Implante transcateter de valva aórtica: resultados atuais do desenvolvimento e implante de um nova prótese brasileira
Data
2011-09-01
Tipo
Artigo
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Resumo
OBJECTIVE: Aortic valve replacement is a routine procedure with acceptable risk, but in some cases, such risk can justify contraindication. Minimally invasive transcatheter aortic valve implantation has emerged as an alternative, with lower morbidity and mortality. The aim of this study was clinical, safety and efficacy assessment. METHODS: Thirty-three high risk patients underwent transcatheter balloon expandable aortic valve implantation. Mean Logistic EuroScore risk was 39.30% and STS score 30.28%. Eight patients presented with dysfunctional bioprosthesis, remaining ones presented calcified aortic stenosis. Procedures were performed in a hybrid OR under fluoroscopic and echocardiography guidance. Using a left minithoracotomy the prosthesis were implanted trough the ventricular apex under rapid ventricular pacing or hemorrhagic shock. Echocardiographic and angiographic controls were performed. RESULTS: Implant was feasible in 30 cases. Three conversions occured. There was only one case of operative death. Median transvalvular aortic gradient reduced from 43.58 mmHg to 10.54 mmHg. Left ventricular function improved in the first 7 postoperative days. Paravalvular aortic regurgitation was mild and present in 30.30%. One case presented major vascular complication and another one permanent pacemaker implant. One major stroke case occurred. Overall 30-day mortality was 18.18%. CONCLUSION: The transapical implantation of catheter mounted bioprosthesis is a safe procedure with acceptable midterm results. Long term follow-up with increased sample power is mandatory in order to access hemodynamic, life quality and survival
OBJETIVO: A troca valvar aórtica é procedimento rotineiro com risco aceitável. Em alguns casos, a mortalidade é elevada, contraindicando o procedimento. O implante minimamente invasivo transcateter de valva aórtica parece ser alternativa, reduzindo a morbimortalidade. A avaliação dos resultados clínicos, segurança e eficácia do procedimento são o objetivo desse estudo. MÉTODOS: Uma prótese transcateter, balão expansível foi utilizada em 33 casos de alto risco. EuroScore médio foi de 39,30% e STS score de 30,28%. Oito pacientes apresentavam disfunção de bioprótese e o restante, estenose aórtica calcificada. Os procedimentos foram realizados em ambiente cirúrgico híbrido, sob controle ecocardiográfico e fluoroscópico. Através de minitoracotomia esquerda, as próteses foram implantadas pelo ápice ventricular, sob estimulação de alta frequência ou choque hemorrágico. Foram realizados controles clínicos e ecocardiográficos. RESULTADOS: A correta liberação da prótese foi possível em 30 casos. Três conversões ocorreram. A mortalidade operatória foi de um caso e a mortalidade em 30 dias, 18,18%. O gradiente médio reduziu de 43,58 para 10,54 mmHg. A fração de ejeção apresentou aumento significativo após o 7º pós-operatório. Insuficiência aórtica residual esteve presente em 30,30% dos pacientes. Ocorreu uma complicação vascular periférica e um caso de bloqueio atrioventricular total. Um paciente apresentou acidente vascular cerebral. A mortalidade em 30 dias foi de 18,18%. CONCLUSÃO: O implante transapical de valva aórtica transcateter é procedimento seguro e com resultados de médio prazo satisfatórios. São necessários estudos de longo prazo com maior poder amostral no intuito de determinar resultado hemodinâmico, qualidade de vida e sobrevida em longo prazo
OBJETIVO: A troca valvar aórtica é procedimento rotineiro com risco aceitável. Em alguns casos, a mortalidade é elevada, contraindicando o procedimento. O implante minimamente invasivo transcateter de valva aórtica parece ser alternativa, reduzindo a morbimortalidade. A avaliação dos resultados clínicos, segurança e eficácia do procedimento são o objetivo desse estudo. MÉTODOS: Uma prótese transcateter, balão expansível foi utilizada em 33 casos de alto risco. EuroScore médio foi de 39,30% e STS score de 30,28%. Oito pacientes apresentavam disfunção de bioprótese e o restante, estenose aórtica calcificada. Os procedimentos foram realizados em ambiente cirúrgico híbrido, sob controle ecocardiográfico e fluoroscópico. Através de minitoracotomia esquerda, as próteses foram implantadas pelo ápice ventricular, sob estimulação de alta frequência ou choque hemorrágico. Foram realizados controles clínicos e ecocardiográficos. RESULTADOS: A correta liberação da prótese foi possível em 30 casos. Três conversões ocorreram. A mortalidade operatória foi de um caso e a mortalidade em 30 dias, 18,18%. O gradiente médio reduziu de 43,58 para 10,54 mmHg. A fração de ejeção apresentou aumento significativo após o 7º pós-operatório. Insuficiência aórtica residual esteve presente em 30,30% dos pacientes. Ocorreu uma complicação vascular periférica e um caso de bloqueio atrioventricular total. Um paciente apresentou acidente vascular cerebral. A mortalidade em 30 dias foi de 18,18%. CONCLUSÃO: O implante transapical de valva aórtica transcateter é procedimento seguro e com resultados de médio prazo satisfatórios. São necessários estudos de longo prazo com maior poder amostral no intuito de determinar resultado hemodinâmico, qualidade de vida e sobrevida em longo prazo
Descrição
Citação
Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular. Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, v. 26, n. 3, p. 338-347, 2011.