Monitoramento da audição de pacientes expostos à cisplatina

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Data
2003-03-01
Autores
Garcia, Adriana Pontin [UNIFESP]
Iorio, Maria Cecilia Martinelli [UNIFESP]
Petrilli, Antonio Sergio [UNIFESP]
Orientadores
Tipo
Artigo
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Resumo
Cisplatin is an antineoplasic drug, which has ototoxicity as a side effect. The goals of this paper were to evaluate the audiological behavior in osteosarcoma patients treated with cisplatin and to verify which evaluation method is the best for early detection of drug induced hearing loss. STUDY DESIGN: Clinical prospective. MATERIAL AND METHOD: 13 patients, that received four cisplatin cycles of 120 mg/m²/cycle divided in two days (60 mg/m²/day), were evaluated prior to start of chemotherapy, prior to each scheduled course and at the end of treatment. It was performed the pure tone audiometry (250 to 18000 Hz) and the transitory and distortion product otoacoustic emission (TOAE and DPOAE). RESULTS: In the mean values, it was observed hearing loss, after 480 mg/m² cumulative cisplatin dosage, beginning at 8 kHz. At the individual values, it was observed that 15,3% had mild to moderate hearing loss beginning at 3kHz, 15,3% beginning at 4 kHz, 15,3% beginning at 6 kHz and 15,3% beginning at 8 kHz. TOAE did not show changes before the audiometry. DPOAE showed smaller amplitude after the cycles of cisplatin, but this change happened together with the audiometry - not prior. CONCLUSION: The high frequency audiometry was more efficient to detect early ototoxicity. TOAE and DPOAE can be used as complement tests. All cisplatin exposed patients showed high frequency hearing loss, 30,6% showed hearing loss in important frequencies (3 and 4 kHz) for speech comprehension.
A cisplatina é um agente quimioterápico que apresenta dentre seus efeitos colaterais a ototoxicidade. Este estudo teve como objetivos avaliar a audição de pacientes portadores de osteossarcoma expostos à cisplatina e verificar qual o método de investigação mais adequado para identificar precocemente as alterações auditivas induzidas por drogas ototóxicas. FORMA DE ESTUDO: Clínico prospectivo. MATERIAL E MÉTODO: 13 indivíduos portadores de osteossarcoma que receberam quatro ciclos de cisplatina de 120 mg/m²/ciclo, fracionados em dois dias de aplicação (60 mg/m²/dia), foram submetidos à avaliação audiológica - audiometria tonal liminar (250 a 18000 Hz) e emissões otoacústicas transitórias (EOAT) e por produto de distorção (EOAPD) - antes do início do tratamento e após cada ciclo de cisplatina. RESULTADOS: Observou-se, nos valores médios, perda auditiva após a dose cumulativa de 480 mg/m² a partir de 8 kHz. Quanto aos valores individuais, 15,3% dos pacientes apresentaram perda auditiva de grau leve a moderado a partir de 3 kHz, 15,3% a partir de 4 kHz, 15,3% a partir de 6 kHz e 15,3% a partir de 8 kHz. Não foi observada redução na amplitude das EOAT precocemente à alteração dos limiares nas altas freqüências. Houve redução da amplitude das EOAPD concomitante ao aumento do limiar de audibilidade. CONCLUSÃO: A audiometria de altas freqüências é mais efetiva na detecção precoce da perda auditiva induzida por cisplatina. As EOAT e EOAPD podem ser usadas como complemento à avaliação audiométrica. Todos os pacientes expostos à cisplatina têm perda auditiva nas altas freqüências, e destes, 30,6% tem perda auditiva a partir das freqüências de 3 e 4 kHz consideradas importantes para a compreensão da fala.
Descrição
Citação
Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. ABORL-CCF Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, v. 69, n. 2, p. 215-221, 2003.
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