: Os pacientes nesta série são essencialmente homens jovens com longo tempo de diagnóstico de AIDS, má resposta à terapia antirretroviral potente e com um perfil imunológico semelhante ao encontrado antes do advento da terapia antirretroviral potente. Estes achados têm implicações no manejo da doença e confirmam a importância da triagem periódica e racional após o diagnóstico de AIDS.
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Citação
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Conselho Brasileiro de Oftalmologia, v. 73, n. 1, p. 16-21, 2010.
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