First household survey on drug abuse in São Paulo, Brazil, 1999: principal findings
Data
2003-01-01
Tipo
Artigo
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
CONTEXT: In order to establish prevention programs regarding psychotropic drug use that are adapted to specific populations it is, first of all, important to have data on the realities of such consumption. Single data points are not enough for drawing up a profile of society in relation to drugs. OBJECTIVE: The aim of this household survey was to determine the incidence of illegal drug, alcohol, tobacco and psychotropic medication use, and thus the number of persons dependent on drugs, alcohol and nicotine, and to evaluate their perception regarding how easy it is to obtain psychotropic drugs. TYPE OF STUDY: Epidemiological survey. SETTING: All of the 24 cities in the State of São Paulo with more 200,000 inhabitants participated in the study. METHOD: The sampling was constructed from weighted probabilistic stratified conglomerates obtained via two-stage selection. In each municipality sampled, census sectors (generally 200-300 households) were first selected. Then, households and a respondent were selected to provide information from his/her point of view. The SAMHSA questionnaire (Substance Abuse and Mental Health Services Administration) of the U.S. Department of Public Health was used, after translation and adaptation to Brazilian conditions. RESULTS: A total of 2,411 persons aged 12-65 years old were interviewed, of whom 39.9% weremen. Lifetime use of any psychotropic drug other than alcohol and tobacco was 11.6%: much less than in the U.S. (34.8%). The alcohol dependence rate was 6%, similar to findings from other countries. Marijuana was the illegal drug most cited as used daily (6.6%): a prevalence much lower than in the U.S. (32.0%). Inhalant use was next in frequency of use (2.7%): about 10 times less than in the United Kingdom (20%). Cocaine use (2.1%) was about 5 times less than in the U.S. (10.6%). There was no report of heroin use, although there was a surprisingly high perception regarding the ease of obtaining heroin: 38.3% said it was easy to obtain. CONCLUSION: This study supports the implementation of better prevention programs regarding drug abuse in São Paulo state.
CONTEXTO: Para se estabelecerem programas preventivos sobre o abuso de drogas numa determinada população é necessário antes fazer um diagnóstico da situação por meio de estudos epidemiológicos. OBJETIVO: Este estudo buscou detectar, na população geral, a prevalência do uso de drogas ilegais, de álcool e tabaco e de medicamentos de psicotrópicos, podendo-se estimar o número de pessoas dependentes em álcool e nicotina e avaliar a percepção delas em relação à facilidade de obter drogas psicotrópicas. TIPO DE ESTUDO: Pesquisa epidemiológica LOCAL: Todas as 24 cidades do Estado de São Paulo com mais de 200 mil habitantes. MÉTODO: A amostra foi estratificada em conglomerados, probabilística, obtida por duas fases de seleção. Em cada município pesquisado, foram sorteados setores censitários (geralmente consistindo em 200 a 300 residências) na primeira fase, em seguida as casas e os respondentes. O questionário usado foi o SAMHSA (Abuso de Substância e Administração de Serviços de Saúde Mental) do Departamento Norte-americano de Serviço de Saúde Pública, que foi traduzido e adaptado para as condições brasileiras. RESULTADOS: Um total de 2.411 pessoas foi entrevistado, das quais 39,9% eram homens e todos os participantes estavam na faixa de idade de 12 a 65 anos. Uso na vida de qualquer droga, além de álcool e tabaco, foi de 11,6%, muito menos que nos Estados Unidos (34,8%). Em relação às estimativas de dependentes de álcool, a porcentagem foi de aproximadamente 6%, uma porcentagem semelhante ao observado em estudos de outros países. O uso na vida de maconha foi de 6,6%, muito abaixo que nos Estados Unidos (32%). O uso na vida de inalantes, de 2,7%, foi cerca de 10 vezes menor que no Reino Unido (20%). O uso na vida de cocaína (2,1%) foi aproximadamente cinco vezes menor que nos Estados Unidos (10,6%). Não houve nenhum relato de uso de heroína, embora a percepção da população em relação à facilidade de obter a heroína foi surpreendentemente alta: 38,3%. CONCLUSÃO: Este estudo apresenta subsídios para a implementação de programas de prevenção adequados à situação de abuso de droga no estado de São Paulo.
CONTEXTO: Para se estabelecerem programas preventivos sobre o abuso de drogas numa determinada população é necessário antes fazer um diagnóstico da situação por meio de estudos epidemiológicos. OBJETIVO: Este estudo buscou detectar, na população geral, a prevalência do uso de drogas ilegais, de álcool e tabaco e de medicamentos de psicotrópicos, podendo-se estimar o número de pessoas dependentes em álcool e nicotina e avaliar a percepção delas em relação à facilidade de obter drogas psicotrópicas. TIPO DE ESTUDO: Pesquisa epidemiológica LOCAL: Todas as 24 cidades do Estado de São Paulo com mais de 200 mil habitantes. MÉTODO: A amostra foi estratificada em conglomerados, probabilística, obtida por duas fases de seleção. Em cada município pesquisado, foram sorteados setores censitários (geralmente consistindo em 200 a 300 residências) na primeira fase, em seguida as casas e os respondentes. O questionário usado foi o SAMHSA (Abuso de Substância e Administração de Serviços de Saúde Mental) do Departamento Norte-americano de Serviço de Saúde Pública, que foi traduzido e adaptado para as condições brasileiras. RESULTADOS: Um total de 2.411 pessoas foi entrevistado, das quais 39,9% eram homens e todos os participantes estavam na faixa de idade de 12 a 65 anos. Uso na vida de qualquer droga, além de álcool e tabaco, foi de 11,6%, muito menos que nos Estados Unidos (34,8%). Em relação às estimativas de dependentes de álcool, a porcentagem foi de aproximadamente 6%, uma porcentagem semelhante ao observado em estudos de outros países. O uso na vida de maconha foi de 6,6%, muito abaixo que nos Estados Unidos (32%). O uso na vida de inalantes, de 2,7%, foi cerca de 10 vezes menor que no Reino Unido (20%). O uso na vida de cocaína (2,1%) foi aproximadamente cinco vezes menor que nos Estados Unidos (10,6%). Não houve nenhum relato de uso de heroína, embora a percepção da população em relação à facilidade de obter a heroína foi surpreendentemente alta: 38,3%. CONCLUSÃO: Este estudo apresenta subsídios para a implementação de programas de prevenção adequados à situação de abuso de droga no estado de São Paulo.
Descrição
Citação
São Paulo Medical Journal. Associação Paulista de Medicina - APM, v. 121, n. 6, p. 231-237, 2003.