Adesivo biológico de fibrina na mioescleropexia posterior em coelhos: estudo experimental

Data
2004-04-01
Tipo
Artigo
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Resumo
PURPOSES: 1. To evaluate the adhesion capacity of the fibrin biological adhesive in surgery of posterior fixation of the superior rectus muscle, when it is used for the reduction of the arc of contact. 2. To compare the reduction of the superior rectus muscle's action of eyes in which the biological adhesive has been used with those used as a control group. METHODS: The sample consisted of 30 animals, 60 eyes. One of the eyes of each animal was treated with biological adhesive (30 eyes), while the other was used as a control (30 eyes). All animals were sacrificed on the 60th postoperative day. Muscle reduction was analyzed and the sizes of the adherences produced at surgery and after 60 days were measured. RESULTS: The fibrin clot was produced immediately after applying the biological adhesive and at the end of few seconds all muscle fibers were adhered to the sclera. All muscles treated with biological adhesive showed reduction in motor function on the 60th postoperative day when compared with the control group. The sizes of the initially produced adherence compared with those after 60 days was reduced 28.48%. There was an ascending and positive but weak correlation (r=0.367204). There must exist other variables affecting adherence reduction. There was no significant inflammatory reaction or any other complication related to the surgery. CONCLUSIONS: The clinical results of motor function demonstrated that the biological adhesive of fibrin produced muscle-scleral adhesion, reducing the arc of contact of the superior rectus muscle in rabbits.
OBJETIVOS: 1. Verificar a capacidade de cola do adesivo biológico de fibrina quando utilizado para reduzir o arco de contato do músculo reto superior com a esclera de coelhos. 2. Comparar a redução da função do músculo reto superior tratado com a função do músculo reto superior contralateral, utilizado como controle. MÉTODOS: A amostra foi constituída por 30 coelhos, 60 olhos. Em cada coelho, realizou-se mioescleropexia posterior com adesivo biológico em um dos olhos (30 olhos), enquanto o outro serviu como controle (30 olhos). Todos os animais foram sacrificados após 60 dias pós-operatórios. Avaliaram-se a hipofunção muscular e o tamanho da aderência mioescleral produzida imediatamente pela cirurgia e após 60 dias. RESULTADOS: O coágulo de fibrina formou-se imediatamente à sua aplicação no músculo, e as fibras musculares apresentaram-se aderidas em poucos segundos à esclera. Todos os olhos operados com adesivo bio-lógico de fibrina demonstraram hipofunção muscular após 60 dias, quando comparada ao músculo contralateral. O tamanho do coágulo formado inicialmente, relacionado às medidas obtidas após 60 dias, demonstrou uma porcentagem de redução de 28,48% e uma correlação ascendente e positiva (r=0,367204), porém fraca, elucidando a existência de múltiplas variáveis influenciando nessa redução. Não houve sinais de hiperemia, secreção conjuntival, ou qualquer outra complicação atribuída à cirurgia, ao final de 60 dias. CONCLUSÃO: O adesivo biológico de fibrina provoca adesão músculo-escleral, encurtando o arco de contato, ocasionando a hipofunção desejada. A aplicação do adesivo facilita a mioescleropexia posterior, evitando a possibilidade de perfuração ocular.
Descrição
Citação
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Conselho Brasileiro de Oftalmologia, v. 67, n. 2, p. 289-293, 2004.
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