O Sniper Americano: o papel do cinema dos Estados Unidos na legitimação da guerra ao terror no Oriente Médio

Data
2024
Tipo
Trabalho de conclusão de curso
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Resumo
Este artigo tem o objetivo de evidenciar a disseminação do cinema de guerra como ferramenta de poder para projeção e controle do cenário internacional pelos Estados Unidos, tomando como fonte a análise da obra “American Sniper” de Clint Eastwood e seus impactos na guerra ao terror. Nesse cenário, trata-se o cinema como ferramenta cultural que dialoga e massifica as posições do entretenimento mundial ao uso militar e político, se aproveitando essencialmente das identidades patrióticas dos indivíduos para moldar a construção imaginativa de seu povo e, especialmente, de outros povos. O presente trabalho busca identificar a construção histórica do American Way of Life também nas artes e cultura como fator fundamental do Soft Power americano; mais além do consumismo excessivo, que é base fundamental dessa ideologia como forma de progresso, o texto evidencia como a dominância cultural e a propagação desse modo de vida é importante na construção de poder econômico e militar para os EUA, sobretudo na justificativa das guerras perpetradas ao longo do último século pelos americanos. Por meio de análise fílmica do longa American Sniper (história bibliográfica do maior atirador de elite da história do exército americano), o texto se debruça sobre a narrativa que compõe as ações do protagonista e o heroísmo representado por este em uma guerra traçada contra todo um povo, que passa a ser vilanizado e generalizado na ideia de um islamismo terrorista e sanguinário. Assim, por meio da bibliografia listada, argumenta-se que tal perspectiva construída sobre essa população médio-oriental é parte de uma narrativa ocidental que, desde o modo de vida americano até o cinema de guerra, passa pela indústria cultural como fonte de dominância e poder, subjugando sociedades e elencando como valores universais os valores americanos.
This article aims to highlight the dissemination of war cinema as a tool of power for the projection and control of the international scenario by the United States, using the analysis of Clint Eastwood's work “American Sniper” and its impacts on the war on terror as a source. In this context, cinema is treated as a cultural tool that dialogues with and popularizes the positions of global entertainment for military and political use, essentially leveraging individuals' patriotic identities to shape the imaginative construction of their people and, especially, other peoples. This work seeks to identify the historical construction of the American Way of Life in the arts and culture as a fundamental factor of American Soft Power; beyond excessive consumption, which is the fundamental basis of this ideology as a form of progress, the text highlights how cultural dominance and the propagation of this way of life are important in the construction of economic and military power for the USA, especially in justifying the wars waged by Americans over the last century. Through a filmic analysis of the movie American Sniper (a biographical story of the greatest sniper in the history of the American army), the text delves into the narrative that composes the protagonist's actions and the heroism represented by him in a war waged against an entire people, who are vilified and generalized under the idea of a terrorist and bloodthirsty Islamism. Thus, through the listed bibliography, it is argued that such a perspective constructed about this Middle Eastern population is part of a Western narrative that, from the American way of life to war cinema, goes through the cultural industry as a source of dominance and power, subjugating societies and listing American values as universal values.
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Bonaldo, Henrique Ribeiro. O Sniper Americano: o papel do cinema dos Estados Unidos na legitimação da guerra ao terror no Oriente Médio. 2024. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Relações Internacionais) - Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Política, Economia e Negócios, Osasco, 2024.
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