Freqüência de estenose de artéria renal em 676 transplantes renais

Data
1998-09-01
Tipo
Artigo
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Resumo
Kidney transplantation is the permanent and safe treatment for patients with chronic renal failure, although surgical treatment is susceptible both to urological and many vascular complications, and post-transplantation, renal artery stenosis being the most important. OBJECTIVE: To verify the incidence of renal artery stenosis of 676 patients submitted to renal transplants, from living and cadaver donors, in the period of February of 1985 to December of 1994, when compared the end-to-end and end-to-side anastomosis with the external iliac artery of the recipient. METHODS: The data shown were obtained from charts of 676 patients submitted to renal transplants performed by the same surgery staff at the Hospital São Paulo -- Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) -- Escola Paulista de Medicina, between 1985 and 1994. RESULTS: Eleven cases (1.63%) of post-transplantation renal artery stenosis were found. CONCLUSION: 1) Frequency of post-transplantation renal artery stenosis was low and observed only in recipients of cadavers donors. 2) Frequency of post-transplantation renal artery stenosis with end-to-end artery anastomosis did not significantly differ from end-to-side anastomosis. 3) Age, sex and ethnic groups of patients did not interfere in the frequency of renal artery stenosis.
O transplante renal é um tratamento seguro e efetivo para os pacientes portadores de falência renal e em regime de diálise. Apesar de bem padronizada, a cirurgia pode apresentar complicações urológicas, clínicas e vasculares, sendo a estenose de artéria renal a complicação vascular mais comum. OBJETIVO: Verificar a freqüência de estenose de artéria renal nos pacientes submetidos a transplante renal, no período de fevereiro de 1985 a dezembro de 1994, na Unidade de Transplante Renal do Hospital São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) -- UNIFESP -- Escola Paulista de Medicina, compararando-se as anastomoses arteriais término-terminal e término-lateral. CASUÍSTICA E MÉTODO: Foram analisados, retrospectivamente, 676 prontuários de pacientes submetidos a transplante renal, com idade mediana de 34 anos. O teste exato de Fischer foi aplicado para comparar os grupos etários, étnicos e sexo em relação a presença de estenose, sendo calculado os limites inferior e superior para a porcentagem de casos com estenose. RESULTADOS: A estenose de artéria renal foi encontrada em 11 pacientes (1,63%). Destes, 0,74% foram submetidos a anastomose arterial término-terminal e 0,89% término-lateral. Todos os casos ocorreram em transplantes realizados com rim de doador cadáver. CONCLUSÃO: A freqüência de estenose de artéria renal foi baixa, verificada apenas em receptores de rins de doador cadáver, não diferindo de modo significante em relação ao tipo de anastomose realizada, e não sofrendo interferência quanto à idade, ao sexo e ao grupo étnico dos pacientes transplantados.
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Revista da Associação Médica Brasileira. Associação Médica Brasileira, v. 44, n. 3, p. 210-213, 1998.
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