O diafragma como método contraceptivo: a experiência de usuárias de serviços públicos de saúde
Data
1997-10-01
Tipo
Artigo
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Resumo
This study, started in August 1989, describes the acceptability of diaphragms as part of the daily routine of 194 women enrolled at five public health care centers in Osasco, (Greater São Paulo). Follow-up of the cohort was performed by semestral home interviews until August 1991. Our data indicate that the diaphragm can be a viable alternative within the public health care setting. Women, including those from low-income groups, are interested in new alternatives to currently available contraceptive practices. Nevertheless, the cumulative rate of continuity for use of the method was only 25.7% (39 women) after a period of 12 months. Only 37.1% of women opting for the diaphragm confirm its use during every act of sexual intercourse. Most of the women (72.7%) only learned about diaphragms during the process of choosing a contraceptive method. The main reasons for discontinued use were partners' complaints, discomfort, and difficulty in handling. The findings point to the need for reformulating family planning activities to provide greater support for women, introduce initiatives to enhance male participation, and promote on-going training of health professionals with regard to the management of the method and support for its users.
Este estudo objetiva descrever como o diafragma foi incorporado ao cotidiano de 194 mulheres que o escolheram como contraceptivo, em cinco serviços públicos da região de Osasco, Grande São Paulo, no período de agosto de 1989 a agosto de 1991. O seguimento dessa coorte foi realizado por meio de entrevistas domiciliares semestrais. Constatou-se que o diafragma pode ser uma escolha viável, pois as mulheres, mesmo as de baixa renda, interessam-se por inovações que possam representar alternativas às suas práticas contraceptivas. No entanto, a taxa acumulada de continuidade de uso aos 12 meses foi de 25,7%; após 365 dias, 39 mulheres mantiveram o seu uso contínuo. Do total de mulheres que escolheram o diafragma, 37,1% referiram usá-lo em todas as relações durante o período de observação. Os resultados mostram a necessidade de os serviços readequarem a atividade de planejamento familiar, no sentido de dar um maior suporte às mulheres que optaram pelo diafragma, envolvendo seus parceiros nesta tomada de decisão. Além disso, a equipe de planejamento familiar da unidade também precisaria de um reforço contínuo visando aprimorar as técnicas de medição e o apoio à mulher frente as suas dificuldades iniciais com o método.
Este estudo objetiva descrever como o diafragma foi incorporado ao cotidiano de 194 mulheres que o escolheram como contraceptivo, em cinco serviços públicos da região de Osasco, Grande São Paulo, no período de agosto de 1989 a agosto de 1991. O seguimento dessa coorte foi realizado por meio de entrevistas domiciliares semestrais. Constatou-se que o diafragma pode ser uma escolha viável, pois as mulheres, mesmo as de baixa renda, interessam-se por inovações que possam representar alternativas às suas práticas contraceptivas. No entanto, a taxa acumulada de continuidade de uso aos 12 meses foi de 25,7%; após 365 dias, 39 mulheres mantiveram o seu uso contínuo. Do total de mulheres que escolheram o diafragma, 37,1% referiram usá-lo em todas as relações durante o período de observação. Os resultados mostram a necessidade de os serviços readequarem a atividade de planejamento familiar, no sentido de dar um maior suporte às mulheres que optaram pelo diafragma, envolvendo seus parceiros nesta tomada de decisão. Além disso, a equipe de planejamento familiar da unidade também precisaria de um reforço contínuo visando aprimorar as técnicas de medição e o apoio à mulher frente as suas dificuldades iniciais com o método.
Descrição
Citação
Cadernos de Saúde Pública. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, v. 13, n. 4, p. 647-657, 1997.