Profissionais como produtores de redes: tramas e conexões no cuidado em saúde

Data
2017
Tipo
Artigo
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Resumo
This article presents partial results of an intervention research performed in basic health units and seeks to problematize health care networks. Following daily paths of users, selected teams from services, it was asked how and when networks become more powerful and produce health or, on the contrary, when they weaken themselves. Health care networks are broad and operationalized in different ways. They articulate multiple vectors consisting of formal and informal, visible and invisible, objective and subjective elements that contribute to facilitate or to hinder the construction of points of articulation between services, people and resources to health care. Considering professionals as network producers, we discuss the tensions between ordering and hierarchical systems and the perspective of a rhizomatic network, the routing flows and the movements that the different actors involved perform to produce the care network. Bringing to the center the users, their rights and the limits and potentialities of their social places, we could see weaknesses in the production of care, in the composition of the networks and in the promotion of health. Also, it turns out that resources and connections are reinvented in the daily encounter between institutions and subjects, which affect each other and can support the practices of network care.
Este artigo apresenta resultados parciais de uma pesquisa-intervenção realizada em unidades básicas de saúde e procura problematizar processos de cuidado de saúde em rede. Acompanhando percursos cotidianos de usuários, selecionados por equipes dos serviços, indaga como e quando as redes ficam mais potentes e produzem saúde ou, ao contrário, se enfraquecem. Verificam-se redes de atenção amplas, operacionalizadas de diversas maneiras e compostas por múltiplos vetores e elementos formais e informais, visíveis e invisíveis, objetivos e subjetivos que contribuem para facilitar ou dificultar a construção de pontos de articulação entre serviços, pessoas e recursos para o cuidado. Com o recorte dos profissionais como produtores de rede, discute-se as tensões entre sistemas de ordenação e hierarquização e a perspectiva de uma rede de caráter rizomático, os fluxos de encaminhamento e os movimentos que os diferentes atores realizam na produção da rede de cuidado. Trazendo para o centro os usuários, seus direitos e os limites e as potencialidades de seus lugares sociais, pôde-se perceber fragilidades na produção do cuidado, na composição das redes e na promoção da saúde. Verifica-se também que recursos e conexões são cotidianamente reinventados no encontro entre instituições e sujeitos, que se afetam mutuamente e podem apoiar as práticas de cuidado em rede.
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Citação
Saude e Sociedade. São Paulo, v. 26, n. 2, p. 435-447, 2017.
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