Perfil epidemiológico do trauma ocular penetrante antes e após o novo código de trânsito

Data
2002-08-01
Tipo
Artigo
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Resumo
Purpose: To study the epidemiologic profile of the patients with penetrating ocular trauma (POT) before and after the application of the new traffic code. Methods: Retrospective study of 253 patients with POT examined at the Ocular Trauma Section (UNIFESP) from January 1997 to April 1999. The patients were divided into 2 groups: Group I, patients with ocular trauma before the new traffic code; Group II, trauma history after the new code. The patients were evaluated regarding different aspects on trauma and ophthalmic evaluation. Results: The epidemiological findings regarding age, sex and race were similar in both groups. In group I, the patients between 21-50 years presented similar trauma etiology distribution, while in group II, in the same age range, they presented predominance of automotive-related trauma. Regarding seat belt use, 60% and 92% of patients were not using seat belts at the time of the trauma in groups I and II, respectively. 60% of the patients in group II mentioned alcohol consumption against 40% in group I. Conclusion: Besides the impact measures taken by state to control accidents, ocular trauma damages continue to be related to preventable risk factors like seat belt use and alcohol consumption.
Objetivo: Comparar o perfil epidemiológico dos pacientes com trauma ocular penetrante (TOP) antes e após a regulamentação do novo código de trânsito. Métodos: Estudo retrospectivo de 253 pacientes com TOP examinados na Seção de Trauma Ocular (UNIFESP) de janeiro de 1997 a abril de 1999. Os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo I, pacientes com trauma ocular antes da implantação do novo código; Grupo II, história de trauma após sua implantação. Os pacientes foram avaliados em relação a diferentes aspectos do trauma e exame oftalmológico. Resultados: Os achados epidemiológicos em relação à idade, sexo e raça foram similares em ambos os grupos. No grupo I, os pacientes entre 21 e 50 anos apresentaram distribuição similar quanto à etiologia do trauma, ao passo que no grupo II, no mesmo intervalo de idade, predominaram os acidentes automobilísticos. Em relação ao uso do cinto de segurança, 60% e 92% dos pacientes não estavam usando o cinto, nos grupos I e II, respectivamente. 60% dos pacientes no grupo II mencionaram consumo de álcool, contra 40%, no grupo I. Conclusão: Apesar das medidas de impacto tomadas pelo governo para controlar os acidentes, os danos do trauma ocular continuam relacionados a fatores passíveis de prevenção, como o uso do cinto de segurança e consumo de álcool.
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Citação
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Conselho Brasileiro de Oftalmologia, v. 65, n. 4, p. 441-444, 2002.
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