Estado pró-inflamatório na odontogenese de fetos perante a ingestão materna de diferentes tipo de ácidos graxos durante a gestação
Data
2022-03-16
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
A dieta materna exerce influência direta no desenvolvimento embrionário do feto. Particularmente, o consumo exacerbado de ácidos graxos saturados é prejudicial, pois contribui para o aumento das taxas séricas de colesterol. Da mesma forma, os ácidos graxos trans têm a capacidade de inibir a ação de enzimas dessaturantes Δ5- e Δ6-dessaturases, responsáveis pela biossíntese dos ácidos graxos essenciais, comprometendo o desenvolvimento do feto, além de elevar o nível de LDL e reduzir o HDL. Por outro lado, há relatos controversos acerca de ácidos graxos poli-insaturados (omega 3 e 6), oscilando em questões como início da administração e variações de apresentação dos mesmos. O objetivo do presente estudo foi analisar as possíveis alterações causadas perante a ingestão materna de diferentes tipos de ácidos graxos, durante a gestação, no estado pró-inflamatório na odontogênese dos fetos. Para isso, foram coletadas 24 maxilas (n=6 por grupo) de ratos da linhagem Wistar no 20º dia de vida intrauterina. As mães foram separadas no primeiro dia de gestação em 4 grupos de acordo com a dieta, conforme descrito a seguir: Grupo controle (C) – dieta com óleo de soja como fonte de gordura, grupo (S) – dieta com banha de porco rica em ácidos graxos saturados, grupo (T) – dieta com gordura vegetal rica em ácidos graxos trans e grupo (PUFA) – dieta com óleo de peixe, rica em ácidos graxos poli-instaturados (ômega 3). Na análise microscópica, os resultados demonstraram ausência de alterações no desenvolvimento tecidual dos dentes entre os grupos com diferentes dietas normolipídicas (T, S e PUFA) quando comparado ao grupo C e a análise imuno-histoquímica para a expressão de STAT3, P-STAT3, SOCS3 e IL-6 não apresentou diferença estatística (p>0,05) comparado ao grupo controle. Contudo, houve alterações (p<0,05) entre o grupo T e o grupo PUFA na expressão de JAK2. Sendo assim, a qualidade da dieta materna durante a gestação na dieta materna continua sendo um tema a ser explorado no desenvolvimento embrionário, apesar de não causar alterações morfológicas ao germe dentário de ratos.
Maternal diet exerts a direct influence on the embryonic development of the fetus. Particularly, the exacerbated consumption of saturated fatty acids is harmful, as it contributes to the increase in serum cholesterol levels. Likewise, trans fatty acids have the ability to inhibit the action of desaturating enzymes Δ5- and Δ6-desaturases, responsible for the biosynthesis of essential fatty acids, compromising fetal development, in addition to raising LDL levels and reducing HDLs. On the other hand, there are controversial reports about polyunsaturated fatty acids (omega 3 and 6), oscillating on issues such as the beginning of administration and variations in their presentation. The objective of the present study was to analyze the possible alterations caused by the maternal ingestion of different types of fatty acids, during pregnancy, in the proinflammatory state in the odontogenesis of fetuses. For this, 24 jaws (n=6 per group) of Wistar rats were collected on the 20th day of intrauterine life. Mothers were separated on the first day of pregnancy into 4 groups according to diet, as described below: Control group (C) – diet with soy oil as a source of fat, group (S) – diet with rich lard in saturated fatty acids, group (T) – diet with vegetable fat rich in trans fatty acids and group (PUFA) – diet with fish oil, rich in polyunsaturated fatty acids (omega 3). In the microscopic analysis, the results showed no alterations in the tissue development of the teeth between the groups with different normolipidic diets (T, S and PUFA) when compared to the C group and the immunohistochemical analysis for the expression of STAT3, P-STAT3, SOCS3 and IL-6 showed no statistical difference (p>0.05) compared to the control group. However, there were changes (p<0.05) between the T group and the PUFA group in the expression of JAK2. Thus, the quality of the maternal diet during pregnancy in the maternal diet remains a topic to be explored in embryonic development, despite not causing morphological changes to the rat tooth germ.
Maternal diet exerts a direct influence on the embryonic development of the fetus. Particularly, the exacerbated consumption of saturated fatty acids is harmful, as it contributes to the increase in serum cholesterol levels. Likewise, trans fatty acids have the ability to inhibit the action of desaturating enzymes Δ5- and Δ6-desaturases, responsible for the biosynthesis of essential fatty acids, compromising fetal development, in addition to raising LDL levels and reducing HDLs. On the other hand, there are controversial reports about polyunsaturated fatty acids (omega 3 and 6), oscillating on issues such as the beginning of administration and variations in their presentation. The objective of the present study was to analyze the possible alterations caused by the maternal ingestion of different types of fatty acids, during pregnancy, in the proinflammatory state in the odontogenesis of fetuses. For this, 24 jaws (n=6 per group) of Wistar rats were collected on the 20th day of intrauterine life. Mothers were separated on the first day of pregnancy into 4 groups according to diet, as described below: Control group (C) – diet with soy oil as a source of fat, group (S) – diet with rich lard in saturated fatty acids, group (T) – diet with vegetable fat rich in trans fatty acids and group (PUFA) – diet with fish oil, rich in polyunsaturated fatty acids (omega 3). In the microscopic analysis, the results showed no alterations in the tissue development of the teeth between the groups with different normolipidic diets (T, S and PUFA) when compared to the C group and the immunohistochemical analysis for the expression of STAT3, P-STAT3, SOCS3 and IL-6 showed no statistical difference (p>0.05) compared to the control group. However, there were changes (p<0.05) between the T group and the PUFA group in the expression of JAK2. Thus, the quality of the maternal diet during pregnancy in the maternal diet remains a topic to be explored in embryonic development, despite not causing morphological changes to the rat tooth germ.
Descrição
Citação
LEBEIS, Isabella Bortoloto. Estado pró-inflamatório na odontogenese de fetos perante a ingestão materna de diferentes tipo de ácidos graxos durante a gestação. 2022. 58 f. Dissertação (Mestrado em Bioprodutos e Bioprocessos) - Instituto de Saúde e Sociedade, Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2022.