Aspectos evolutivos de pacientes hemofílicos infectados pelo vírus da hepatite C
dc.audience.educationlevel | Doutorado | |
dc.contributor.advisor | Ferraz, Maria Lucia Cardoso Gomes [UNIFESP] | |
dc.contributor.author | Bastos, Dauana Arruda De Oliveira [UNIFESP] | |
dc.contributor.institution | Universidade Federal de São Paulo | pt |
dc.date.accessioned | 2022-07-21T16:47:37Z | |
dc.date.available | 2022-07-21T16:47:37Z | |
dc.date.issued | 2020-12-10 | |
dc.description.abstract | Introduction: The improvement in the treatment of hemophilia from the 90's, as well as the advent of interferon-free therapy against the hepatitis C virus (HCV) for infected patients, enabled a better evolution of these special group of patients. However, the impact of hemophilia on the progression of liver fibrosis is still not completely understood. Objectives: To evaluate the progression of liver fibrosis in hemophiliac patients with HCV using non-invasive methods, in viremic (HCV-RNA positive) and non-viremic (HCV-RNA negative) patients, after ten years of follow-up. Casuistic and Method: Retrospective cohort study of hemophiliac patients with HCV followed since 2007 in a single tertiary Hematology center and reassessed 10 years later (2017/2018), in relation to biochemical tests, hepatic fibrosis (APRI, FIB-4 and transient hepatic elastography by Fibroscan ® - EHT), performance and response to antiviral therapy and outcome. The comparative statistical analysis was performed using the Wilcoxon test and the global survival curve was constructed using the Kaplan-Meier method. Results: The group of 66 patients evaluated in 2007 were men, with a median age of 31.5 years and 58 patients (87.9%) with hemophilia A. In the year 2017/2018, 42 (63.7%) patients were on medical follow-up and composed the revaluation sample. Antiviral therapy was performed in 33/42 patients and 30 (90.9%) reached SVR; thus, 30 and 12 patients (3 without SVR and 9 untreated) were non-viremic and viremic in the reassessment, respectively. There was a significant reduction in aminotransferases among the 30 non-viremic patients: AST (median 0.71 and 0.50, p <0.001), ALT (median 0.63 and 0.53, p = 0.026) and GGT (median 0.82 and 0.60, p = 0.004), between 2007 and 2017/2018, respectively. Also the APRI values showed a significant reduction (median of 0.36 and 0.20 in the two periods, p <0.001) only in the group without viremia. In relation to FIB-4, the values remained stable among patients with HCVRNA negative, and there was progression only among those with HCVRNA positive. Regarding the analysis of fibrosis by EHT, 8/33 treated patients (7 with SVR) performed it in the pre and post-treatment periods. There was a significant reduction in liver stiffness values in the post-treatment period (median from 7.9 kPa to 3.2 kPa, p = 0.018) among non-viremic patients. For the remaining 25/33 patients, the analysis of fibrosis by EHT was performed on a single occasion, and when done before treatment or in untreated patients, it showed few patients with advanced degrees of fibrosis. Regarding the outcome, the average cumulative overall survival of the 66 patients in the study, since the diagnosis of HCV infection, was 23.02 years (95% CI 24.49; 27.53). Conclusions: The results suggest a slower progression and a more benign evolution of hepatic fibrosis among hemophilics, with a different prognosis in relation to non-hemophiliac patients.Antiviral therapy against HCV showed an elevated response rate, similar to the general population. | en |
