Descrição De Uma Série De Pacientes Com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico E Doença De Chagas Com Foco Nos Subtipos Etiológicos Da Classificação De Toast (Trial Of Org 10172 In Acute Stroke Treatment) E Causative Classification System For Ischemic Stroke
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Data
2017-02-23
Autores
Bezerra, Rodrigo De Paiva [UNIFESP]
Orientadores
Silva, Gisele Sampaio [UNIFESP]
Tipo
Dissertação de mestrado
Título da Revista
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Título de Volume
Resumo
INTRODUCTION: The cardioembolic strokes accounts for about a fifth of ischemic strokes. In Brazil, Chagas disease (CD) is still an endemic disease among patients and nearly half are diagnosed only after the first stroke. Cardiac involvement in CD is close to 20% and these carriers of Chagas cardiomyopathy have 60% risk of heart embolism compared to those without cardiac involvement. In addition, the presence of traditional cardiovascular risk factors increases the chances of ischemic events. However, not all patients with Chagas disease present stroke of cardioembolic etiology. Thus, determination of the etiology of the key stroke is secondary prophylaxis for the better treatment to these patients and, thus, prevent further damage brain. OBJECTIVES: To evaluate the correlation between the systems of classifications of ischemic stroke TOAST and CCS in patients with Chagas disease. METHODS: Thirty-two patients followed in the clinic of Vascular Neurology at the Federal University of São Paulo from June 2012 to March 2015 were submitted to a structured questionnaire to the traditional etiological ratings TOAST and CCS, as well as clinical and epidemiological aspects; It used the kappa statistical analysis to evaluate the correlation between the etiologic subtypes. RESULTS: Among the 32 patients (mean age 62.7 +/- 10,1anos) patients with stroke and DC, at least one risk factor was found in 93.8%, and high blood pressure (87.5%) and cardiac failure (65.6%) were the most frequent. Regarding TOAST classified as cardioembolic 87.5%, 9.4% as large artery atherosclerosis and 3.1% as undetermined etiology. Using CCS 62.5% classified as apparent cardio-embolism and 15.6% as possible, 6.3% as occlusion of small arteries and 3.1% as probable. Atherosclerosis of large vessels clear 12.5%. No patients classified as undetermined with CCS. The complete agreement between TOAST and CCS was moderate (k 0.59). Among the subtypes espefícicos agreement for atherosclerosis of large arteries was excellent (k 0.84), good for cardio-embolism (k 0.67) and zero for occlusion of small arteries. CONCLUSION: The agreement between the CCS classification systems and TOAST in patients with CD was only moderate. The use of a classification system with a xvi structured assessment based on evidence established in the literature as the CCS in patients with AD and ischemic stroke is important to target therapeutic interventions and avoid unnecessary anticoagulation in the long run.
INTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral (AVC) cardioembólico representa cerca de um quinto dos AVCs isquêmicos. No Brasil a Doença de Chagas (DC) ainda é uma doença endêmica e dentre os pacientes portadores quase metade são diagnosticados apenas após o primeiro AVC. O acometimento cardíaco na DC é próximo de 20% e esses portadores da cardiomiopatia chagásica tem risco 60% de embolia cardíaca em comparação com os sem acometimento cardíaco. Além disso, o presença de fatores de risco cardiovasculares tradicionais aumenta as chances de eventos isquêmicos. Entretanto, nem todos pacientes portadores de DC apresentam AVC de etiologia cardioembólica. Assim, a determinação da etiologia no AVC é a chave para melhor profilaxia secundária desses pacientes e, dessa maneira, evitar novos danos cerebrais. OBJETIVO: Avaliar a concordância entre os sistemas de classificações do AVC isquêmico TOAST e CCS em pacientes portadores de Doença de Chagas. MÉTODOS: Trinta e dois pacientes acompanhados no ambulatório de Neurologia Vascular da Universidade Federal de São Paulo no período de junho de 2012 a março de 2015 