O cinema contra-hegemônico norte-americano de 1979 a 1991: características do cinema norte-americano anti-guerra da segunda guerra-fria ao colapso da União Soviética

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Data
2022-07-25
Autores
Carvalho, Giovana Santos [UNIFESP]
Orientadores
Zagni, Rodrigo Medina [UNIFESP]
Tipo
Trabalho de conclusão de curso de graduação
Título da Revista
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Resumo
Este trabalho buscou identificar as principais características de filmes norte-americanos produzidos da Segunda Guerra Fria (1979) ao colapso da União Soviética (1991) qualificados como filmes anti-guerra, ou contra-hegemônicos, procurando entender como essas produções se opunham ao modelo militarizado e beligerante estadunidense de gestão da Política Externa. Com base na teoria de hegemonia em Gramsci, levando em consideração o papel do consenso e da liderança na ascensão de hegemonias no capitalismo, foi possível observar como a indústria do entretenimento se adequa ao modelo capitalista de produção, e como o controle das mentalidades das massas se torna ainda mais estratégico no contexto de dicotomia que se instaurou na Guerra Fria. O período representou uma disputa não apenas pelo poder político-econômico do mundo pós Segunda Guerra Mundial: a potência vencedora seria responsável por moldar as estruturas da ordem mundial. Dada a impossibilidade de um embate direto entre as duas potências devido à ameaça de destruição mútua, o que se vê é uma guerra de ideias, na qual é preciso, através da narrativa, convencer o resto do mundo que seu modelo de sociedade era mais viável e representava o bem geral. Nesse contexto, produções cinematográficas extravagantes chamavam atenção para o que seriam bons atributos do mundo ocidental capitalista liderado pelos Estados Unidos. Na contramão dessa tendência, surgem produções cinematográficas críticas a esse movimento, questionando a necessidade da guerra e a legitimidade dos Estados Unidos. Aqui, analisamos Apocalypse Now (1979), Platoon (1986) e Nascido Para Matar (1987), que tiveram grande impacto e demonstram fragmentações no consenso interno norte-americano
This assignment sought to identify the main characteristics of North American films produced from the Second Cold War (1979) to the collapse of the Soviet Union (1991) qualified as anti-war films, or counter-hegemonic, trying to understand how these productions opposed the militarized model and belligerent US foreign policy management. Based on Gramsci's theory of hegemony, taking into account the role of consensus and leadership in the rise of hegemonies in capitalism, it was possible to observe how the entertainment industry fits the capitalist model of production, and how the control of mass mentalities becomes even more strategic in the context of the dichotomy that was established in the Cold War. The period represented a dispute not only for the political and economic power of the post World War II world: the winning power would be responsible for shaping the structures of the world order. Given the impossibility of a direct clash between the two powers due to the threat of mutual destruction, what is seen is a war of ideas, in which it is necessary, through the narrative, to convince the rest of the world that their model of society was more viable. and represented the general good. In this context, extravagant film productions drew attention to what would be good attributes of the western capitalist world led by the United States. Against this trend, film productions that criticize this movement appear, questioning the need for war and the legitimacy of the United States. Here, we analyze Apocalypse Now (1979), Platoon (1986) and Born to Kill (1987), which had a great impact and demonstrate fragmentations in the internal American consensus.
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Citação
CARVALHO, Giovana Santos. O cinema contra-hegemônico norte-americano de 1979 a 1991: características do cinema norte-americano anti-guerra da segunda guerra-fria ao colapso da União Soviética. 2023. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Relações Internacionais) - Universidade Federal de São Paulo, Escola Paulista de Política, Economia e Negócios, Osasco, 2022.