Continuing medical education in Brazil: what about obstetricians and gynecologists?

Data
2005-01-01
Tipo
Artigo
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Resumo
CONTEXT: In Brazil, obstetricians and gynecologists are not required to submit to periodical evaluations to ascertain their professional competence in dealing with new concepts and therapies. OBJECTIVES: To evaluate the performance of a group of obstetricians and gynecologists on a written evidence-based obstetrics test and determine their opinions and use of systematic reviews. TYPE OF STUDY: Prospective cohort. SETTING: Brazilian Obstetrics and Gynecology Congress 2001. METHODS: 230 doctors agreed to participate in the study during a national obstetrics and gynecology congress. Participants took an individual anonymous written multiple-choice test with seven questions on clinical obstetrics, one question on the interpretation of a meta-analysis graph and two questions on their opinions and actual use of systematic reviews. Scores were analyzed and compared after grouping the participants according to year of graduation, residence training, doctoral program and faculty status. RESULTS: The general average score was 49.2 ± 17.4. The scores tended to decline as the years since graduation advanced. Doctors who graduated in the last five years had higher scores than those who graduated over 25 years ago (52.2 versus 42.9). The performance did not vary according to medical residence, postgraduate program or teaching status. While 98.2% considered systematic reviews relevant, only 54.9% said that they routinely used this source of information. DISCUSSION: The participants' average score was low, even though they were highly qualified and trained. Despite the limitations of the study, the results are worrisome. If motivated physicians participating in a national congress obtained such low scores, we can speculate that the results might be even worse among other doctors that do not attend these events. CONCLUSIONS: These findings suggest that Brazilian obstetricians and gynecologists could benefit from continuing medical education and raise questions about the recycling methods currently available.
CONTEXTO: A educação médica continuada definida de forma genérica como todas as formas pelas quais os médicos aprendem após a sua formação, é um assunto de interesse tanto dos médicos como dos pacientes em geral. No Brasil, os tocoginecologistas não são obrigados a se submeter a exames periódicos para certificar sua competência e atualização profissional, o que torna a educação médica continuada sujeita à de consciência pessoal. OBJETIVOS: Avaliar o desempenho de um grupo de tocoginecologistas em um teste escrito com perguntas sobre obstetrícia baseada em evidências e determinar sua opinião e uso regular de revisões sistemáticas. TIPO DE ESTUDO: Prospectivo de coorte. LOCAL DO ESTUDO: Congresso Brasileiro de Obstetrícia e Ginecologia 2001, em São Paulo. MÉTODOS: 230 médicos participaram voluntariamente do estudo durante o Congresso. Todos preencheram um questionário escrito, anônimo, individual com sete perguntas de múltipla escolha sobre condutas obstétricas clínicas baseadas em evidência, uma pergunta sobre interpretação de um gráfico de metanálise e duas perguntas sobre opinião e uso de revisões sistemáticas. Foi calculada a porcentagem de acerto de todos os participantes nas perguntas de múltipla escolha. Os resultados foram também analisados conforme o tempo de formado, residência, pós-graduação e docência. RESULTADOS: A média geral foi 49,2 + 17,4. As notas tenderam a cair com o tempo decorrido desde a formatura. Os médicos formados nos últimos cinco anos tiveram notas maiores que aqueles formados há mais de 25 anos (52,2 versus 42,9). O desempenho não variou significativamente conforme ter ou não residência, pós-graduação ou ser docente. Enquanto 98,2% consideravam as revisões sistemáticas relevantes, apenas 54,9% apontou o uso regular dessa fonte de informação médica. DISCUSSÃO: A nota média dos participantes foi baixa, apesar de sua boa formação e qualificação. Apesar das limitações deste estudo, os resultados são preocupantes. Se médicos motivados que participavam de um congresso nacional tiveram notas tão baixas, podemos especular que os resultados seriam ainda piores entre outros colegas que não participam desses eventos. CONCLUSÃO: Esses achados sugerem que os tocoginecologistas brasileiros poderiam se beneficiar com educação médica continuada e levanta questões acerca das formas atuais de reciclagem médica.
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Citação
São Paulo Medical Journal. Associação Paulista de Medicina - APM, v. 123, n. 1, p. 5-10, 2005.
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