Recobrimento de scaffolds biocerâmicos com nanopartículas de ação antibacteriana

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Data
2022-05-31
Autores
Macedo, Erenilda [UNIFESP]
Orientadores
Tada, Dayane Batista [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
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Resumo
Uma importante área da Engenharia de materiais é o desenvolvimento de biomateriais aplicados a área da saúde. Um biomaterial que vem sendo muito estudado é o scaffolds, estrutura tridimensional semelhante ao tecido ósseo natural, cuja função é auxiliar esse tecido a se regenerar em caso de fraturas. O interesse na área se dá principalmente pela grande quantidade de casos de fraturas ósseas causadas por acidentes e fraturas patológicas como a osteoporose. O desenvolvimento dos scaffolds tem sido focado não apenas no reparo das fraturas, mas também em problemas associados a infecções causadas por agentes infecciosos ao tecido ósseo, que são recorrentes, seja por contato direto ou pela corrente sanguínea, como a osteomielite. Estudou-se scaffolds de vitrocerâmicas derivados de biovidro 45S5 e de cimento de wollastonita com 1% de NCC, ambos, com boas propriedades de interação com os tecidos vivos, como já relatados na literatura, recobertos com NPs de propriedades antibacterianas. O objetivo foi obter um scaffold promissor para recuperação de tecidos ósseos, sendo biocompatível, bioativo e biodegradável, favorecendo a regeneração do tecido e evitando doenças infecciosas como a osteomielite. As NPs foram estudadas quanto à biocompatibilidade, bioatividade e ação antimicrobiana. Os scaffolds de vitrocerâmicas foram produzidos pelo método de gelcasting e impressão 3D, os scaffolds de cimento de wollastonita por sol-gel e foram caracterizados por DRX, MEV, densidade, porosidade, bioatividade e ação antimicrobiana. Os scaffolds de vitrocerâmicas foram citotóxicos para o crescimento celular, porém demonstraram excelente atividade antimicrobiana. As CuO B NPs, apresentaram boa inibição no crescimento de bactérias e foram selecionadas para recobrir o scaffold de cimento de wollastonita que inicialmente apresentou inibição do crescimento celular, porém, após um período de 4 dias às células começaram a se aderir e crescer no material. Esse resultado é interessante para a aplicação do material em regeneração tecidual, pois indica que nos primeiros dias em contato com o meio biológico pode haver a inibição de crescimento de E. coli e S. aureus, o que evitaria complicações pós-cirúrgicas, e em seguida, seria iniciada a fase de regeneração do tecido.
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