foram submetidos a um questionário estruturado, às classificações etiológica tradicional TOAST e ao CCS, além de aspectos clínico-epidemiológicos; foi utilizado a análise estatística kappa para avaliar a concordância entre os subtipos etiológicos. RESULTADOS: Dentre os pacientes portadores de AVC e DC (idade média 62,7+/- 10,1anos), pelo menos um fator de risco foi encontrado em 93,8%.A hipertensão arterial (87,5%) e insuficiência cardiaca (65,6%) foram mais frequentes. Em relação ao TOAST: 87,5% classificados como cardioembólicos, 9,4% como aterosclerose de grandes artérias e 3,1% como etiologia indeterminada. Utilizando CCS 62,5% classificado como cardioembolia evidente e 15,6% como possível, 6,3% como oclusão de pequenas artérias e 3,1% como provável. Aterosclerose de grande vasos evidente 12,5%. Não houve paciente classificado como indeterminado com CCS. A concordância total entre TOAST e CCS foi moderada (k 0,59). Entre os subtipos espefícicos concordância para aterosclerose de grandes artérias foi excelente (k 0,84), boa para cardioembolia (k 0,67) e zero para oclusão de pequenas artérias. CONCLUSÃO: A concordância entre os sistemas de classificação CCS e TOAST em pacientes portadores de DC foi apenas moderada. A utilização de um sistema de xiv classificação com uma avaliação estruturada com base em evidências estabelecidas na literatura como o CCS em pacientes portadores de DC e AVCI é importante para direcionar intervenções terapêuticas e evitar anticoagulação desenecessária em longo prazo.
INTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral (AVC) cardioembólico representa cerca de um quinto dos AVCs isquêmicos. No Brasil a Doença de Chagas (DC) ainda é uma doença endêmica e dentre os pacientes portadores quase metade são diagnosticados apenas após o primeiro AVC. O acometimento cardíaco na DC é próximo de 20% e esses portadores da cardiomiopatia chagásica tem risco 60% de embolia cardíaca em comparação com os sem acometimento cardíaco. Além disso, o presença de fatores de risco cardiovasculares tradicionais aumenta as chances de eventos isquêmicos. Entretanto, nem todos pacientes portadores de DC apresentam AVC de etiologia cardioembólica. Assim, a determinação da etiologia no AVC é a chave para melhor profilaxia secundária desses pacientes e, dessa maneira, evitar novos danos cerebrais. OBJETIVO: Avaliar a concordância entre os sistemas de classificações do AVC isquêmico TOAST e CCS em pacientes portadores de Doença de Chagas. MÉTODOS: Trinta e dois pacientes acompanhados no ambulatório de Neurologia Vascular da Universidade Federal de São Paulo no período de junho de 2012 a março de 2015 foram submetidos a um questionário estruturado, às classificações etiológica tradicional TOAST e ao CCS, além de aspectos clínico-epidemiológicos; foi utilizado a análise estatística kappa para avaliar a concordância entre os subtipos etiológicos. RESULTADOS: Dentre os pacientes portadores de AVC e DC (idade média 62,7+/- 10,1anos), pelo menos um fator de risco foi encontrado em 93,8%.A hipertensão arterial (87,5%) e insuficiência cardiaca (65,6%) foram mais frequentes. Em relação ao TOAST: 87,5% classificados como cardioembólicos, 9,4% como aterosclerose de grandes artérias e 3,1% como etiologia indeterminada. Utilizando CCS 62,5% classificado como cardioembolia evidente e 15,6% como possível, 6,3% como oclusão de pequenas artérias e 3,1% como provável. Aterosclerose de grande vasos evidente 12,5%. Não houve paciente classificado como indeterminado com CCS. A concordância total entre TOAST e CCS foi moderada (k 0,59). Entre os subtipos espefícicos concordância para aterosclerose de grandes artérias foi excelente (k 0,84), boa para cardioembolia (k 0,67) e zero para oclusão de pequenas artérias. CONCLUSÃO: A concordância entre os sistemas de classificação CCS e TOAST em pacientes portadores de DC foi apenas moderada. A utilização de um sistema de xiv classificação com uma avaliação estruturada com base em evidências estabelecidas na literatura como o CCS em pacientes portadores de DC e AVCI é importante para direcionar intervenções terapêuticas e evitar anticoagulação desenecessária em longo prazo.