Avaliação ultrassonográfica com doppler da tiroide e sua importância na definição da dose de radioiodo no tratamento da tirotoxicose
Data
2014-02-26
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
Introduction: Radioiodine (131I) is an effective treatment for Basedow-Graves’ Disease (BGD). Failure in this treatment may occur in up to 10-20% of cases and is associated with various factors such as sex, age and severity of thyrotoxicosis. In hiperthyroidism, the vascular overflow has been related to disease activity and its measurement can be easily made by modern techniques of ultrasound. Objectives: To evaluate the usefulness of thyroid blood flow at the inferior thyroid artery (ITA) in determining therapeutic efficacy of 131I. Methods: We evaluated 48 patients with BGD who were submitted to treatment with 131I. Clinical and laboratory evaluation was performed five days before (time 0) and 1, 2, 3 and 6 months after 131I. All patients received a fixed dose of 15 mCi. The blood flow at ITA was measured at time 0 and 6 months. Results: Before treatment, there was correlation between the higher flow at ITA and thyroid volume. Over 90% of patients were cured after 6 months of follow up. Relapse or persistance of thyrotoxicosis tended to occur in younger individuals, with lower TSH and higher flow velocity at ATI before treatment. However, the higher thyroid volume was the only factor significantly associated with therapeutic failure. On the other hand, a reduction of serum FT4 to <1.0 ng/dL, at the second month of follow up, was an excellent predictor of cure. Conclusion: Increased blood flow velocity at ATI and especially the higher thyroid volume pre-treatment can be used as a predictor of relapse of thyrotoxicosis and could be used as a criterion for selection of higher doses of 131I to increase the therapeutic efficacy.
Introdução: O radioiodo (131I) é forma eficaz para o tratamento da Doença de Basedow-Graves (DBG), porém falha terapêutica pode ocorrer em até 10-20% dos casos associada a diversos fatores como sexo, idade e intensidade da tirotoxicose. No hipertiroidismo, o hiperfluxo vascular tem sido relacionado à atividade da doença e sua medida pode ser feita facilmente por técnicas modernas de ultrassonografia. Objetivos: Avaliar se o hiperfluxo glandular, avaliado pela determinação da velocidade de fluxo das artérias tiroídeas inferiores (ATI), se correlaciona com a eficácia terapêutica do 131I. Métodos: Foram avaliados 48 pacientes com DBG e com indicação de 131I. Avaliação clínica e laboratorial foi realizada cinco dias antes (tempo 0) e 1, 2, 3 e 6 meses após dose de 131I. Foi utilizada dose fixa de 15 mCi para todos os pacientes. A medida do fluxo das ATI foi avaliada no tempo 0 e no 6o mês. Resultados: Antes do tratamento, maior velocidade de fluxo esteve correlacionada com maior volume tiroidiano. Mais de 90% dos pacientes estavam curados após 6 meses do tratamento. Falha ao tratamento tendeu a ocorrer em indivíduos mais jovens, com TSH mais baixo e maior velocidade de fluxo das ATI antes do tratamento; porém apenas o maior volume tiroidiano pré-131I esteve significantemente associado à essa falha terapêutica. Na evolução, uma redução dos níveis séricos de T4L para <1,0 ng/dL, a partir do 2o mês pós-dose foi excelente preditor de cura do hipertiroidismo. Conclusão: Maior velocidade de fluxo das ATI e, principalmente, o maior volume tiroidiano contribuem para predizer a chance de cura após a radioiodoterapia e poderiam ser usados na escolha de doses mais elevadas para aumentar a eficácia terapêutica do 131I.
Introdução: O radioiodo (131I) é forma eficaz para o tratamento da Doença de Basedow-Graves (DBG), porém falha terapêutica pode ocorrer em até 10-20% dos casos associada a diversos fatores como sexo, idade e intensidade da tirotoxicose. No hipertiroidismo, o hiperfluxo vascular tem sido relacionado à atividade da doença e sua medida pode ser feita facilmente por técnicas modernas de ultrassonografia. Objetivos: Avaliar se o hiperfluxo glandular, avaliado pela determinação da velocidade de fluxo das artérias tiroídeas inferiores (ATI), se correlaciona com a eficácia terapêutica do 131I. Métodos: Foram avaliados 48 pacientes com DBG e com indicação de 131I. Avaliação clínica e laboratorial foi realizada cinco dias antes (tempo 0) e 1, 2, 3 e 6 meses após dose de 131I. Foi utilizada dose fixa de 15 mCi para todos os pacientes. A medida do fluxo das ATI foi avaliada no tempo 0 e no 6o mês. Resultados: Antes do tratamento, maior velocidade de fluxo esteve correlacionada com maior volume tiroidiano. Mais de 90% dos pacientes estavam curados após 6 meses do tratamento. Falha ao tratamento tendeu a ocorrer em indivíduos mais jovens, com TSH mais baixo e maior velocidade de fluxo das ATI antes do tratamento; porém apenas o maior volume tiroidiano pré-131I esteve significantemente associado à essa falha terapêutica. Na evolução, uma redução dos níveis séricos de T4L para <1,0 ng/dL, a partir do 2o mês pós-dose foi excelente preditor de cura do hipertiroidismo. Conclusão: Maior velocidade de fluxo das ATI e, principalmente, o maior volume tiroidiano contribuem para predizer a chance de cura após a radioiodoterapia e poderiam ser usados na escolha de doses mais elevadas para aumentar a eficácia terapêutica do 131I.
Descrição
Citação
ORLANDI, Denise Mazo. Avaliação ultrassonográfica com doppler da tiroide e sua importância na definição da dose de radioiodo no tratamento da tirotoxicose. 2014. 46 f. Dissertação (Mestrado Profissional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2014.