Zonas mortas na cóclea em freqüências altas: implicações no processo de adaptação de prótese auditivas

Data
2007-06-01
Tipo
Artigo
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Resumo
In patients with moderate to severe high-frequency hearing loss, cochlear damage may include dead regions where there are no functional inner hair cells and/or associated neurons. AIM: This study examines speech recognition in sensorineural impaired hearing patients with and without cochlear dead regions at high frequencies. METHODS: a clinical and experimental study was made of thirty patients with sensorineural hearing loss that were classified into two groups: group 1 - included 15 subjects with hearing loss and no dead regions; and group 2 - included 15 subjects with dead regions in the cochlea at high frequencies. Patients undertook word recognition score and speech reception threshold tests, with and without background noise. The speech tests were done with and without hearing aids in two situations: program 1 - broadband amplification (bandwidth 8000 Hz); and program 2 - amplification up to 2560 Hz, without high frequency gain. RESULTS: For subjects with no dead regions in the cochlea (group 1) performance improved with program 1. For subjects with dead regions in the cochlea (group 2) performance improved with program 2. CONCLUSIONS: Subjects with no dead regions in the cochlea benefited from high-frequency information. Subjects with dead regions in the cochlea benefited from reduced gain at high frequencies.
Em perdas auditivas de grau moderado a severo nas freqüências altas, a lesão coclear pode estar relacionada a zonas mortas, regiões onde as células ciliadas internas e/ou neurônios adjacentes não são funcionais. OBJETIVO: Avaliar o reconhecimento de fala em pacientes com e sem zonas mortas na cóclea em freqüências altas. MATERIAL e MÉTODO: Estudo clínico e experimental de 30 indivíduos adultos, distribuídos em dois grupos: grupo 1 - 15 indivíduos sem zonas mortas, e grupo 2 - 15 com zonas mortas na cóclea. Os pacientes foram submetidos à pesquisa do índice de reconhecimento de fala, limiar de reconhecimento de sentenças, sem e com ruído competitivo. Os testes de fala foram realizados sem prótese, com próteses auditivas amplificando a faixa de freqüências de 100 a 8000 Hz (programa 1) e com amplificação restrita, 100 a 2560 Hz (programa 2). RESULTADOS: O grupo 1 apresentou melhor desempenho utilizando as próteses auditivas no programa 1. Já o grupo 2 obteve melhor desempenho com o programa 2. CONCLUSÕES: Pacientes sem zonas mortas na cóclea obtêm maior benefício com a amplificação em freqüências altas. Na presença de zonas mortas em freqüências altas, o melhor desempenho é obtido com a amplificação restrita nestas freqüências.
Descrição
Citação
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, v. 73, n. 3, p. 299-307, 2007.
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