Tratamento da Eclâmpsia: Estudo Comparativo entre o Sulfato de Magnésio e a Fenitoína

Data
2000-10-01
Tipo
Artigo
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Resumo
Purpose: to compare the efficiency between magnesium sulfate and phenytoin in the control of convulsions in patients with eclampsia and to evaluate the effects of magnesium sulfate and phenytoin on the maternal and perinatal prognosis in patients with eclampsia. Methods: this is a prospective, randomized and controlled study in which the results obtained with the use of anticonvulsive treatment in 77 women with eclampsia, treated with either magnesium sulfate or phenytoin, were analyzed comparatively. The drugs which were used in both therapeutic schemes were distributed in a one to one ratio, in randomly numbered boxes which presented similar characteristics. When a patient was admitted, a box was opened and its contents were given to the patient. Results: in the group whose patients were treated with magnesium sulfate, 19.5% had recurrent convulsions while in the group whose patients used phenytoin, 36.1% had new crises (p<0,05). The patients who were treated with magnesium sulfate showed a greater prevalence of postpartum hemorrhage (14,7%) than those to whom phenytoin was administered (2.7%) (p<0.05). In relation to the newborns, 17.0% of the group from mothers treated with magnesium sulfate presented respiratory distress as opposed to the group of newborns from mothers treated with phenytoin (11.8%), (p> 0,05). Conclusion: magnesium sulfate is shown to be more efficient than phenytoin in the control and the prevention of convulsions in patients with eclampsia. However, its utilization showed a higher prevalence of postpartum hemorrhage and respiratory distress. Phenytoin should be used in cases where the use of magnesium sulfate is contraindicated.
Objetivos: comparar a eficácia do sulfato de magnésio e da fenitoína no controle das convulsões em pacientes com eclâmpsia e avaliar os efeitos de sulfato de magnésio e da fenitoína sobre o prognóstico materno e perinatal em pacientes com eclâmpsia. Métodos: estudo prospectivo, randômico e controlado no qual foram analisados, de forma comparativa, os resultados obtidos no tratamento anticonvulsivante da eclâmpsia em 77 mulheres tratadas com sulfato de magnésio ou fenitoína. As drogas que constituíram os dois esquemas terapêuticos foram distribuídas, na proporção de um para um, em caixas numeradas aleatoriamente que apresentavam características semelhantes. À medida que cada paciente era admitida, uma caixa era aberta e o esquema nela contido administrado à paciente. Resultados: observou-se que, no grupo tratado com sulfato de magnésio, 19,5% das pacientes apresentaram recidiva de convulsões, ao passo que no grupo que usou fenitoína, 36,1% manifestaram novas crises (p<0,05). As pacientes que foram tratadas com sulfato de magnésio apresentaram uma maior prevalência de hemorragia pós-parto (14,7%) que as que utilizaram fenitoína (2,7%) (p<0,05). Em relação aos recém-nascidos, 17,0% do grupo de mães tratadas com sulfato de magnésio apresentaram desconforto respiratório, contra 11,8% no grupo que foi tratado com fenitoína (p>0,05). Conclusões: o sulfato de magnésio mostrou-se mais eficaz que a fenitoína no controle e prevenção da recidiva de convulsões em pacientes com eclâmpsia, embora sua utilização esteja associada a maior prevalência materna de hemorragia pós-parto e desconforto respiratório neonatal. A fenitoína apresenta-se como droga alternativa para o tratamento de eclâmpsia nos casos em que houver contra-indicação ao uso do sulfato de magnésio.
Descrição
Citação
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 22, n. 9, p. 543-549, 2000.
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