Análise da reoperação na recidiva do glioblastoma em um serviço público no Brasil

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Date
2015-09-30
Authors
Zanovello, Willey Goncalves [UNIFESP]
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Paiva Neto, Manoel Antonio de Paiva Neto [UNIFESP]
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Dissertação de mestrado profissional
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Abstract
Introduction: Glioblastoma (GBM) recurrence in patients treated with surgery, radiotherapy and chemotherapy is practically universal. Recently, several studies showed an increase in overall survival in patients undergoing reoperation for recurrent GBM. Objectives: The primary objective of the study was to analyze patients with recurrent GBM who underwent reoperation in a public Institution in Brazil and describe the epidemiological, clinical and survival characteristics of the patients. As a secondary objective, we tried to assess which patients would benefit from reoperations after recurrence. Materials/Methods: We retrospectively analyzed 39 patients who underwent reoperation for recurrent GBM (GIV WHO) in the Neurosurgery Department of the Hospital São Paulo, Federal University of São Paulo from January 2000 to December 2014. Data were collected from medical records and from the Neuro-oncology database. Results: The median age was 49 years (range of 20-69 years), with 21 males (54%). The initial symptom was headache in 59% of patients. The median functional performance index measured by the Karnofsky scale (KPS) at presentation was 80. Sixteen patients (41%) underwent re-operation before starting adjuvant treatment. In 29 patients (74%), there was a delay of radiotherapy (> 6 weeks). The median overall survival was 20 months (95% CI 14.9 ? 25.2) and survival after reoperation was 9.1 months (95% CI 2.8 ? 15.4). The only factor associated with overall survival in a multivariate analysis was adjuvant therapy after first surgery (HR 0.3 95% CI 0.2 ? 0.7; p: 0.005). Conclusion: Survival of patients with recurrent GBM undergoing reoperation in a public Institution in Brazil was similar to the literature. Reoperation should be considered as a treatment option in selected patients.
Introdução: A recidiva de Glioblastoma (GBM) em pacientes tratados com cirurgia, rádio e quimioterapia é praticamente universal. Recentemente foram publicados vários estudos mostrando benefício, em termos de aumento de sobrevida global, em pacientes com GBMs recidivados submetidos à reoperação. Objetivo: O objetivo primário do estudo foi analisar pacientes com GBM recidivado submetidos à reoperação num serviço público no Brasil descrevendo características epidemiológicas, clínicas e sobrevida. Como objetivo secundário, procuramos avaliar quais são os pacientes que possivelmente se beneficiarão de novas ressecções após a recidiva. Material/Método: Foram analisados retrospectivamente 39 pacientes submetidos à reoperação por recidiva de GBM (GIV OMS) no Departamento de Neurocirurgia do Hospital São Paulo-Universidade Federal de São Paulo durante o período de janeiro de 2000 a dezembro de 2014. Os dados foram coletados dos prontuários e banco de dados do setor de Neuro-oncologia. Resultados: A idade mediana foi de 49 anos (variando de 20 a 69 anos), sendo 21 homens (54%). O sintoma inicial foi a cefaleia em 59% dos pacientes. A mediana do índice de desempenho funcional avaliado pela escala de Karnofsky (KPS) inicial foi de 80. Dezesseis pacientes (41%) foram reoperados antes de terem iniciado tratamento adjuvante. Em 29 pacientes (74%), houve atraso da radioterapia. A sobrevida global mediana foi de 20 meses (IC 95% 14,9 a 25,2) e a sobrevida após a reoperação foi de 9,1 meses (IC 95% 2,8 a 15,4). O único fator associado à sobrevida global na análise multivariada foi a realização de tratamento adjuvante após a primeira cirurgia (RR 0,3 IC 95% 0,2-0,7, p: 0,005). Conclusão: A sobrevida dos pacientes submetidos à reoperação de GBM em um serviço público no Brasil é semelhante à sobrevida encontrada na literatura. A reoperação deve ser considerada como opção de tratamento em pacientes selecionados.Introdução: A recidiva de Glioblastoma (GBM) em pacientes tratados com cirurgia, rádio e quimioterapia é praticamente universal. Recentemente foram publicados vários estudos mostrando benefício, em termos de aumento de sobrevida global, em pacientes com GBMs recidivados submetidos à reoperação. Objetivo: O objetivo primário do estudo foi analisar pacientes com GBM recidivado submetidos à reoperação num serviço público no Brasil descrevendo características epidemiológicas, clínicas e sobrevida. Como objetivo secundário, procuramos avaliar quais são os pacientes que possivelmente se beneficiarão de novas ressecções após a recidiva. Material/Método: Foram analisados retrospectivamente 39 pacientes submetidos à reoperação por recidiva de GBM (GIV OMS) no Departamento de Neurocirurgia do Hospital São Paulo-Universidade Federal de São Paulo durante o período de janeiro de 2000 a dezembro de 2014. Os dados foram coletados dos prontuários e banco de dados do setor de Neuro-oncologia. Resultados: A idade mediana foi de 49 anos (variando de 20 a 69 anos), sendo 21 homens (54%). O sintoma inicial foi a cefaleia em 59% dos pacientes. A mediana do índice de desempenho funcional avaliado pela escala de Karnofsky (KPS) inicial foi de 80. Dezesseis pacientes (41%) foram reoperados antes de terem iniciado tratamento adjuvante. Em 29 pacientes (74%), houve atraso da radioterapia. A sobrevida global mediana foi de 20 meses (IC 95% 14,9 a 25,2) e a sobrevida após a reoperação foi de 9,1 meses (IC 95% 2,8 a 15,4). O único fator associado à sobrevida global na análise multivariada foi a realização de tratamento adjuvante após a primeira cirurgia (RR 0,3 IC 95% 0,2-0,7, p: 0,005). Conclusão: A sobrevida dos pacientes submetidos à reoperação de GBM em um serviço público no Brasil é semelhante à sobrevida encontrada na literatura. A reoperação deve ser considerada como opção de tratamento em pacientes selecionados.
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Citation
ZANOVELLO, Willey Goncalves. Análise da reoperação na recidiva do glioblastoma em um serviço público no Brasil. 2015. 71 f. Dissertação (Mestrado Profissional) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2015.