Atividade antimicrobiana in vitro da cefpiroma em comparação com outros beta-lactâmicos de amplo espectro contra 804 amostras clínicas de nove hospitais brasileiros

Nenhuma Miniatura disponível
Data
1998-12-01
Autores
Sader, Helio Silva [UNIFESP]
Mendes, Caio Márcio Figueredo
Montelli, Augusto
Sampaio, Jorge
Segura, Adilia J A
Kesselring, Gustavo L F [UNIFESP]
Costa, Libera
Ribeiro, José E F [UNIFESP]
Mamizuka, Elza
Mimiça, Igor
Orientadores
Tipo
Artigo
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
OBJECTIVE: To evaluate the in vitro activity of the fourth-generation cephalosporin cefpirome in comparison to that of ceftazidime, ceftriaxone, cefotaxime and imipenem in a multicenter study involving nine hospitals from six cities (four States). MATERIAL AND METHOD: A total of 804 isolates from patients hospitalized in either intensive care units or Oncology/Hematology units was evaluated. The isolates were collected between June and November of 1995, i.e. before cefpirome became commercially available in Brazil, and susceptibility tested by broth microdilution following the NCCLS procedures. All isolates resistant to cefpirome were retested by E-test. RESULTS: Against Enterobacteriaceae (n=344), cefpirome demonstrated an activity 2 to 32-fold higher than that of the third-generation cephalosporins (TGCs) and similar to that of imipenem. The percentages of Enterobacteriaceae susceptible were: 88%, 69% and 96% for cefpirome, TGCs and imipenem, respectively. The cefpirome spectrum was greater or equal than that of imipenem against Citrobacter freundii, Enterobacter aerogenes, Morganella morganii and Serratia marcescens. Against Acinetobacter sp. (n=77), cefpirome was slightly more active than ceftazidime; however, the percentages of isolates resistant to these compounds were high (84% and 88%, respectively). The activities of cefpirome, ceftazidime and imipenem were very similar against P. aeruginosa isolates (n=128), with MIC50(mg/ml)/percent susceptible of 8/59%, 8/62% and 4/62% respectively. Against aerobic gram-positive bacteria, the cefpirome activity was 4 to 16-fold higher than that of TGCs but 2 to 8-fold lower than that of imipenem. CONCLUSION: The results suggest that, in Brazil, cefpirome has a spectrum of activity which is higher than that of the TGCs against aerobic gram-negative (Enterobacteriaceae and non-Enterobacteriaceae) and gram-positive bacteria and similar to that of imipenem against some Enterobacteriaceae species and P. aeruginosa.
OBJETIVO: Avaliar a atividade in vitro da cefalosporina de quarta geração, cefpiroma em comparação com ceftazidima, ceftriaxona, cefotaxima e imipenem em um estudo multicêntrico envolvendo nove hospitais de seis cidades em quatro estados. MATERIAL E MÉTODOS: Foram estudadas 804 amostras clínicas isoladas em pacientes internados em unidades de terapia intensiva ou unidades de oncohematologia. As amostras foram coletadas no período de junho a novembro de 1995, isto é, antes da cefpiroma estar disponível comercialmente no Brasil, e testadas através do método de microdiluição em placas conforme descrito pelo National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS). Todas as amostras resistentes à cefpiroma foram retestadas utilizando-se o E-test. RESULTADOS: Contra as amostras de enterobactérias (n= 344), a cefpiroma apresentou atividade de 2 a 32 vezes superior àquela apresentada pelas cefalosporinas de terceira geração (CTGs) e semelhante àquela apresentada pelo imipenem. As porcentagens de enterobactérias sensíveis foram: 88% para a cefpiroma, 69% para as CTGs e 96% para o imipenem. O espectro de ação da cefpiroma foi maior ou igual ao do imipenem contra as espécies Citrobacter freundii, E. aerogenes, Morganella morganii e Serratia marcescens. Contra Acinetobacter sp. (n=77), a cefpiroma foi ligeiramente mais ativa que a ceftazidima, porém as porcentagens de resistência foram muito altas para esses compostos (84% e 88% respectivamente). As atividades da cefpiroma, ceftazidima e imipenem foram semelhantes contra Pseudomonas aeruginosa (n=128), com MIC50/porcentagem de sensibilidade de 8/59%, 8/62% e 4/62% respectivamente. Contra bactérias aeróbias gram-positivas, a cefpiroma foi de 4 a 16 vezes mais ativa que as CTGs. Contra S. epidermidis e outras espécies de estafilococos coagulase-negativos a cefpiroma foi ligeiramente superior ao imipenem, porém, contra as outras espécies de bactérias gram-positivas avaliadas, o imipenem apresentou atividade um pouco superior. CONCLUSÃO: Os resultados desse estudo sugerem que, no Brasil, a cefpiroma apresenta espectro de ação superior ao das CTGs contra bactérias gram-negativas (Enterobacteriaceae e não-fermentadares) e gram-positivas e semelhante ao do imipenem contra algumas espécies de enterobactérias e contra P. aeruginosa.
Descrição
Citação
Revista da Associação Médica Brasileira. Associação Médica Brasileira, v. 44, n. 4, p. 283-288, 1998.