Use of the Ishikawa diagram in a case-control analysis to assess the causes of a diffuse lamellar keratitis outbreak

Data
2017
Tipo
Artigo
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Resumo
Purpose: To identify the causes of a diffuse lamellar keratitis (DLK) outbreak using a systematic search tool in a case-control analysis. Methods: An Ishikawa diagram was used to guide physicians to determine the potential risk factors involved in this outbreak. Coherence between the occurrences and each possible cause listed in the diagram was verified, and the total number of eyes at risk was used to calculate the proportion of affected eyes. Multivariate analysis was performed using logistic regression to determine the independent effect of the risk factors, after controlling for confounders and test interactions. Results: All DLK cases were reported in 2007 between June 13 and December 21 during this period, 3,698 procedures were performed. Of the 1,682 flap-related procedures, 204 eyes of 141 individuals presented with DLK. No direct relationship was observed between the occurrence of DLK and the presence of any specific factors however, flap-lifting enhancements, procedures performed during the morning shift, and non-use of therapeutic contact lenses after the surgery were significantly related to higher occurrence percentages of this condition. Conclusions: The Ishikawa diagram, like most quality tools, is a visualization and knowledge organization tool. This systematization allowed the investigators to thoroughly assess all the possible causes of DLK outbreak. A clear view of the entire surgical logistics permitted even more rigid management of the main factors involved in the process and, as a result, highlighted factors that deserved attention. The case-control analysis on every factor raised by the Ishikawa diagram indicated that the commonly suspected factors such as biofilm contamination of the water reservoir in autoclaves, the air-conditioning filter system, glove powder, microkeratome motor oil, and gentian violet markers were not related to the outbreak.
Objetivos: Identificar as causas de um surto de ceratite lamelar difusa (DLK) uti­lizando uma ferramenta de busca sistemática em uma análise de caso-controle. Métodos: O diagrama de Ishikawa foi usado para orientar os médicos a identificar os potenciais fatores de risco envolvidos neste surto. Coerência entre as ocorrências e cada causa possível listada no diagrama foi verificada. O número total de olhos em risco foi usada para calcular a percentagem de olhos afetados. A análise multivariada foi realizada por meio de regressão logística para determinar o efeito independente dos fatores de risco, controle de fatores de confusão e interações de teste. Resultados: Todos os casos de ceratite lamelar difusa foram relatados em 2007 entre 13 de junho e 21 de dezembro, durante este tempo foram realizados no total 3.698 procedimentos. De um total de 1.682 procedimentos relacionados a confecção de um flap, 204 olhos de 141 indivíduos apresentaram ceratite lamelar difusa. Não foi observada relação direta entre a ocorrência de ceratite lamelar difusa e a presença de qualquer fator específico; no entanto, procedimentos que incluíam um novo levantamento do flap, procedimentos realizados no turno da manhã, e o não-uso de lentes de contato terapêuticas após a cirurgia foram significativamente relacionados com a ocorrência desta complicação. Conclusão: O diagrama de Ishikawa é uma ferramenta de visualização e organização do conhecimento. Essa sistematização permitiu aos investigadores pesquisar todas as possíveis causas do surto de ceratite lamelar difusa. Uma visão clara de toda a logística cirúrgica permitiu a gestão mais rígida dos principais fatores envolvidos no processo. A análise de caso-controle em relação a cada fatores levantados pelo diagrama indicou que fatores sempre suspeitos, tais como: contaminação do biofilme da água do reservatório das autoclaves, sistema de filtro de ar-condicionado, pó de luva, óleo de motor do microcerátomo e marcador violeta de genciana, não foram relacionados com o surto.
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Arquivos Brasileiros De Oftalmologia. Sao Paulo, v. 80, n. 5, p. 281-284, 2017.
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