dc.description.abstract | Introdução: A melhoria do tratamento das hemofilias a partir da década de 90, bem como o advento da terapia antiviral livre de interferon contra o vírus da hepatite (HCV) para os pacientes infectados, possibilitaram melhor evolução desse grupo especial de pacientes. Entretanto, o impacto da hemofilia sobre a progressão da fibrose na hepatite C ainda não está completamente esclarecido. Objetivos: Avaliar a progressão da fibrose hepática em pacientes hemofílicos com HCV por meio de métodos não invasivos, em pacientes virêmicos (HCV-RNA positivo) e não virêmicos (HCV-RNA negativo), após dez anos de seguimento. Casuística e Método: Estudo de coorte retrospectiva de pacientes hemofílicos com HCV acompanhados desde 2007 em um único centro terciário de Hematologia e reavaliados 10 anos após (2017/2018), em relação a testes bioquímicos, fibrose hepática (APRI, FIB-4 e elastografia hepática transitória por Fibroscan® - EHT), realização e resposta à terapia antiviral e desfecho. A análise estatística comparativa foi feita pelo teste de Wilcoxon e a curva de sobrevida global construída pelo método Kaplan-Meier. Resultados: Os 66 pacientes avaliados em 2007 eram homens, com mediana de idade 31,5 anos e 58 (87,9%) portadores de hemofilia A. No ano de 2017/2018, 42 (63,7%) pacientes mantinham seguimento médico e compuseram a amostra de reavaliação. Terapia antiviral foi realizada em 33/42 pacientes e 30 (90,9%) atingiram RVS; assim, encontravam-se não virêmicos e virêmicos na reavaliação, respectivamente, 30 e 12 pacientes (3 sem RVS e 9 não tratados). Houve redução significativa das aminotransferases entre os 30 pacientes com RVS: AST (mediana 0,71 e 0,50, p < 0,001), ALT (mediana 0,63 e 0,53, p = 0,026) e GGT (mediana 0,82 e 0,60, p = 0,004), entre 2007 e 2017/2018, respectivamente. Também os valores de APRI apresentaram redução significativa (mediana de 0,36 e 0,20 nos dois períodos, p < 0,001), porém apenas no grupo sem viremia. Quanto ao FIB-4, os valores se mantiveram estáveis entre os pacientes com HCVRNA negativo, e houve progressão apenas entre aqueles com HCVRNA positivo. Quanto à análise de fibrose por EHT, 8/33 pacientes tratados (7 com RVS) realizaram EHT nos períodos pré e pós-tratamento. Houve redução significativa dos valores de rigidez hepática no período pós-tratamento (mediana de 7,9 kPa para 3,2 kPa, p = 0,018) entre os não virêmicos. Para os demais 25/33 pacientes, a análise de fibrose por EHT foi realizada em uma única ocasião, e quando feita antes do tratamento ou em não tratados, mostrou graus pouco avançados de fibrose. Quanto ao desfecho, a sobrevida cumulativa global média dos 66 pacientes do estudo, desde o diagnóstico da infecção pelo HCV, foi 23,02 anos (IC 95% 24,49; 27,53). Conclusões: Os resultados encontrados sugerem uma progressão mais lenta e evolução mais benigna de fibrose hepática na população de hemofílicos, com melhor prognóstico em relação aos pacientes não hemofílicos. A terapia antiviral contra HCV apresentou elevada taxa de resposta, semelhante à população geral. | pt |
dc.description.source | Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2020) | |
dc.format.extent | 104 p. | |
dc.identifier | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9926447 | |
dc.identifier.uri | https://hdl.handle.net/11600/64496 | |
dc.language.iso | por | |
dc.publisher | Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) | |
dc.rights | info:eu-repo/semantics/restrictedAccess | |
dc.subject | Hepatitis C | en |
dc.subject | Hemophilia | en |
dc.subject | Liver Fibrosis | en |
dc.subject | THE PRI | en |
dc.subject | Transient Hepatic Elastography | en |
dc.subject | Sustained Virological Response | en |
dc.subject | Hepatite C | pt |
dc.subject | Hemofilia | pt |
dc.subject | Fibrose Hepática | pt |
dc.subject | APRI | pt |
dc.subject | Elastografia Hepática Transitória | pt |
dc.subject | Resposta Virológica Sustentada | pt |
dc.title | Aspectos evolutivos de pacientes hemofílicos infectados pelo vírus da hepatite C | pt |
dc.type | info:eu-repo/semantics/doctoralThesis | |
unifesp.campus | São Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM) | pt |
unifesp.graduateProgram | Gastroenterologia | pt |
unifesp.knowledgeArea | Hepatologia | pt |
unifesp.researchArea | Hepatologia Clínica | pt |