Avaliação dos efeitos do fator de crescimento epidérmico (EGF) associado a terapia de fotobiomodulação a LED no reparo tecidual em modelo experimental de feridas cutâneas em ratos
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Data
2020-08-28
Autores
Costa, Marcia Busanello [UNIFESP]
Orientadores
Garcia, Livia Assis [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Resumo
Epidermal Growth Factor (EGF) and LED light therapy have been highlighted as promissory treatments for skin repair, however their mechanisms of their association have not yet been clarified. The aim of this study was to compare the effects of combined treatment with Epidermal Growth factor (EGF) and red light-emitting diode (LED) on the wound healing processes in rats. Forty male Wistar rats were randomly divided into 4 groups: control group (CG) wounds without treatment; wounds submitted to EGF treatment (EGF); wounds submitted to LED treatment (LED); wounds submitted to EGF associated with LED treatments (EGF/PBM). Treatments were starting immediately after the surgery and they were performed 8 consecutive days. Moreover, LED was performed before EGF treatment at a single point in the center of the wound. Morphological characteristics and the immunoexpression of wound healing markers were evaluated. The results demonstrated that EGF/LED group presented a higher wound healing index. Additionally, all experimental groups presented similar findings in the histological evaluation, the degree of inflammation and area of dermis-like tissue. However, for EGF treated animals (with or without LED) neoepithelial length was higher. Furthermore, all the treated groups decreased COX-2 and increased VEGF imunoexpression and only EGF/LED group enhanced the TGF-β protein expression compared to CG. This study showed that EGF and LED modulate inflammatory process and increase the vascularity. However, the associated treatments showed a more evident positive effect for increasing TGFβ expression and may be promising resources in the clinical treatment of cutaneous wounds.
Ferida cutânea pode ser definida como a perda da continuidade do tegumento e devido a alta incidência de cronicidade da mesma, gera significativo impacto clínico e socioeconômico ao sistema de saúde. O Fator de Crescimento Epidérmico (EGF) e a terapia de fotobiomodulação (PBMT) a Diodo Emissor de Luz (LED) são frequentemente utilizados como estratégias terapêuticas promissoras para o reparo da pele, entretanto seus mecanismos de ação ainda não estão bem elucidados. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do EGF associado à PBMT a LED sobre o reparo tecidual em modelo de feridas cutâneas em ratos. Foram utilizados 40 ratos Wistar, machos, divididos em 4 grupos: controle ferida (C); ferida e tratamento com EGF tópico (EGF); ferida e tratamento com PBMT a LED (PBM); ferida e tratamento associando o EGF e PBMT (EGF + PBM). Para o tratamento foi utilizado sérum EGF (concentração 3%, volume de 50 μL) na região central da ferida. Para a PBMT a LED, foi utilizado equipamento (Lummer, marca Tonederm®; contínuo; λ = 660 nm; P = 100 mW; área do feixe = 0,5 cm²; t = 30 s; D = 3 J/cm²; E = 4 J; irradiância = 0,2 mW/cm²) aplicados em um ponto central da ferida. Os tratamentos se iniciaram imediatamente após a cirurgia, com intervalos de 24 horas, totalizando 8 sessões. Ressalta-se que a PBMT a LED foi realizado antes da aplicação tópica do EGF, em um único ponto no centro da ferida. Para avaliação e comparação dos efeitos dos tratamentos foram realizadas análises macroscópicas, histológica, e morfométrica das feridas e imunoexpressão de ciclooxigenase tipo 2 (COX-2), fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e o fator de crescimento transformador do tipo beta (TGF-β). Os resultados demostraram que o grupo EGF + PBM apresentou o maior índice de cicatrização da ferida. Com relação aos achados morfológicos, todos os grupos experimentais apresentaram resultados similares nos critérios de grau de inflamação, aumento do número de fibroblastos, deposição de colágeno, formação de novos vasos sanguíneos e na área do tecido semelhante à derme. Os grupos EGF e EGF + PBM evidenciaram os maiores valores de comprimento de neoepitélio. Além disso, todos os grupos tratados apresentaram redução da imunoexpressão de COX-2 e um aumento imunoexpressão de VEGF e apenas o grupo EGF + PBM apresentou um aumento da imunoexpressão de TGF-β em comparação com o C. Assim, podemos concluir que o EGF, PBMT a LED e suas associações foram eficazes na modulação do processo inflamatório e estimulação do fator relacionado à formação de novos vasos sanguíneos. Além disso, a associação do EGF com a PBMT a LED promoveu efeito positivo mais evidente por aumentar a expressão de fatores que otimizaram o reparo da ferida, podendo ser um recurso promissor no tratamento clínico de feridas cutâneas.
Ferida cutânea pode ser definida como a perda da continuidade do tegumento e devido a alta incidência de cronicidade da mesma, gera significativo impacto clínico e socioeconômico ao sistema de saúde. O Fator de Crescimento Epidérmico (EGF) e a terapia de fotobiomodulação (PBMT) a Diodo Emissor de Luz (LED) são frequentemente utilizados como estratégias terapêuticas promissoras para o reparo da pele, entretanto seus mecanismos de ação ainda não estão bem elucidados. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do EGF associado à PBMT a LED sobre o reparo tecidual em modelo de feridas cutâneas em ratos. Foram utilizados 40 ratos Wistar, machos, divididos em 4 grupos: controle ferida (C); ferida e tratamento com EGF tópico (EGF); ferida e tratamento com PBMT a LED (PBM); ferida e tratamento associando o EGF e PBMT (EGF + PBM). Para o tratamento foi utilizado sérum EGF (concentração 3%, volume de 50 μL) na região central da ferida. Para a PBMT a LED, foi utilizado equipamento (Lummer, marca Tonederm®; contínuo; λ = 660 nm; P = 100 mW; área do feixe = 0,5 cm²; t = 30 s; D = 3 J/cm²; E = 4 J; irradiância = 0,2 mW/cm²) aplicados em um ponto central da ferida. Os tratamentos se iniciaram imediatamente após a cirurgia, com intervalos de 24 horas, totalizando 8 sessões. Ressalta-se que a PBMT a LED foi realizado antes da aplicação tópica do EGF, em um único ponto no centro da ferida. Para avaliação e comparação dos efeitos dos tratamentos foram realizadas análises macroscópicas, histológica, e morfométrica das feridas e imunoexpressão de ciclooxigenase tipo 2 (COX-2), fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e o fator de crescimento transformador do tipo beta (TGF-β). Os resultados demostraram que o grupo EGF + PBM apresentou o maior índice de cicatrização da ferida. Com relação aos achados morfológicos, todos os grupos experimentais apresentaram resultados similares nos critérios de grau de inflamação, aumento do número de fibroblastos, deposição de colágeno, formação de novos vasos sanguíneos e na área do tecido semelhante à derme. Os grupos EGF e EGF + PBM evidenciaram os maiores valores de comprimento de neoepitélio. Além disso, todos os grupos tratados apresentaram redução da imunoexpressão de COX-2 e um aumento imunoexpressão de VEGF e apenas o grupo EGF + PBM apresentou um aumento da imunoexpressão de TGF-β em comparação com o C. Assim, podemos concluir que o EGF, PBMT a LED e suas associações foram eficazes na modulação do processo inflamatório e estimulação do fator relacionado à formação de novos vasos sanguíneos. Além disso, a associação do EGF com a PBMT a LED promoveu efeito positivo mais evidente por aumentar a expressão de fatores que otimizaram o reparo da ferida, podendo ser um recurso promissor no tratamento clínico de feridas cutâneas.