Diagnóstico da infecção por papilomavírus humano: relação entre a peniscopia e a histopatologia das lesões acetobrancas da genitália masculina

Data
1997
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
A infecção genital masculina pelo papilomavírus humano tem especial importância, pois freqüentemente é assintomática. Na maioria das vezes o não apresenta lesão clínica. Por isso, comporta-se como importante reservatório do vírus, exercendo papel especial na transmissão e perpetuação da doença. Até hoje não se estabeleceu um método ideal de rastreamento da infecção no homem. Pelas razões expostas, estudaram-se 433 parceiros de mulheres com infecção genital por papilomavírus humano, associada ou não à neoplasia epitelial cervical. A maioria dos pacientes era assintomática. Apenas 21 diziam ter lesão (5,24O/o). Trezentos e dezesseis não referiam lesão ou ela não era visível à olho nu. Do total, 43 pacientes referiam antecedentes de condiloma acuminado. A solução de azul de toluidina corou a maior parte das lesões observadas. O teste de SCHMLER na uretra distal foi positivo em 45 casos. A coilocitose foi observada em 20 das biópsias dessas áreas. Foram realizadas 1279 biópsias de lesões acetobrancas, sendo que a coilocitose foi encontrada em 301 (23,53 por cento). A região mais acometida foi a parte interna do prepúcio, onde foram feitas 853 biópsias. A lesão mais encontrada foi a mácula, biopsiada 447 vezes. A coilocitose foi descrita em 100 delas (22,37 por cento). Foi pouco freqüente o comprometimento da bolsa testicular, sendo submetida a 14 biópsias e a mácula foi a imagem mais freqüente. A coilocitose foi detectada em 8,70 por cento das vezes. A neoplasia intra-epitelial do pênis foi encontrada em 10 pacientes ou 12 das l279 biópsias (O,94 por cento) e muitas das imagens não foram diferentes de outras lesões acetobrancas em que não se encontraram sinais histológicos de infecção viral. Conclui-se que a peniscopia é freqüentemente positiva, porém sem relação com o resultado anátomo-patológico. Os resultados demonstram que o exame é pouco específico, porém, auxilia no diagnóstico, especialmente nos casos assintomáticos e com infecção subclínica.
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São Paulo: [s.n.], 1997. 125 p. ilustab.
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