Análise comparativa do tratamento do condiloma acuminado anal e perianal utilizando plasma de argônio e eletrofulguração em doentes HIV positivo e negativo
Data
2017-07-31
Tipo
Tese de doutorado
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Resumo
Introduction: Human papillomavirus (HPV) infection is the sexually transmitted disease most frequently diagnosed in Brazil, in both men and women and its incidence has been increasing over recent years. It may occur in association with the human immunodeficiency virus (HIV) in up to 62% of the cases1,2. Despite various forms of treatment for Condylomata, relapses are frequent and both the immediate and the long-term results are unsatisfactory. Use of argon plasma is an attractive option because its results are effective. However, further studies comparing this with the standard treatment are still needed. Purpose: To compare the efficiency and complications of treatments for anal and perianal condyloma using argon plasma and electrofulguration and the recurrence rates of these treatments. Methods: From January 2013 to April 2014, in 37 cases of perianal and anal condyloma, the patients’ anal region was divided into two semicircles. Treatment with argon plasma coagulation or electrofulguration was then randomly assigned (one method for each semicircle). The therapeutic sessions were repeated until clinical signs of HPV infection had been eliminated. Tissue samples were taken for cytological, histological and PCR evaluations. Results: The HPV genotype, presence of more than one genotype per patient, oncological potential per genotype and cytological and histological results were analyzed. There was no significant difference in effectiveness between the argon and fulguration methods, based on recurrence and disease-free interval (p > 0.05). In relation to argon application, the variables studied were not associated with recurrence of condyloma (p > 0.05). However, the areas treated with electrofulguration in HIV-positive patients presented more relapses, with a significant difference (p = 0.01). Conclusion: Use of argon plasma was less influenced by presence of HIV than was use of electrofulguration. With regard to efficacy, the methods were statistically equivalent, however, the areas treated with electrofulguration in HIV-positive patients presented worse results with more relapses.
Introdução: a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) é a doença sexualmente transmissível mais diagnosticada no Brasil, tanto em homens como em mulheres. E a incidência tem aumentado nos últimos anos. A coinfecção com o vírus da imunodeficiência adquirida pode atingir mais de 62% dos indivíduos infectados pelo HIV1,2. Apesar das várias formas de tratamento dos condilomas, as recidivas são frequentes e os resultados imediatos e, em longo prazo, insatisfatórios. A utilização do plasma de argônio é uma opção atraente por seus resultados promissores, mas que ainda necessita de mais estudos. Objetivos: comparar o tratamento do condiloma anal e perianal utilizando-se o plasma de argônio e eletrofulguração, quanto à efetividade e recidiva. Método: de janeiro de 2013 a abril 2014, 37 pacientes diagnosticados, por exame proctológico, com condiloma perianal e anal tiveram sua região anal dividida em dois semicírculos e foram aleatoriamente distribuídos para serem tratados com plasma de argônio e eletrofulguração, sendo um método para cada um dos semicírculos. Sessões terapêuticas foram repetidas até a eliminação de sinais clínicos de infecção pelo HPV. Amostras de tecido foram colhidas para realização de citologia oncótica, reação em cadeia da polimerase (PCR) e histologia. Resultados: foram analisados os pacientes de acordo com o genótipo do HPV, mais de um genótipo por paciente, potencial oncológico por genótipo, resultado da citologia oncótica e a histologia. Verificou-se que não houve diferença significativa da efetividade entre argônio e fulguração baseado na recidiva e tempo livre de doença (p>0,05). As variáveis estudadas não tiveram relação com a recidiva do condiloma em relação à aplicação de argônio (p>0,05). Entretanto, as áreas tratadas em pacientes com vírus da imunodeficiência humana (HIV) positivo com fulguração apresentaram mais recidivas com diferença significativa (p=0,01). Conclusões: em relação ao tratamento do HPV anal e perianal, a comparação entre a aplicação de fulguração e argônio mostrou que os métodos se equivalem e que a utilização de plasma de argônio foi menos influenciável pela presença do HIV, quando comparado com a aplicação de fulguração, que teve mais recidivas em pacientes HIV positivo.
Introdução: a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) é a doença sexualmente transmissível mais diagnosticada no Brasil, tanto em homens como em mulheres. E a incidência tem aumentado nos últimos anos. A coinfecção com o vírus da imunodeficiência adquirida pode atingir mais de 62% dos indivíduos infectados pelo HIV1,2. Apesar das várias formas de tratamento dos condilomas, as recidivas são frequentes e os resultados imediatos e, em longo prazo, insatisfatórios. A utilização do plasma de argônio é uma opção atraente por seus resultados promissores, mas que ainda necessita de mais estudos. Objetivos: comparar o tratamento do condiloma anal e perianal utilizando-se o plasma de argônio e eletrofulguração, quanto à efetividade e recidiva. Método: de janeiro de 2013 a abril 2014, 37 pacientes diagnosticados, por exame proctológico, com condiloma perianal e anal tiveram sua região anal dividida em dois semicírculos e foram aleatoriamente distribuídos para serem tratados com plasma de argônio e eletrofulguração, sendo um método para cada um dos semicírculos. Sessões terapêuticas foram repetidas até a eliminação de sinais clínicos de infecção pelo HPV. Amostras de tecido foram colhidas para realização de citologia oncótica, reação em cadeia da polimerase (PCR) e histologia. Resultados: foram analisados os pacientes de acordo com o genótipo do HPV, mais de um genótipo por paciente, potencial oncológico por genótipo, resultado da citologia oncótica e a histologia. Verificou-se que não houve diferença significativa da efetividade entre argônio e fulguração baseado na recidiva e tempo livre de doença (p>0,05). As variáveis estudadas não tiveram relação com a recidiva do condiloma em relação à aplicação de argônio (p>0,05). Entretanto, as áreas tratadas em pacientes com vírus da imunodeficiência humana (HIV) positivo com fulguração apresentaram mais recidivas com diferença significativa (p=0,01). Conclusões: em relação ao tratamento do HPV anal e perianal, a comparação entre a aplicação de fulguração e argônio mostrou que os métodos se equivalem e que a utilização de plasma de argônio foi menos influenciável pela presença do HIV, quando comparado com a aplicação de fulguração, que teve mais recidivas em pacientes HIV positivo.