Parceria FGV-HCFMUSP na formacao do administrador de Saúde:1971-1977

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Date
2009
Authors
Contim, Divanice [UNIFESP]
relationships.isAdvisorOf
Sanna, Maria Cristina [UNIFESP]
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Tese de doutorado
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Abstract
Na década de setenta do século XX, duas instituições renomadas nos seus campos de conhecimento - o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EAESP- FGV), propuseram o Curso de Especialização em Administração Hospitalar e de Saúde. Questões políticas e econômicas vigentes nos anos 1970, à época em que os idealizadores do curso estavam discutindo a sua criação e implantação, determinavam a necessidade de reparar profissionais para a administração em saúde. Essa demanda veio ao encontro dos anseios das duas instituições, que se empenharam na organização de um curso que atendesse às necessidades, no âmbito nacional e internacional, de formação do administrador de saúde. Pelo pioneirismo da iniciativa, projeção das instituições parceiras e repercussões posteriores do curso objeto de estudo, justifica-se a realização da pesquisa. O objetivo do estudo foi descrever, analisar e discutir as circunstâncias sócio-históricas e estratégias de criação e implantação do Curso de Especialização em Administração em Saúde implementado pela parceria HCFMUSP/FGV. Para tanto empregou-se a investigação histórica, implementada por meio da análise documental, que abrangeu 45 documentos coletados nas duas instituições parceiras, referentes ao período de 1971 a 1977. A escolha de Max Weber como referencial teórico de análise deveu-se ao fato de que este pensador apresenta, em sua Teoria da Burocracia, conceitos úteis para a análise da área de Ensino e de Administração de Saúde. Os resutados foram agrupados em três grandes núcleos temáticos: Instituições, Atores e Planejamento e Implantação do Programa de Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde (PROASHA/CEASHS), nos quais se descreveu as ações e razões para sua escolha e implementação até que o curso se tornasse realidade, o que ocorreu com a integralização da segunda turma. Concluiu-se que a proposta do curso era orientada para não restringir a abordagem ao âmbito hospitalar nem à saúde coletiva, abrangendo ambas e combatendo a distorção de se fixar o foco em um só eixo. Outro ponto relevante da proposição foi buscar, no corpo docente, profissionais com experiência na área de saúde e docentes da área de administração. Quanto à clientela que buscava o curso de especialização, esta era bastante diversificada e composta por enfermeiros, médicos, odontólogos, sociólogos e advogados, entre outros. O curso trouxe novas abordagens de ensino para a preparação desse especialista, introduzindo novos conceitos e novas práticas para administrar o setor saúde. Os dois primeiros cursos foram emblemáticos, ao representar mudanças do paradigma da concepção de serviços de saúde de atividade filantrópica para atividade econômica e, portanto, passível de administração profissional, além de proporcionar, ao alunado, instrumentos para participação política e prática gerencial direcionadas para a busca da eficiência, visando pretender a transformação da estrutura do setor saúde.
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São Paulo: [s.n.], 2009. 220 p.
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