Envolvimento religioso e fatores sociodemográficos: resultados de um levantamento nacional no Brasil
Data
2010-01-01
Tipo
Artigo
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Resumo
BACKGROUND: The relationship between religious involvement and health has been subject to an increasing interest. However, studies investigating religious involvement are scarce outside United States and Europe. OBJECTIVES: This study describes religious involvement in the Brazilian population and its relationship with sociodemographic variables. METHODS: In a Brazilian nationally probabilistic sample (n = 3,007), religious involvement variables and sociodemographic factors were assessed. RESULTS: Five percent of Brazilians reported having no religion, 83% considered religion very important in their lives, and 37% attended religious services at least once a week. The most frequent affiliations were Catholicism (68%), Protestant/Evangelicals (23%), and Kardecist Spiritism (2.5%). Ten percent reported attending more than one religion. In line with studies in other countries, older age and female gender were independently associated with higher levels of subjective and organizational religiousness after controlling for other sociodemographic factors. However, educational level, income and black race were not independently associated with religious involvement variables. DISCUSSION: This study shows high levels of religious involvement among Brazilians and suggests that religiousness may have different associations with other variables across different cultures. To better understand the influence of religion on health, it is necessary to expand this kind of survey to other cultures.
CONTEXTO: As relações entre envolvimento religioso e saúde têm sido objeto de crescente interesse, mas há carência de estudos fora dos Estados Unidos e da Europa. OBJETIVOS: O presente estudo descreve o envolvimento religioso na população brasileira e sua relação com variáveis sociodemográficas. MÉTODOS: Numa amostra probabilística da população brasileira (n = 3.007), variáveis sociodemográficas e de envolvimento religioso foram avaliadas. RESULTADOS: Cinco por cento dos brasileiros declararam não ter religião, 83% consideraram religião muito importante para sua vida e 37% frequentavam um serviço religioso pelo menos uma vez por semana. As filiações religiosas mais frequentes foram Catolicismo (68%), Protestante/Evangélica (23%) e Espiritismo Kardecista (2,5%). Dez por cento referiram frequentar mais de uma religião. De modo semelhante a estudos em outros países, maior idade e sexo feminino se associaram a maiores níveis de religiosidade subjetiva e organizacional, mesmo após o controle para outras variáveis sociodemográficas. Entretanto, nível educacional, renda e raça negra não se associaram de modo independente a indicadores de religiosidade. CONCLUSÃO: Este estudo mostra altos níveis de religiosidade entre os brasileiros e sugere que religiosidade, em diferentes culturas, pode relacionar-se de modo diferente com outras variáveis. Para uma melhor compreensão da influência da religiosidade na saúde, é necessário expandir esse tipo de estudo para outras culturas.
CONTEXTO: As relações entre envolvimento religioso e saúde têm sido objeto de crescente interesse, mas há carência de estudos fora dos Estados Unidos e da Europa. OBJETIVOS: O presente estudo descreve o envolvimento religioso na população brasileira e sua relação com variáveis sociodemográficas. MÉTODOS: Numa amostra probabilística da população brasileira (n = 3.007), variáveis sociodemográficas e de envolvimento religioso foram avaliadas. RESULTADOS: Cinco por cento dos brasileiros declararam não ter religião, 83% consideraram religião muito importante para sua vida e 37% frequentavam um serviço religioso pelo menos uma vez por semana. As filiações religiosas mais frequentes foram Catolicismo (68%), Protestante/Evangélica (23%) e Espiritismo Kardecista (2,5%). Dez por cento referiram frequentar mais de uma religião. De modo semelhante a estudos em outros países, maior idade e sexo feminino se associaram a maiores níveis de religiosidade subjetiva e organizacional, mesmo após o controle para outras variáveis sociodemográficas. Entretanto, nível educacional, renda e raça negra não se associaram de modo independente a indicadores de religiosidade. CONCLUSÃO: Este estudo mostra altos níveis de religiosidade entre os brasileiros e sugere que religiosidade, em diferentes culturas, pode relacionar-se de modo diferente com outras variáveis. Para uma melhor compreensão da influência da religiosidade na saúde, é necessário expandir esse tipo de estudo para outras culturas.
Descrição
Citação
Archives of Clinical Psychiatry. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, v. 37, n. 1, p. 12-15, 2010.