Análise do índice esplênico como preditor de sangramento e recidiva varicosa no seguimento tardio de pacientes esquistossomóticos após tratamento endoscópico exclusivo

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Data
2019-09-26
Autores
Borgheresi, Alexandre [UNIFESP]
Orientadores
Colleoni Neto, Ramiro [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado profissional
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Resumo
Introduction: Endoscopic treatment for esophageal varices has been used as the main intervention in patients with portal hypertension secondary to schistosomiasis, but with significant rates of recurrence of esophageal varices and rebleeding. The long-term results of exclusive endoscopic treatment are poorly studied as the relationship of the splenic dimensions in this context. Objective: To identify, through ultrasonography, cut-off values for splenic index and longitudinal (craniocaudal) dimension of the spleen as predictors of rebleeding and varicose recurrence in late follow up of nonoperated schistosomiasis patients, after endoscopic eradication of esophageal varices. Methodology: Retrospective observational study by analysis of medical records of patients diagnosed with hepatosplenic schistosomiasis. The ROC Curve was used to determine the best cutoff point for the mean splenic index as predictor of recurrence and bleeding. Statistical analysis was performed in the SAS 9.1 program, and a significance level of 5% was adopted. Results: A follow-up of 54 patients was analyzed during the period from 2002 to 2018. Mean follow-up time was 8 years regarding abdomen doppler ultrasonography, endoscopic exams and laboratory tests. The splenic index proved to be a sensitive test in values above 144 as a predictor of rebleeding. (VP-85%, AUC = 0.70, p = 0.044). In the analysis of the longitudinal dimension, the value above 20 cm showed a very specific and statistically significant test for recurrence of varices (VP + of 100%, AUC 0.71, p = 0.047) and a value above 19 cm presented as a very sensitive and statistically significant test for rebleeding (VP-100%, AUC 0.76, p = 0.008). Conclusion: Splenic index and craniocaudal dimension analysis, obtained by ultrasonography exam, can predict recurrence of varicose veins and rebleeding after exclusive endoscopic eradication, contributing to the therapeutic planning of schistosomiasis patients with portal hypertension.
Introdução: O tratamento endoscópico das varizes de esôfago tem sido empregado como a principal intervenção nos doentes com hipertensão portal secundária a esquistossomose, porém ocorrendo taxas expressivas de recidiva de varizes esofágicas e ressangramento durante o período de acompanhamento. Os resultados em longo prazo do tratamento endoscópico exclusivo foram pouco estudados assim como a possível influência das dimensões do baço neste contexto. Objetivo: Identificar através da ultrassonografia os valores de corte para índice esplênico e dimensão longitudinal (craniocaudal) do baço como fatores preditores de sangramento e recidiva varicosa em doentes esquistossomóticos, não operados, após a erradicação de varizes esofágicas pelo tratamento endoscópico e acompanhados tardiamente. Metodologia: Estudo observacional retrospectivo por análise do registro de prontuários de pacientes com diagnóstico de esquistossomose hepatoesplênica. Para determinar o melhor ponto de corte do índice esplênico médio preditor de recidiva e sangramento foi utilizada a Curva ROC. A análise estatística foi realizada no programa SAS 9.1, e foi adotado nível de significância de 5%. Resultados: Foram avaliados 54 pacientes durante o período de 2002 a 2018, sendo o tempo médio de seguimento de 8 anos, considerando os achados de ultrassonografias doopler, endoscopias e exames laboratoriais. O índice esplênico se mostrou um teste sensível em valores acima de 144 como preditor de ressangramento. ( VP- 85 % , AUC = 0,70, p = 0,044). Na análise da dimensão longitudinal, o valor acima de 20 cm, se mostrou um teste bastante específico e estatisticamente significativo para recidiva de varizes (VP+ de 100 %, AUC 0,71, p = 0,047) e o valor acima de 19 cm, foi bastante sensível e significantemente estatístico para ressangramento (VP- de 100 %, AUC 0,76, p = 0,008). Conclusão: O índice esplênico e a análise unidimensional craniocaudal do baço, obtidos pela ultrassonografia, podem prever a ocorrência de recidiva das varizes e ressangramento após a erradicação endoscópica exclusiva, colaborando para o planejamento terapêutico dos pacientes esquistossomóticos com hipertensão portal.
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