Desenvolvimento de ferramenta clínica para identificação de homens com baixa densidade óssea e fratura após os 50 anos de idade
Data
2016-08-31
Autores
Lima, Pablo Duarte 
Orientadores
Pinheiro, Marcelo de Medeiros Pinheiro
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Background: Several studies have demonstrated the relevance of identifying clinical risk factors (CRF) related to low-impact fractures (Fx) and osteoporosis in women, but little is known about their role in the male population. Aim: To identify and quantify the impact of the CRF associated with Fx and low bone mineral density (BMD) in men, as well as to develop a screening tool to select higher risk individuals. Patients and Methods: A total of 766 men aged over 50 years-old from general population of São Paulo were enrolled in this cross-sectional cohort. Al of them answered a questionnaire including details about CRF for low BMD and Fx, such as anthropometric data, medical history, and lifestyle habits. Besides, they performed bone densitometry (DXA) at lumbar spine and hip (DPX NT, GE-Lunar). The criteria proposed by WHO were used to classify patients with osteoporosis and osteopenia, based on T-score values. Patients with secondary causes of low BMD were excluded. The main CRF were recognized by frequency, and multivariate and logistic regression analysis. P below 0.05 was set as significant. Results: The mean age, weight, height and BMI were 71.8 ± 9.6 years; 72.1 ± 13.8 kg; 1.65 ± 0.07 m and 26.36 ± 4.37 kg/ m2, respectively. Osteopenia was found in 46.5% and 29.2% of sample had osteoporosis. The rate of Fx after 50 years was 12.1%. No CRF was associated significantly with the spine BMD. The main CRF associated with low hip BMD and Fx were older age, low weight, lower height and body mass index (BMI), smoking and low intake of dairy products. After statistical adjustments for confounding variables, the tool for low femoral neck BMD had sensitivity (S) of 84%, specificity (E) of 50% and area under the curve (AUC) ROC = 0.768 (p <0.001). To identify Fx, the S was 69.2%, and E=50% and ROC AUC = 0.628 (p <0.001). Conclusion: Our results showed the development of a simple and useful tool, the SAPORI-M (Sao Paulo Osteoporosis Risk Index for men), to identify men at higher risk of low hip BMD and Fx in the male Brazilian population.
Introdução: Diversos estudos têm demonstrado a relevância clínica da identificação de fatores clínicos de risco (FCR) para fratura por baixo impacto (Fx) e osteoporose em mulheres, mas pouco é conhecido sobre o papel deles na população masculina. Objetivos: Identificar e quantificar o impacto dos FCR associados à Fx e baixa densidade óssea (DO) em homens, bem como desenvolver um instrumento de rastreamento para selecionar indivíduos de maior risco. Pacientes e Métodos: Foram estudados 766 homens com mais de 50 anos de idade e provenientes da população geral da área metropolitana de São Paulo, por meio de questionário sobre FCR para baixa DO e Fx, incluindo dados antropométricos, doenças associadas, medicações concomitantes e detalhes sobre hábitos de vida. Todos eles realizaram densitometria óssea da coluna lombar e fêmur proximal (DPX NT, GE-Lunar). Os critérios propostos pela OMS foram usados para classificar os pacientes com osteoporose e osteopenia, baseando-se nos valores do T-score. Foram excluídos pacientes com causas secundárias de baixa DO. Os principais FCR foram reconhecidos por frequência e por meio de análise de regressão multivariada e logística. P<0,05 foi considerado significante. Resultados: A média de idade, peso, altura e IMC foram 71,8 ± 9,6 anos; 72,1 ± 13,8 kg; 1,65 ± 0,07 m e 26,36 ± 4,37 kg/m2, respectivamente. Osteopenia foi identificada em 46,5% e osteoporose em 29,2% da amostra. A taxa relatada de Fx após os 50 anos de idade foi de 12,1%. Nenhum FCR se associou significantemente com a DO vertebral. Os principais FCR associados com baixa DO femoral e Fx foram idade avançada, baixo peso, menor estatura e índice de massa corporal (IMC), tabagismo atual e baixa ingestão diária de lácteos. Após ajustes estatísticos para variáveis de confusão, a ferramenta para baixa DO do colo do fêmur teve sensibilidade (S) de 84%, especificidade (E) de 50% e área sob a curva (AUC) ROC=0,768 (p<0,001). Para a identificação de Fx, a S foi de 69,2%, E de 50% e AUC ROC=0,628 (p<0,001). Conclusão: Nossos resultados permitiram o desenvolvimento de um instrumento simples e útil, o SAPORI-M (Sao Paulo Osteoporosis Risk Index for men), para identificação de homens com maior chance de baixa DO e Fx.
Introdução: Diversos estudos têm demonstrado a relevância clínica da identificação de fatores clínicos de risco (FCR) para fratura por baixo impacto (Fx) e osteoporose em mulheres, mas pouco é conhecido sobre o papel deles na população masculina. Objetivos: Identificar e quantificar o impacto dos FCR associados à Fx e baixa densidade óssea (DO) em homens, bem como desenvolver um instrumento de rastreamento para selecionar indivíduos de maior risco. Pacientes e Métodos: Foram estudados 766 homens com mais de 50 anos de idade e provenientes da população geral da área metropolitana de São Paulo, por meio de questionário sobre FCR para baixa DO e Fx, incluindo dados antropométricos, doenças associadas, medicações concomitantes e detalhes sobre hábitos de vida. Todos eles realizaram densitometria óssea da coluna lombar e fêmur proximal (DPX NT, GE-Lunar). Os critérios propostos pela OMS foram usados para classificar os pacientes com osteoporose e osteopenia, baseando-se nos valores do T-score. Foram excluídos pacientes com causas secundárias de baixa DO. Os principais FCR foram reconhecidos por frequência e por meio de análise de regressão multivariada e logística. P<0,05 foi considerado significante. Resultados: A média de idade, peso, altura e IMC foram 71,8 ± 9,6 anos; 72,1 ± 13,8 kg; 1,65 ± 0,07 m e 26,36 ± 4,37 kg/m2, respectivamente. Osteopenia foi identificada em 46,5% e osteoporose em 29,2% da amostra. A taxa relatada de Fx após os 50 anos de idade foi de 12,1%. Nenhum FCR se associou significantemente com a DO vertebral. Os principais FCR associados com baixa DO femoral e Fx foram idade avançada, baixo peso, menor estatura e índice de massa corporal (IMC), tabagismo atual e baixa ingestão diária de lácteos. Após ajustes estatísticos para variáveis de confusão, a ferramenta para baixa DO do colo do fêmur teve sensibilidade (S) de 84%, especificidade (E) de 50% e área sob a curva (AUC) ROC=0,768 (p<0,001). Para a identificação de Fx, a S foi de 69,2%, E de 50% e AUC ROC=0,628 (p<0,001). Conclusão: Nossos resultados permitiram o desenvolvimento de um instrumento simples e útil, o SAPORI-M (Sao Paulo Osteoporosis Risk Index for men), para identificação de homens com maior chance de baixa DO e Fx.
Descrição
Citação
LIMA, Pablo Duarte. Desenvolvimento de ferramenta clínica para identificação de homens com baixa densidade óssea e fratura após os 50 anos de idade. 2016. 60 f. Dissertação (Mestrado Profissional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2016.