Bloqueio extraconal para facectomia com implante de lente intra-ocular: influência da via de acesso (superior ou inferior) na qualidade da anestesia

Nenhuma Miniatura disponível
Data
2003-08-01
Autores
Lahoz, Daniel Espada [UNIFESP]
Espada, Eloisa Bonetti
Carvalho, José Carlos Almeida
Orientadores
Tipo
Artigo
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Resumo
BACKGROUND AND OBJECTIVES: There is no completely safe anesthetic technique for ophthalmic surgery. The introduction of extraconal anesthesia has increased the number of ophthalmic surgeries with blockade since the incidence of severe complications is lower, as reported by Hay in 1991. Extraconal blockades may be induced by several access ways, among them upper and lower ways. This study aimed at evaluating the influence access ways (upper or lower) in anesthetic outcome. METHODS: Participated in this study 164 patients of both genders, aged 23 to 92 years, physical status ASA I to IV, 1 and 2 Goldman s cardiac risk index, undergoing elective cataract extraction surgery with intraocular lens implantation. Patients were randomly distributed in two groups of 82 according to primary extraconal block access way: group UE (upper extraconal), group LE (lower extraconal). Blockade quality was evaluated by the following parameters: intraoperative pain, eyelid and/or eyeball movement, persistence of Bell´s reflex, number of blocks needed for eye akinesia, and surgeon s evaluation. RESULTS: Upper extraconal approach was associated to more effective eyelid (upper access - 56.1%; lower access 36.6%) and superior rectus muscle akinesia (upper access - 93.9%; lower access 65.9%) and also a lower incidence of supplementary blocks (upper access - 29.3%; lower access 42.7%). The lower extraconal approach was associated to more effective inferior rectus muscle akinesia (upper access - 72%; lower access - 84.1%), however without statistical differences. CONCLUSIONS: In the conditions of this study the upper extraconal approach was better as compared to the lower approach as the primary access way for anesthetic block for cataract extraction with intraocular lens implantation.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: En las intervenciones quirúrgicas para oftalmología no se encontró técnica de anestesia totalmente segura, la introducción de la anestesia extraconal hizo que aumentasen las indicaciones de cirugías oculares con bloqueo, ya que la incidencia de complicaciones graves es menor, un hecho ya descrito por Hay, en 1991. Los bloqueos extraconales pueden ser realizados por varias vías de acceso, entre ellas, la superior y la inferior. El objetivo de este estudio fue evaluar cual vía de acceso (superior o inferior) promueve bloqueo anestésico de mejor calidad. MÉTODO: Fueron incluidos en este estudio 164 pacientes, de ambos sexos, con edades entre 23 y 92 años, estado físico ASA I a IV, índice cardíaco 1 y 2 de Goldman, con indicación de facectomia con implantación de lente intra-ocular. Los pacientes fueron distribuidos aleatoriamente en dos grupos de 82 de acuerdo con la vía de acceso primaria del bloqueo extraconal: grupo ES (extraconal superior) y EI (extraconal inferior). La calidad del bloqueo fue evaluada por el aparecimiento de dolor en el per-operatorio, manutención de movimentación de las pálpebras o del globo ocular, persistencia del reflejo de Bell, número de bloqueos realizados para la obtención de condiciones quirúrgicas y evaluación del bloqueo por el cirujano. RESULTADOS: La vía de acceso superior presentó mayor incidencia de acinesis de pálpebras (Vía superior - 56,1%; vía inferior - 36,6%) del músculo recto superior (vía superior 93,9%; vía inferior 65,9%), así como menor necesidad de bloqueos complementares (vía superior 29,3%; vía inferior 42,7%). La vía de acceso inferior presentó mayor acinesis del músculo recto inferior (vía superior 72%; vía inferior - 84,1%) sin diferencia estadística. CONCLUSIONES: En las condiciones de este estudio, la vía extraconal superior demostró que es superior en relación a la vía extraconal inferior, como vía de acceso primaria para bloqueo locorregional para cirugía de facectomia con implantación de lente intra-ocular.
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Nas intervenções cirúrgicas para oftalmologia não se encontrou técnica de anestesia totalmente segura, a introdução da anestesia extraconal fez aumentar as indicações de cirurgias oculares com bloqueio, já que a incidência de complicações graves é menor, fato já descrito por Hay, em 1991. Os bloqueios extraconais podem ser realizados por várias vias de acesso, entre elas a superior e a inferior. O objetivo deste estudo foi avaliar qual via de acesso (superior ou inferior) promove bloqueio anestésico de melhor qualidade. MÉTODO: Foram incluídos neste estudo 164 pacientes, de ambos os sexos, com idades entre 23 e 92 anos, estado físico ASA I a IV, índice cardíaco 1 e 2 de Goldman, com indicação de facectomia com implante de lente intra-ocular. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos de 82, de acordo com a via de acesso primária do bloqueio extraconal: grupo ES (extraconal superior) e EI (extraconal inferior). A qualidade do bloqueio foi avaliada pelo aparecimento da dor no per-operatório, manutenção de movimentação das pálpebras ou do globo ocular, persistência do reflexo de Bell, número de bloqueios realizados para a obtenção de condições cirúrgicas e avaliação do bloqueio pelo cirurgião. RESULTADOS: A via de acesso superior apresentou maior incidência de acinesia de pálpebras (via superior - 56,1%; via inferior - 36,6%) do músculo reto superior (via superior - 93,9%; via inferior - 65,9%), assim como menor necessidade de bloqueios complementares (via superior - 29,3%; via inferior - 42,7%). A via de acesso inferior apresentou maior acinesia do músculo reto inferior (via superior - 72%; via inferior - 84,1%) sem diferença estatística. CONCLUSÕES: Nas condições deste estudo a via extraconal superior demonstrou ser superior em relação à via extraconal inferior, como via de acesso primária para bloqueio locorregional para cirurgia de facectomia com implante de lente intra-ocular.
Descrição
Citação
Revista Brasileira de Anestesiologia. Sociedade Brasileira de Anestesiologia, v. 53, n. 4, p. 449-456, 2003.
Coleções