Avaliacao clinica e morfologica sobre a eficacia do fosfato de calcio bifasico para enxerto em seio maxilar humano comparado ao enxerto osseo autogeno intraoral

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2010
Autores
Tosta, Mauro Ferreira Martins [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Tese de doutorado
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
Objetivo: Este estudo clinico, morfologico e histomorfometrico avaliou a eficacia do fosfato de calcico bifasico (BCP) como material de preenchimento osseo no seio maxilar humano, comparando-o ao enxerto osseo autogeno particulado removido de area doadora intraoral. Metodos: Trinta pacientes foram cuidadosamente selecionados, sendo que quinze foram submetidos a cirurgias de enxerto osseo intrasinusal com o biomaterial avaliado (BCP - grupo teste ou grupo 1), enquanto a outra metade recebeu aumento osseo no seio maxilar com enxerto osseo autogeno particulado (AUT - grupo controle ou grupo 2), considerado o opadrao-ouroo pela literatura cientifica. Apos nove meses de reparacao ossea realizaram-se as cirurgias para colocacao de implantes dentarios osseointegrados nas areas previamente enxertadas de cada paciente; momento em que foram colhidas amostras do tecido neoformado para avaliacao morfologica e histomorfometrica. As proteses sobre implantes foram instaladas com sucesso apos dois meses da implantacao e nenhum caso apresentou complicacoes por um periodo minimo de dois anos. Resultados: Clinicamente, os resultados do grupo controle (AUT) mostraram formacao de tecido osseo com consistencia semelhante ao osso nativo, enquanto que o tecido formado nas areas enxertadas com o fosfato de calcio bifasico (BCP) apresentou consistencia mais amolecida, em dois tercos dos seios previamente enxertados. Pela microscopia de luz (ML) verificou-se que as areas aumentadas com enxerto osseo autogeno particulado (AUT) apresentaram-se muito semelhantes as areas de osso nativo, porem com maior densidade trabecular. Claros sinais de remodelacao ossea foram observados nas areas enxertadas, sendo que muitas vezes foi dificil diferenciar as particulas do enxerto osseo autogeno (AUT) do tecido neoformado. No grupo do fosfato de calcio bifasico (BCP) observou-se relativa formacao ossea entre as particulas do biomaterial, bem como a presenca marcante de um tecido conjuntivo fibroso preenchendo todo o espaco entre as particulas residuais e o tecido osseo neoformado. A analise histomorfometrica das seccoes obtidas das amostras revelou diferencas significativas entre os dois grupos. Cada seccao foi avaliada em quatro regioes distintas: A e B (osso nativo), C e D (osso enxertado). A quantidade de osso neoformado no grupo do enxerto osseo autogeno (AUT) foi significativamente maior que no grupo do fosfato tricalcico bifasico (BCP) nas regioes C e D (p < 0,05). Dentro do grupo do BCP (biomaterial-teste) houve menor formacao ossea na regiao D (mais distante da interface com o osso nativo) do que na regiao C (mais proxima da interface com o osso nativo, p < 0,05); enquanto nao houve diferenca entre a regioes C e D no grupo do AUT (enxerto osseo autogeno particulado-controle). Conclusoes: O material de preenchimento osseo testado (fosfato de calcico bifasico - BCP) apresentou resultados inferiores ao material de controle (enxerto osseo autogeno particulado - AUT) em todos os quesitos avaliados; clinicos, morfologicos ou histomorfometricos. Apesar dos resultados limitados para sua utilizacao em cirurgias osseas reconstrutivas em humanos, o fosfato de calcico bifasico (BCP) apresentou biocompatibilidade e propriedades osteocondutoras, embora neoformacao ossea previsivel ao redor das particulas tenha ocorrido apenas nas areas proximas a interface com o osso nativo
Descrição
Citação
São Paulo: [s.n.], 2010. 99 p.
Coleções